Thursday, July 31, 2008

When Extremists Attack

Joe Klein: "I have now been called antisemitic and intellectually unstable and a whole bunch of other silly things by the folks over at the Commentary [a casa de Richard Pearl e companhia] blog. They want Time Magazine to fire or silence me. This is happening because I said something that is palpably true, but unspoken in polite society: There is a small group of Jewish neoconservatives who unsuccessfully tried to get Benjamin Netanyahu to attack Saddam Hussein in the 1990s, and then successfully helped provide the intellectual rationale for George Bush to do it in 2003. Their motivations involve a confused conflation of what they think are Israel's best interests with those of the United States. They are now leading the charge for war with Iran.

Happily, these people represent a very small sliver of the Jewish population in this country. Unhappily, their views have had an impact in the highest reaches of the Bush Administration--and seem to have an influence on John McCain's campaign as well. Happily, the Bush Administration seems more interested in talking to the Iranians than in launching on them--and, according to my Israeli friends, the Israelis are not going to do anything foolish, either. I remain proud of my Jewish heritage, a strong supporter of Israel and a realist about the slim chance of finding some common ground with the Iranians. But I am not willing to grant these ideologues the anonymity they seek.

In early 2003, during my first weeks as a Time Magazine columnist, I wrote a handful of skeptical columns about the coming war in Iraq, including this one about Israel's security as a hidden casus belli. Then, with the troops in place and the war about to begin, I said something stupid on Tim Russert's cable TV show--reluctantly saying ok, we should proceed with the attack. It was the only statement I made in favor of the war and I quickly came to my senses--but that's no excuse. We have lost more than 4000 Americans, tens of thousands have come home grievously injured, hundreds of thousands of Iraqis have been killed and wounded, and we are weaker, palpably and morally, as a result.

I am not going to make the same mistake twice. I don't think a war with Iran is coming, thank God, but this time I am not going to pull any punches. My voice isn't very important in the grand scheme of things, but I'm going to do my job--and that means letting you know exactly where I stand and what I believe. I believe there are a small group of Jewish neoconservatives who are pushing for war with Iran because they believe it is in America's long-term interests and because they believe Israel's existence is at stake. They are wrong and recent history tells us they are dangerous. They are also bullies and I'm not going to be intimidated by them."

Constitucionalismo: a realidade

"(...) Woods and Gutzman have selected twelve cases to illustrate this disregard of the Constitution. By no means are all of these examples of judicial misconduct; the legislative and executive branches have been as least as guilty as the judicial in seeking to enhance government power.

One instance of what we are up against took place immediately after World War I. In 1917, Congress passed the Espionage Act and in the following year, the Sedition Act. These forbade with heavy criminal penalties attempts to interfere with the American war effort, especially with recruitment of troops. Under this harsh legislation, many people were imprisoned, including the famous socialist Eugene V. Debs, who ran for the presidency in 1920 from his jail cell.

The legislation blatantly violated the text of the Constitution. The First Amendment states that "Congress shall make no law … abridging the freedom of speech"; and as Justice Hugo Black liked to say, "'no law' means 'no law'." Congress had earlier violated the First Amendment with the Sedition Act of 1798; but along with the Alien Act of the same year, it was repudiated by Thomas Jefferson and was generally regarded as a disaster. Nevertheless, the Supreme Court said that the Espionage Act was constitutional." Who Killed the Constitution? by David Gordon

PS: De vez em quando acho que tenho de fazer o reparo do quanto injusto é apontar a própria história dos EUA para por exemplo, apontar para o excesso de confiança por vezes angelical, nos "checks and balances" dos regimes constitucionais. Com toda a certeza, a história europeia será até mais fértil em tais exemplos. A vantagem de usar o exemplo americano será no entanto o de apontar o regime que mais cuidado teve desde a sua concepção em criar tais protecções.

Monday, July 28, 2008

Oliver Stone: "W"

Coreografias de combate

Na SIC, está a dar uma reportagem sobre escolas de técnicas de luta (body combat), apresentadas, nomeadamente, como uma defesa contra a criminalidade violenta, como o carjacking.

Lembrei-me disto (embora falte a espada):


Thursday, July 24, 2008

Problema de terminologia?

No Spectrum fala-se do artigo de Nuno Teles e João Rodrigues no Le Monde Diplomatique:


Não haverá aqui um problema terminológico (se calhar responsável por grande parte das polémicas entre os Ladrões de Bicicletas e, p.ex, O Insurgente)?

Ou seja, aquilo a que nós na esquerda chamamos "neo-liberalismo" não é aquilo a que os liberais chamam "liberalismo", o que torna, p.ex., discussões sobre se a crise financeira é culpa do "neo-liberalismo" um bocado conversas de surdos.

