tag:blogger.com,1999:blog-19602273.post5204106694901784088..comments2023-12-21T04:46:04.233+00:00Comments on Vento Sueste: A saída do euroMiguel Madeirahttp://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-19602273.post-60555327275264260362012-10-16T01:00:40.910+01:002012-10-16T01:00:40.910+01:00Como em todos os momentos históricos que anteceder...Como em todos os momentos históricos que antecederam grandes derrocadas, podemos apenas construir alguns cenários, mas com tantas variáveis em jogo não é fácil. <br /><br />A mim parece-me que o raciocínio do post deixa de fora uma variável muito importante, que é: caso algum país abandone o euro, Portugal não será o primeiro nem o último. É evidente que se isso acontecer, a Grécia será o primeiro caso; mas e quando cairem outros? Dependerá do que tiver acontecido entretanto na Grécia, onde as políticas serão dirigidas das duas uma: ou pela extrema-direita+direita conservadora ou pela esquerda+extrema-esquerda. Se ganhar esta segunda hipótese, a troika isolará o país ao máximo para que as massas nos outros países em via de incumprimento não se radicalizarem à esquerda. Mas e se nem a troika conseguir isto teremos mesmo o fim da união europeia.<br /><br />O melhor cenário seria uma radicalização à esquerda de todo o sul da europa (expulso ou não do euro, e como não há mecanismos para lidar com esta situação, é mesmo impossível de prever o que pode acontecer e em que espaço de tempo), e aí já não está apenas em jogo uma economia "nacionalista" de esquerda, pois haverá toda uma região nessa situação. E a falência dos bancos alemães/franceses nesse caso (é exagero se os PIGS entrarem em incumprimento...?) vai levar exactamente aonde?<br /><br />(Dito isto, o cenário mais provável para mim é que não aconteça rigorosamente nada... i.e. a UE vai nomeando, à imagem do que já acontece, governos de "salvação nacional" aqui e acolá, ou governos agrilhoados a empréstimos da troika que não podem tomar medidas de esquerda... quando for impossível esticar a corda da austeridade que remédio terá a Alemanha senão abrandar um pouco o seu saudável crescimento.) <br /><br />Por fim, este argumento:<br /><br />"De uma penada, ficariam desvalorizados os depósitos bancários e as poupanças em geral, sem que esta medida atingisse os grandes capitalistas, com acesso a redes económicas e detentores de conhecimentos que lhes permitiram, desde há muito, pôr os capitais a salvo."<br /><br />independentemente de se desvalorizar os depósitos bancários, a riqueza estará sempre a salvo nos offshores, pelo que uma verdadeira revolução com apropriação da riqueza da burguesia já seria impossível por essa razão hoje. E isso não é uma razão válida para que se defenda uma solução menos radical, ou pode?Anonymousnoreply@blogger.com