tag:blogger.com,1999:blog-19602273.post7668547188881934031..comments2023-12-21T04:46:04.233+00:00Comments on Vento Sueste: a ciência económica, os neoclássicos e os equívocos epistemológicosMiguel Madeirahttp://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-36434392950373915402011-06-17T13:00:33.619+01:002011-06-17T13:00:33.619+01:00Correcção,
deveria ter escrito:
«Mesmo que as tr...Correcção,<br /><br />deveria ter escrito:<br /><br />«Mesmo que as transacções livres sejam prejudiciais para uma das partes, porque foi irracional ou cometeu qualquer erro de julgamento, ela é legítima pois é livre. »João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-57552624750843609702011-06-17T12:59:15.980+01:002011-06-17T12:59:15.980+01:00PR:
Esse é um excelente exemplo.
Hoje a investi...PR:<br /><br />Esse é um excelente exemplo. <br /><br />Hoje a investigação tem mostrado uma série de outros exemplos.<br /><br /><br />Um estudo é particularmente interessante a este nível. Pergunta-se às pessoas se preferem um determinado fim de semana em Paris com tudo pago, ou um determinado fim de semana em Roma com tudo pago.<br />Cerca de 50% dos inquiridos, escolhidos ao acaso, preferem uma hipótese, e outros 50% preferem outra.<br /><br />Depois coloca-se a outro grupo seleccionado ao acaso as mesmas duas hipóteses, mas acrescenta-se outra objectivamente pior. Fim de semana em Roma, mas sem pequeno almoço pago. <br />Assumindo que estas pessoas vão agir racionalmente de forma a maximizar a sua utilidade esperaríamos que esta terceira hipótese, objectivamente inferior a outra, não interferisse na escolha. <br />Mas interfere. Ninguém escolhe essa hipótese (obviamente), mas cerca de 70% prefere a ida a Roma com tudo pago, perante essas três opções.<br /><br />Por fim, colocam-se novamente três hipóteses, mas desta vez a terceira hipótese corresponde a uma ida a Paris sem o pequeno almoço pago. Como já se adivinha, a ida a Paris com tudo pago foi escolhida por cerca de 70% das pessoas nesta situação.<br /><br />Naturalmente, a utilidade das hipóteses escolhidas não variou consoante a existência de uma opção objectivamente pior. Mas, para uma percentagem significativa das pessoas, a escolha dependeu dessa existência. Assim se verifica que a escolha não corresponde a uma selecção da hipótese com maior utilidade, a menos que «utilidade» seja definida de forma tão tautológica, que o pressuposto de que a sua maximização é procurada é completamente vazio, e todas as ilações dele derivados são igualmente vazias.<br /><br />Tendo em conta que a publicidade pretende tantas vezes explorar os «pontos fracos» do ser humano, as irracionalidades que o podem impelir à compra, e que tantas vezes é parte integrante das transacções modernas, é evidente que muitas transacções que ocorrem não aumentam a utilidade (definida de forma significativa) dos envolvidos.<br /><br />Mas note-se que isto é uma questão descritiva e não normativa.<br /><br />Mesmo que as transacções livres sejam prejudiciais para uma das partes, porque a outra foi irracional ou cometeu qualquer erro de julgamento, ela é legítima pois é livre. <br />Ao sofrer as duras consequências da irracionalidade, podemos tornar-nos mais racionais. E é sempre como agentes livres e racionais (com as excepções de doentes mentais, menores de idade, etc) que a lei nos deve tratar. E isso parece-me positivo.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-10704186259586581462011-06-17T02:05:18.546+01:002011-06-17T02:05:18.546+01:00posso estar a cometer um erro, uma vez que não est...posso estar a cometer um erro, uma vez que não estou mto dentro do assunto, mas acho que a ciencia mais próxima de explicar a acção humana são os sistemas complexos ligados aos sistemas computacionais. a matemática é bastante rudimentar para explicar fenómenos humanos.<br /><br />os sistemas complexos dão origem à chamada ordem espontânea <br /><br />um individuo ou uma célula, age de acordo com os seus meios, dependente do contexto, formando num final uma ordem que é independente de si e de resultado imprevisivel.<br /><br />controlar o resultado final que é o que tendem a fazer as teorias económicas intervencionistas provocam simplificações do problema. a economia entendida como um sistema complexo só pode atingir os melhores resultados funcionando de "baixo para cima" e não de "cima para baixo"<br /><br />espero não estar a afirmar coisas óbvias ou disparates...