Isto é noticia

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=102715

Wednesday, July 23, 2008

Re: «Os pobres do estado»

Rui Ramos escreve:

"O que, precisamente, não se passa com os pobres: a esses é possível obrigar, como estão a descobrir os refugiados da Quinta da Fonte. Os pobres dependem do estado. Em troca de casa e de subsídios, encontram-se à mercê dos funcionários, e dos «especialistas» que os estudam e decidem o que mais lhes convém. e nada disto, curiosamente, parece perturbar os patronos da pobreza.
Os pobres, no actual regime social, são o que a discussão à volta da Quinta da Fonte revelou: uma espécie de cobaias sociais com que os burocratas e pensadores do estado Social fazem as suas experiências sociológicas. (…)"

[via Kontratempos e Blasfémias]

Eu não faço ideia a quem Rui Ramos se refere como "os patronos da pobreza", mas se ele se refere à "esquerda", esta (nomeadamente a mais "dura") sempre se preocupou com a questão do poder dos burocratas do "Estado Social" sobre os seus beneficiários. Só para dar um exemplo ,a canção "A Luta dos Bairros Camarários" (a 9ª desta lista) do Grupo de Acção Cultural (para quem não conhece, era uma espécie de grupo coral da UDP) gira exactamente à volta desse assunto.

"Pessoas que não querem trabalhar"

A respeito dos bairros sociais, agora apareceu a conversa do "não temos nada que pagar casa para quem não quer trabalhar".

No caso especifico dos ciganos, não me parece que essa conversa faça grande sentido - os ciganos até me parecem - dentro das suas actividades tradicionais - um comunidade relativamente trabalhadora (atenção, não se confunda "trabalho" com "emprego"; efectivamente, os ciganos parecem não gostar muito de "emprego"); aliás, até seria mais fácil criticar os ciganos por porem os filhos a trabalhar muito novos do que por não trabalharem.

Agora, se a critica fosse, não "a quem não quer trabalhar", mas "a quem vive da economia paralela, foge aos impostos e depois ainda vem pedir subsídios", aí suspeito que já faria algum sentido.

Tuesday, July 22, 2008

Ainda o caso do Carolina Michaelis (II)



Repito o que escrevi aqui e sobretudo aqui. E quanto à ideia de internar a rapariga numa instituição não sei se é de rir ou de chorar.

O que suspeito é que a rapariga não está verdadeiramente a ser punida pelo que fez - isto já é mais um sacrifício simbólico (um forma de dizer "a era da indisciplina escolar acabou!") do que outra coisa qualquer.

Adenda: quando escrevo "sacrifício simbólico", não uso "simbólico" no sentido de "insignificante" (não acho esta punição insignificante, muito pelo contrário), mas no sentido de "ritual", uma espécie de sacrifício feito para aplacar o deus do vulcão a opinião pública e publicada.

Monday, July 21, 2008

"A habitação social não funciona"

De vez em quando, aparece gente a dizer que "a habitação social não resulta", que "os bairros sociais são um falhanço", etc.

Bem, para determinar se os bairros sociais funcionam ou não é preciso primeiro determinar qual é o seu objectivo. Para mim, o objectivo dos bairros sociais é melhorar as condições de vida das pessoas que lá são alojadas. Ora, de acordo com este objectivo parece-me que os bairros sociais, apesar de tudo, funcionam (há excepções) - veja-se que, quando à distribuições de casas num bairro, e umas pessoas recebem casa e outras não, costumam surgir grandes discussões sobre quem devia ou não ter sido alojado; e, quando está um bairro pronto mas fechado, em pouco tempo aparece gente a dizer "aquelas casas estão prontas há tanto tempo e nunca mais as entregam!"; daí conclui-se que ser alojado num bairro social é melhor do que não o ser, logo os bairros sociais melhoram as condições de vida dos seus utentes.

É verdade que, como disse lá atrás, há excepções: nomeadamente, nos casos de realojamentos à força, é frequente aparecer casos de gente a dizer que estavam melhor antes, porque tinham onde cultivar as couves ou deixar os animais. Mas, no geral, penso que podemos dizer que a habitação social representa um beneficio liquido para quem lá é alojado.

Claro que as pessoas que dizem que a "habitação social não funciona" talvez tenham outros objectivos em mente que não "melhorar as condições de vida das pessoas alojadas".

Começar uma guerra nuclear para evitar uma guerra nuclear II

"As anyone with the least amount of historical or common sense could easily figure out, even if Iran did develop a nuclear weapons arsenal, it would create a nuclear stalemate analogous to the Cold War standoff between the U.S. and the Soviet Union. Morris claims this example doesn't apply, due to "the fundamentalist, self-sacrificial mindset of the mullahs who run Iran." Aside from the ruling by Iranian Shi'ite religious authority Ayatollah Ali Khamenei – the real leader of Iran – that forbids the development, stockpiling, and use of nuclear weapons, what about his own genocidal mindset, which glories in the prospect of ethnic cleansing?

