Surgiu recentemente um estudo dizendo que:
A comunidade médica acredita que o cérebro humano não está desenvolvido o suficiente para guardar memórias antes dos três anos de idade. Porque será, então, que tanta gente insiste em dizer que tem recordações de períodos anteriores a essa idade? Foi o que a Psychological Science tentou perceber.Isto (e guiando-me apenas pela notícia do Sapo Lifestyle - o artigo mesmo está aqui) parece-me um bocado martelar os dados para se adaptarem à teoria - há a teoria de que o cérebro não se consegue lembrar de coisas antes dos 3 anos? Então isso quer dizer que todas as memórias anteriores aos 3 anos são falsas e vai-se tentar descobrir de onde vêm essas falsas recordações (pelo vistos nem se admite a hipótese da teoria estar errada, e lembrarmo-nos mesmo de coisas anteriores aos 3 anos).
As respostas dos participantes foram analisadas por idade, língua, conteúdo da memória e natureza da memória descrita. “Quando olhamos para as respostas, descobrimos que muitas dessas primeiras ‘memórias' eram frequentemente associadas à infância”, revelou Martin Conway, professor no principal centro para a memória da Universidade de Londres e co-autor do artigo, citado peloNew York Post.
Os investigadores concluíram que muitas memórias fictícias são construções da mente, uma espécie de bolo que mistura o que sabemos sobre os bebés e o que sentimos como quando éramos assim. Os cientistas descobriram ainda que as pessoas mais velhas tinham mais probabilidade de relatar falsas memórias.
Notas pessoais - eu "lembro-me" (ou julga que me lembro) de ter um ano e meio (e de dizer "eu tenho um ano e meio") e estar convencido que "um ano e meio" era menos que "um ano" (o que, a ser verdade, quereria dizer duas coisas - que a minha memória iria até a um ano e meio, e que mesmo nessa altura não iria até a um ano); em vim de Moçambique com 17 meses, e não me lembro de nada (nem de Moçambique, nem da viagem - e uma das minhas irmãs, mais velha dois anos que eu, também não se lembra de nada). Claro que é possível que a minha recordação de ter "um ano e meio" seja uma falsa recordação, ou então que eu já tivesse 2 ou 3 anos e ainda estivesse convencido que tinha um ano e meio.
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