<br /><br />tiagoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-85307101624185270852011-06-16T22:45:59.128+01:002011-06-16T22:45:59.128+01:00pode ser, desde que não parta para maximizações so...pode ser, desde que não parta para maximizações sociais mensuráveis e determináveis por matemática.<br /><br />Mas a importância do "homem age e não pode não agir" é o axioma necessário para construir toda uma teoria económica de consistência inabalável, que pelo caminho rejeita a matemática como meio epistemológico, embora possa ser uma ferramenta para aplicações restritas.CNhttps://www.blogger.com/profile/05702704702566656466noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-69512430022093907862011-06-16T22:32:32.417+01:002011-06-16T22:32:32.417+01:00CN, eu da escola austríaca só sei o que leio dos b...CN, eu da escola austríaca só sei o que leio dos blogues, mas dizer que o homem age para atingir determinados fins e que o faz com restrições (meios) e num determinado contexto (comércio, etc.) não é essencialmente o mesmo que dizer que ele maximiza a sua utilidade tendo em conta recursos escassos?PRnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-31154358648788583392011-06-16T22:24:02.438+01:002011-06-16T22:24:02.438+01:00o axioma base da praxeologia é o da acção humana: ...o axioma base da praxeologia é o da acção humana: O homem age.<br /><br />A partir dai, age com escolha de fins e meios.<br /><br />Para aumentar a produtividade tem de construir ferramentas e dedicar tempo a construir ferramentas (mesmo que mais nada seja necessário, ex: Robison Crusoé numa ilha) em vez de se dedicar a lazer ou a trabalhar para a sua sustentação alimentar.<br /><br />Depois entra mais pessoas e a capacidade de cooperação voluntária com trocas.<br /><br />E por aí adiante.CNhttps://www.blogger.com/profile/05702704702566656466noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-70908233813584050992011-06-16T21:52:42.601+01:002011-06-16T21:52:42.601+01:00Acho que se limitou a confirmar a minha objecção: ...Acho que se limitou a confirmar a minha objecção: o axioma base da teoria austríaca é apenas uma tautologia.<br /><br />PS- Não existe um rácio poupança/investimento óptimo, mas existem rácios em que as próprias pessoas que o escolhem admitem que não são maximizadores da sua utilidade. [No exemplo que eu sei, entre duas opções, o torturado acabará por escolher a pior; e infinitamente pior, porque o sofrimento infinito do inferno é, passe a redundância, infinitamente pior do que o sofrimento finito terreno :) ]PRhttp://www.adoutaignorancia.blogs.sapo.ptnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-46626699549881902292011-06-16T21:40:03.817+01:002011-06-16T21:40:03.817+01:00isso é como especular se temos livre arbítrio ou n...isso é como especular se temos livre arbítrio ou não, as trocas livres ou mesmo as doações livres (e aceites pela parte receptora) acrescentam qualquer coisa a ambos, afinal podiam escolher não proceder à troca.<br /><br />Quanto ao argumento do curto prazo e longo prazo, é como o consumo versus investimento.<br /><br />O que interessa é que as pessoas de forma livre escolham entre consumo e investimento. Não existe investimento/poupança óptimo.<br /><br />Existe aquele que as pessoas querem, e isso reflecte-se na taxa de juro... se esta fosse livre de intervencionismo.CNhttps://www.blogger.com/profile/05702704702566656466noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-38019983262755594222011-06-16T20:44:28.182+01:002011-06-16T20:44:28.182+01:00"a lógica e dedução argumentativa construída ...<i>"a lógica e dedução argumentativa construída a partir daí torna-se universalmente verdadeira, como dizer, duas pessoas quando acordam uma qualquer troca de livre vontade, aumentam ambos a sua utilidade</i><br /><br />Isto só é verdade se assumir que, por definição, as pessoas fazem aquilo que maximiza a sua utilidade. Mas isso não é ciência, é uma tautologia. <br /><br />Um exemplo limite: o tipo que perante uma tortura lancinante, abjura o seu deus apesar de saber [saber=acreditar piamente] que isto o vai condenar a uma vida de sofrimento eterno no inferno. <br /><br />Isto é propositadamente rebuscado, mas estava apenas a tentar tornar o ponto claro. Penso que o princípio é mais ou menos o mesmo que nos leva a entrar em transacções livres que são prejudiciais*: estamos, por deformação biológica, mais virados para o curto prazo.<br /><br />*gastos supérfluos, procrastinação, falta de poupança, etc.PRhttp://www.adoutaignorancia.blogs.sapo.ptnoreply@blogger.com