No Iranian personage of any prominence has called for the nuclear extermination of Israel in quite the same terms as Morris, not even Iranian President Ahmadinejad, whose vague remark about Israel "disappearing from the page of history" has been interpreted as a threat to use nukes.

Morris neither knows nor cares about Iran's alleged nukes. Lurking behind his mundane laundry list of complaints is, I fear, a darker motive: sheer bloodlust. Morris simply wants to kill as many Muslims as possible, so why doesn't he just come out and say it? After all, it isn't like he hasn't said it before:

"There are circumstances in history that justify ethnic cleansing. I know that this term is completely negative in the discourse of the 21st century, but when the choice is between ethnic cleansing and genocide – the annihilation of your people – I prefer ethnic cleansing." A Brazen Evil Benny Morris argues for nuclear genocide against Iran , Justin Raimundo

Sunday, July 20, 2008

Primeiro-ministro iraquiano defende retirada "as soon as possible"


Bomb, bomb, everything

O Ocidente tomou-lhe o gosto nas duas guerras mundiais (incluindo as democracias), passando pela Coreia, Vietname e não vai ser fácil parar. É para "libertar" as mulheres e agora o Obama até acha que é preciso ainda muito mais. Os afegãos, povo tribal atrasado com desertos e montanhas inóspitas, devem ter sido escolhidos há muito tempo para estarem década após década a servirem de tiro ao alvo de todos os impérios, os bons e iluminados e os maus e preversos, ao longo da história. É que no fundo, tudo (a civilização, o mundo...sei lá o equilibrio do universo...) parece jogar-se lá...sempre. A mim, parecem apenas serem os alvos fáceis de cobardolas com medo que lhes caia o céu em cima, e assim, para combater o medo, mata-se afegãos. We are very tough e temos tecnologia de ponta (a coisa já vem do Vietname...McCain por lançar bombas Napalm sobre civis para os salvar de si mesmo...e incrivelmente não o terem morto...é um herói).

Afghanistan hit by record number of bombs

"Air Force and allied warplanes are dropping a record number of bombs on Afghanistan targets.
For the first half of 2008, aircraft dropped 1,853 bombs — more than they released during all of 2006 and more than half of 2007’s total — 3,572 bombs."

Começar uma guerra nuclear para evitar uma guerra nuclear

Público - Artigo de Opinião

"Israel deve atacar o Irão para evitar uma guerra nuclear"

Subtítulo (ou sobretítulo visto que aparece por cima?):

"Uma ataque nuclear israelita para evitar que o Irão consiga a bomba, ou depois de este ter conseguido, é provável"


Várias coisas podem ser ditas:

- o apelo ao "mass murder" não é suposto ser crime (por acaso não dou muita coisa pela noção criminal de "apelo ao" mas como suspeito que muita gente sim - incluindo os que concordarão com o autor)?

- Agora tem piada a equivalência entre "evitar que consiga" e "depois de conseguir", dado que é opinião geral que o Irão mesmo que o queira ou quisesse estará a uns anos de o conseguir...mas o autor defende um ataque lá para o fim do ano-princípio do próximo (talvez no dia de Natal...)?

- Dado que o autor é um conhecido universitário israelita, se o Irão tiver crescentes provas que Israel prepara o ataque, não terá uma Guerra Justa em atacar preventivamente Israel (aliás, seria normal suspeitar que se pretenderá até que o faça)?

Wednesday, July 16, 2008

Sugestões de leitura



Relembro que recomendar textos não significa necessariamente que concorde com eles.

Texto de 2001

Um texto humoristico de Janeiro de 2001, publicado em The Onion (como alguêm lhe chamou, o equivalente do Inimigo Público):
WASHINGTON, DC–Mere days from assuming the presidency and closing the door on eight years of Bill Clinton, president-elect George W. Bush assured the nation in a televised address Tuesday that "our long national nightmare of peace and prosperity is finally over."
(...)


During the 40-minute speech, Bush also promised to bring an end to the severe war drought that plagued the nation under Clinton, assuring citizens that the U.S. will engage in at least one Gulf War-level armed conflict in the next four years.

"You better believe we're going to mix it up with somebody at some point during my administration," said Bush, who plans a 250 percent boost in military spending. "Unlike my predecessor, I am fully committed to putting soldiers in battle situations. Otherwise, what is the point of even having a military?"

Isto é também uma espécie de "mas", não é?

Este post do JCD acerca deste post de António Vilarigues sobre o rapto de um militante comunista colombiano (parece que já apareceu morto).

Tuesday, July 15, 2008

O filme mais sem jeito que vi nos últimos anos

Procurado

Jesse Ventura - the ocean tells you the truth

"On Larry King tonight, Jesse Ventura said he won't run for US Senate in Minnesota. That's good news for the neocons, but who can really blame him? He has a good life in Baja California during the winter, and in St. Paul during the summer, and doesn't want to jump into the DC cesspool, or expose his family to the smear artists of the media. Government is composed of liars, he said, but the ocean tells you the truth, so he chooses surfing in Baja. He also says he will probably not vote in November, much to Larry's upset." LRCBlog

Monday, July 14, 2008

Presidenciais nos EUA

Cynthia McKinney nomeada candidata dos Verdes (os ex-congressistas da Geórgia estão na moda).

Os eleitores que estavam indecisos nas primárias Democratas porque simpatizavam tanto com a ideia de um presidente negro como de uma presidente mulher já têm uma solução.

Sunday, July 13, 2008

Como combater a "obesidade infantil"

A minha sugestão: garantir que todas as escolas primárias tenham ao lado um descampado, já agora separado da escola por um muro/rede suficientemente alto para implicar algum exercício (e desafio) trepá-lo mas suficientemente baixo para tal ser fisicamente possível.

Na minha infância, as escolas primárias da Estrada de Alvor e da Mexilhoeira da Carregação cumpriam esses requisitos; actualmente, penso que já não (isto é, continua a haver um descampado relativamente ao pé da escola da Estrada de Alvor, mas já está um bocado longe da escola).

Poder-se-á argumentar que não são precisos descampados nenhuns - a única coisa que é preciso são espaços amplos dentro da escola para as crianças brincarem (o que, para alguns, até terá a vantagem das crianças brincarem supervisionadas), mas creio que os descampados têm a vantagem de, devido à sua irregularidade, darem às crianças mais ideias de coisas para fazer (exemplos: subir a árvores; construir "castelos" com pedregulhos; cavar à procura de pedras brilhantes; procurar passagens por dentro de arbustos cerrados; etc.), o que em principio as tornará mais activas do que se estiverem num ambiente em que haja menos actividades possíveis.

Saturday, July 12, 2008

Ainda o tiroteio em Loures

O João Miranda quer saber os nomes próprios dos indivíduos que andaram aos tiros na Quinta da Fonte.

Não sou jurista, mas não será o género de informação que fica em segredo de justiça?

Isto é, eu estou a assumir que o que o JM quer saber são os nomes próprios. Imagino que o liberal (suponho que anti-colectivista) JM não esteja interessado em "pertenças a identidades colectivas" e coisas do género.

"Controle de armas ilegais"

A respeito dos tiroteios na Quinta da Fonte, muita gente (incluindo a minha camarada Helena Pinto) disse que era necessário "controlar as armas ilegais".

Como é que se controlam armas ilegais (que, quase por definição, não se sabe onde estão nem quem as tem)? A principal (quase única) maneira que me ocorre é através de rusgas, operações stop com revistas intensivas, etc.

E será que as armas ilegais que se apreendem nessas operações compensam o incómodo para os inocentes que são envolvidos nelas? Antes que me respondam "é melhor para esses inocentes serem envolvidos num fogo cruzado?", a minha questão é exactamente sobre se essas operações têm efeitos relevantes sobre a violência urbana (ou seja, saber qual o resultados das rusgas e afins em termos de redução de armas ilegais em circulação, e saber qual o efeito dessa redução de armas em termos de redução de crimes, tiroteios e afins).

Wednesday, July 09, 2008

Os eleitores de Hitler

N'O Insurgente surgiu uma sub-discussão entre mim e o Carlos M. Fernandes sobre a origem dos eleitores do Partido Nazi alemão, nos anos 30.

Ao que me parece, a posição do CMF era que os nazis terão indo buscar os seus votos, em primeiro lugar, aos outros partidos nacionalistas, e depois aos socialistas (CMF - "Isso diz qualquer coisa sobre a natureza do discurso nazi, e sobre o eleitorado que seduziu"); a minha posição (com base em Liberty or Equality, de Erik von Kuehnelt-Leddihn - pdf, pg. 261-262 - e noutro livro que li e não me lembro qual é) era de que os nazis teriam ido buscar os votos aos partidos "burgueses liberais".

Pegando nos resultados das eleições alemãs de 1928 a 1933, temos os seguintes resultados:

Algumas notas:

- parece que frequentemente havia uma espécie de alianças mas em que os partidos concorriam separados. Nesses casos, se só um dos partidos da aliança era um dos partidos desta lista, contei esses votos como se tivessem sido todos nesse partido;

- se a coligação incluia dois partidos da lista, atribui ao maior partido todos os votos menos os atribuidos a outros partidos da lista (p.ex., na aliança entre DNVP, DVP e mais uma carrada de partidos em 1932, os votos do DVP contei como votos do DVP; todos os outros contei como votos no DNVP)

Agora, fazendo uma agregação por correntes:

E a variação de eleição para eleição:


De 1928 a 1932, estes dados parecem indicar que os Nazis foram buscar votos aos nacionalistas conservadores, aos liberais e à abstenção (poderemos concluir que "Isso diz qualquer coisa sobre a natureza do discurso nazi, e sobre o eleitorado que seduziu"?).

Realmente, em 1933, e esquerda teve uma grande queda e os nazis uma grande subida. Tal poderá ser interpretado como um transferência de votos dos socialistas para os nazis; no entanto, como essa eleição ocorreu com Hitler já com poderes ditatoriais [ver comentários], como grande parte dos comunistas presos, e com as SA e as SS a dispersarem à força os comícios do SPD e do KPD, parece-me mais provável que tanto a subida dos nazis, como a descida dos sociais-democratas e comunistas tenha sido resultado disso (e não propriamente de uma transferência de votos). Afinal, não iria ser em 1933, após os nazis irem para o governo em coligação com a direita clássica, depois de terem tido o apoio dos grandes industriais e após anos de combates de rua com militantes de esquerda, com uma campanha eleitoral em que Hitler se apresentava como o salvador da Alemanha do "Perigo Vermelho", etc. que os operários sociais-democratas e comunistas iriam, justamente, chegar à conclusão que os nazis defendiam ideias parecidas com as deles .


Diga-se que, mesmo que os nazis tivessem ido buscar os seus votos em primeiro lugar ao DNVP, e em segundo lugar aos socialistas, isso bastaria para por em causa as teses que apresentam o nacional-socialismo como de "esquerda" ou uma variante do marxismo - afinal, de qualquer maneira isso indicaria que os nazis tinham mais em comum com o DNVP (o partido da velha aristocracia prussiana - é possível ser mais "de direita" que isso?) do que com o SPD ou o KPD.


Já agora, a respeito da análise de Erik von K.-L. : nas suas contas, não se nota a transferencia de votos do DNVP para os nazis, já que ele fez as contas por blocos - os nazis, os demo-liberais, e os "rigidamente ideológicos" (onde inclui comunistas, social-democratas, católicos e "nacional conservadores"); como os votos (ou melhor, os deputados) do DNVP ("nacional-conservador") estão incluidos na salada "rigida", a sua quebra eleitoral fica invisível. Diga-se que isso até é conveniente para a tese de EvKL: afinal, ele critica a tendência para ver o nazismo como uma continuação do "kaiserismo", do medievalismo e do feudalismo e nomeadamente as obras de ficção apresentando condes e barões nazis, defendendo pelo contrário que o nazismo foi uma continuação da Revolução Francesa - uma transferência de votos do DNVP (o herdeiro politico da Alemanha Imperial) para o NSDAP parece indicar que até havia alguma proximidade entre o nacional-socialismo e o nacionalismo conservador "à moda antiga" (não que os condes, barões, generais e almirantes gostassem muito daquele a quem chamavam o "cabo austriaco" - até foram eles que o tentaram matar e acabar com a guerra em 20/07/1944; no entanto, parece que Hitler teve apoio de grande parte do sector popular que inicialmente apoiava os "condes e barões").

Casamento civil: The End

Afinal porquê tanta questao em ver celebrada uma cerimónia roubada à religiao para ser celebrada por um funcionário público?

Acho que a figura deve simplesmente ser auto-regulada e sair de todo do código civil. Quem quiser, chame casamento ou nao a qualquer tipo de coisa (incluindo casamentos a prazo, figura que pareçe, existe na tradiçao iraniana, e hoje parece fazer sentido dada a realidade dos factos).

Quanto a impostos deve ser óbviamente neutro. As pensoes associadas a conjugues devem ser feitas apenas por declaracao (tipo testamento).

Claro que eu penso assim também porque acho que é a única via para a religiao retomar o seu papel de credibilizacao do casamento e do papel da reproducao. Afinal, sem um minimo de mais de dois filhos por cada duas pessoas, a humanidade desaparece.

A ICAR como todas as outras religioes devem deixar de atacar alteracoes ao casamento civil e sim defender o seu fim, ao mesmo tempo que podem reivindicar os casamentos de contrato voluntario segundo as regras (e arbitragem voluntária) católicas, sharia, etc.

Re: Poder e Tranquilidade

Os geo-estrategas, esses misticos com visoes do futuro a partir da visao errada do passado, sao os maiores condutores de "self-fullfilling prophecys" de conflitos.

O Poder para já só temporariamente existe isolado. Existem sempre "outros", e os outros agora podem ser a Rússia e a China.

Assim, é fácil recomendar ir para o quintal da Rússia encomendar revoluçoes coloridas, dividindo Estados-novos divididos entre russofilia pan-eslava e pro-ocidentalismo apressado e oportunista, acenando com Usd (e Euros) e colocarem por lá umas basesitas. É fácil quando se aproveitam debilidades (sempre temporárias) de grandes naçoes com uma grande história.

Mas será boa política estabelecer isso como regra? Um dia veremos a Rússia ou a China a cativar o México ou o Haiti, "incentivando" a sua democracia e o seu governo e depois efectuar um tratado bom bases locais... será concerteza um momento histórico assistir á reacçao.

Por isso será de admirar...?

"Russia has threatened to react with "military resources" if a US anti-missile shield is set up near its borders, according to a foreign ministry statement."

Esperamos o conselho sábio e very tough de um Churchilliano.


PS: "países tranquilos" ... Suiça.

Constitucionalismo: a realidade

"'Commission Proposes Formal Role for Congress in War Decisions.' Now why didn't Madison and the Framer Boys think of that!!" LRCBlog
PS: Nao sei se é para rir ou chorar.

Poder e Tranquilidade


Tuesday, July 08, 2008

Re: Islamismo e marxismo

Os orfaos da guerra fria querem continuar a ter uma guerra fria em que o culpado de tudo continua a ser o Marxismo.

Sao os mesmos que confundiram os povos á procura de descolonizacoes para quem o marxismo foi mais um meio para um fim (como no Vietname), do que um movimento unificado com um fim global de submeter o mundo, que entretanto, no meio de tal guerra, adopta a social-democracia.

E como a guerra continua agora com marxistas disfarçados, a social-democracia continua. Eles adoram porque sao os condutores intelectuais do bem pelo uso do poder e para terem o grande complexo-militar-industrial na sua mao precisamos da social-democracia. É que sem isso, nao se conseguem aqueles maravilhosos bombardeamentos (de supresa e sem declaraçao de guerra, os velhos principios de guerra guerra sao coisa de ... talvez já só de padrecos...) em alta-tecnologia (aí a uns bons milhares de km do território nacional) em prol da civilizacao e do bem.

Falta saber quem é o marxista.

Monday, July 07, 2008

Islamismo e marxismo

Henrique Raposo regressa à sua teoria da ligação entre o islamismo político e o marxismo.

Assim, relembro os posts que escrevi na altura:

Islamitas-marxistas-leninistas (I)?
Islamitas-marxistas-leninistas (II)?

Federalismo (ou até constitucionalismo): a realidade

The Fourteenth Amendment The fourth in a series of ten lectures, presented at "The Truth About American History: An Austro-Jeffersonian Perspective" seminar, hosted by the Mises Institute. Recorded 06/21/2005 [1:29:21] - AUDIO
O objecto: "Section 1. All persons born or naturalized in the United States, and subject to the jurisdiction thereof, are citizens of the United States and of the State wherein they reside. No State shall make or enforce any law which shall abridge the privileges or immunities of citizens of the United States; nor shall any State deprive any person of life, liberty, or property, without due process of law; nor deny to any person within its jurisdiction the equal protection of the laws."

Uma muito interessante palestra pelo excelente (orador e historiador) Thomas Woods. Com alguns factos interessantes:

- como a sua aprovaçao foi mais do que irregular
- como os estados relutantes em a aprovar tinham razao quanto ao receio de o Estado Federal o poder vir a evocar para se impor aos Estados (como aconteceu, via Tribunais Federais):

Exemplos:

A California tentou conter a sua despesa publica derivada da sua politica de Estado Social mais generosa que os restantes Estados americanos em duas iniciativas (em tempos diferentes):

- que durante o primeiro ano em que as pessoas (naturais americanos) se deslocassem para a California passando a beneficiar dsis seus programas sociais, auferissem do mesmo nivel de ajudas que o seu Estado original. Razoável nao?

- que os imigrantes ilegais nao tivessem direito a esse tipo de ajudas

Pois, apesar das iniciativas terem passado em referendos californianos internos (no segundo caso de 2 para um, num combate politico onde até republicanos como Jack Kemp e até libertarians fizeram campanha contra a medida... prova do quanto un-pc anti-establishment era o assunto...pelo menos até algum tempo atrás), os tribunais federais conseguiram justificar o seu impedimento evocando a "14 amendment".

Agora, alguém consegue vislumbrar um tortuoso argumento juridico para isso? Mais, seria a intençao dos autores qualquer coisa remotamente perto de tal interpretacao?

A fé nas Constituiçoes como se os Estados fossem anjos...

Um terceiro exemplo dado ainda na California foi quando tambem por referendo aprovaram retirar as quotas preferenciais por raça nos acessos ás universidades (vindas do "afirmative action"), conhecido cá como "discriminaçao positiva". Pois, mesmo aqui, conseguiu ser evocada para o impedir (mesmo com o "equal treatment of the law"...).

PS: nao estou a levantar a questao da opiniao de cada um sobre os temas em causa, mas como qualquer Constituicao e federalismo se torna naquilo que se quiser, seja qual o regime ou sistema.

"Voluntary Socialism"

Sunday, July 06, 2008

Turquia

Ainda vamos ouvir falar muito dela.

Saturday, July 05, 2008

Uma questão sobre os "vouchers" escolares

Os defensores dos "vouchers" defendem que continue a haver exames nacionais?

E que, se o defenderem, acho que os alegados problemas apontados por A.A.Alves e Maria Filomena Mónica continuariam a existir.

Direitos dos (ou de) Animais - continuação

Ainda a respeito disto, dois posts: The Reign in Spain, de Jim Henley, e Of great apes e red herrings (via The Art of the Possible).

Henley, nomeadamente, argumenta que, se a equivalência "ratazana = cão = porco = humano" (defendida por certos activistas dos "direitos dos animais") é absurda, também o é a equivalência "ratazana = cão = porco = chave inglesa" (defendida por certos opositores aos "direitos dos animais").

Uma nespereira biológica

Ou "orgânica"*, para quem preferir o anglicismo. Mas a crescer num vaso, é pouco provável que alguma vez venha a dar nêsperas (apesar do nutritivo fertilizante composto por restos da cozinha)...

*Poder-se-á argumentar que todas as nespereiras são "biológicas" e "orgânicas", mas ninguém chama "anti-semita" a alguém que odeie árabes ou etíopes (ou seja, as palavras têm o significado que lhes é dado na cultura em que são usadas, mesmo que não seja esse o seu significado literal).

Friday, July 04, 2008

Voluntary Sharia

or voluntary Catholic, or Jew...

Muslims in Britain should be able to live according to Sharia, the country's most senior judge has said.

"The judge did add that only the criminal courts should have the power to decide when a crime has been committed and when to impose punishment.

But his suggestion that different religious groups should run their affairs according to different rules sparked warnings that community cohesion could be undermined.

In a speech at the East London Muslim Centre in east London, Lord Phillips said it was "not very
radical" for Dr Williams to argue that Sharia law can be used to help govern issues like family disputes and the sale of financial products.

Lord Phillips said: "It is possible in this country for those who are entering into a contractual agreement to agree that the agreement shall be governed by law other than English law." Therefore, he said, he could see no reason why Sharia law should not be used to settle disputes in this country.

He said: "There is no reason why principles of Sharia law, or any other religious code, should not be the basis for mediation or other forms of alternative dispute resolution."

He added: "It must be recognized however that any sanctions for a failure to comply with the agreed terms of the mediation would be drawn from the laws of England and Wales."

Sharia law suffered from "widespread misunderstanding" in Britain, Lord Phillips said. "Part of the misconception about Sharia law is the belief that Sharia is only about mandating sanctions such as flogging, stoning, the cutting off of hands or death for those fail to comply with the law," he said. "2

Não vejo onde está o problema

Thursday, July 03, 2008

Re: a prostituta contribuinte

[Via Speakers corner Liberal Social]

A prostituta contribuinte, de Jorge Fiel no Diário de Noticias:

"A quarentona de Benfica e a Júlia da Rinchoa ganham a vida a vender favores sexuais, mas como a sua actividade profissional não é legalmente reconhecida vivem à margem do Fisco. Provavelmente são trabalhadoras independentes, mas não passam recibos verdes aos clientes e as declarações de IVA não fazem parte da sua rotina de vida."

Não é por a sua profissão não ser legalmente reconhecido que elas vivem à margem do fisco (será que os programadores informáticos - ou qualquer nova profissão que surja - não pagavam impostos antes de haver uma lei reconhecendo a sua actividade?). Uma prostituta que queira pagar impostos só tem que ir a uma repartição de finanças, inscrever-se como trabalhadora independente na rubrica "serviços não especificados" (já ouvi dizer que na Holanda inscrevem-se como "agricultoras") e começar a passar recibos azuis-aquáticos (mais conhecidos por "recibos verdes").

Claro que é possivel que os clientes não peçam recibo, e/ou que as próprias prostitutas não queiram declarar o seu rendimento, mas isso não tem nada a ver com a prostituição estar regulamentada por lei ou não.

Ainda o caso do Carolina Michaelis


(...)



Isto faz sentido?

No caso da aluna, não vejo qual a base para a intervenção do Ministério Público e do Tribunal de Menores - se a situação (duas pessoas agarradas a um telemóvel, a puxar para o seu lado) não tivesse ocorrido dentro de uma escola, mas, por exemplo, na rua ou num bar, ninguém se lembraria de a considerar um crime (logo, será apenas uma infracção disciplinar, já tratada pela escola). E, já agora, se se considera que a aluna "agrediu" a professora, também não podermos dizer que a professora "agrediu" a aluna? Afinal, pelo video pareceu-me que elas estavam fazendo mais ou menos o mesmo (alguém pode dizer que "mas uma era aluna e outra professora", mas é exactamente esse o meu ponto: o que aconteceu só é grave por referência às normas escolares, ou seja, foi um problema de disciplina escolar, não de criminalidade).

Ainda bem que "não é de esperar" que a rapariga seja mandada para uma casa de correcção (o tal "ensino em regime semifechado ou fechado").

Já no caso do aluno, jé é uma situação diferente: filmar pessoas contra a sua vontade (ainda para mais em situações embaraçosas) e divulgar o video é crime.

"Tráfico de seres humanos"

De vez em quando ouve-se dizer que um dos grandes problemas do século XXI é o "tráfico de seres humanos".

Mas o que é que isso quer dizer exactamente?

É que a palavra "tráfico" tanto pode significar "transporte"/ "movimento" como "comércio", logo uma "rede de tráfico de seres humanos" tanto pode significar uma organização que leva pessoas de um lado para outro, como uma organização que compra e vende pessoas (mantendo-as prisioneiras, confiscando-lhes os passaportes, etc.). Realmente, as redes de tráfico no 2º sentido, por regra, também se dedicam ao tráfico no 1º sentido, mas a inversa não é verdadeira (uma rede de imigração ilegal não se dedica necessariamente a vender os imigrantes; pode simplesmente cobrar-lhes uma mensalidade até eles pagarem as dívidas da viagem).

E, quando ouço falar na "luta contra o tráfico de seres humanos" fico sem perceber do que é que estão efectivamente a falar.

Wednesday, July 02, 2008

"All about us we can see clearly now that the West is passing away."

Paul Craig Roberts (was assistant secretary of the Treasury in the Reagan administration. He was associate editor of the Wall Street Journal editorial page and contributing editor of National Review), que se tornou o mais feroz crítico de Bush e os Neo-Cons, escrevendo no anti-war.com:

"Buchanan's latest book is by far his best. It is spellbinding from his opening sentence: "All about us we can see clearly now that the West is passing away." As the pages turn, the comfortable myths, produced by history written by the victors, are swept aside. The veil is lifted to reveal the true faces of British and American exceptionalism: stupidity and deceit.

Buchanan's strength is that he lets the story be told by Britain's greatest 20th-century historians and the memoirs of the participants in the events that destroyed the West's dominance and moral character. Buchanan's contribution is to assemble the collective judgment of a hundred historians.

As I read the tale, it is a story of hubris destroying judgment and substituting in its place blunder and miscalculation. Both world wars began when England, for no sound or sensible reason, declared war on Germany. Winston Churchill was a prime instigator of both wars. He seems to have been a person who needed a war stage in order to be a "great man."

The American President Woodrow Wilson shares responsibility with Britain and France for the Versailles Treaty, which dismembered Germany, stripping her of territory and putting millions of Germans under foreign rule, and imposed reparations that Britain's greatest economist, John Maynard Keynes, correctly predicted to be unrealistic. All of this was done in violation of assurances given to Germany that there would be no reparations or boundary changes. Once Germany surrendered, the assurances were withdrawn, and a starvation blockade forced German submission to the new harsh terms.

Hitler's program was to put Germany back together. He was succeeding without war until Churchill provoked Chamberlain into an insane act. Danzig was 95 percent German. It had been given to Poland by the Versailles Treaty. Hitler was negotiating its return and offered in exchange a guarantee of Poland's frontiers. The Polish colonels, assessing the relative strengths of Poland and Germany, understood that a deal was better than a war. But suddenly, the British Prime Minister issued Poland a guarantee of its existing territory, including Danzig, whose inhabitants wished to return to Germany.

Buchanan produces one historian after another to testify that British miscalculations and blunders, culminating in Chamberlain's worthless and provocative "guarantee" to Poland, brought the West into a war that Hitler did not want, a war that destroyed the British Empire and left Britain a dependency of America, a war that delivered Poland, a chunk of Germany, all of Eastern Europe, and the Baltic states to Joseph Stalin, a war that left the Western allies with a 45-year cold war against the nuclear-armed Soviet Union.

People resist the shattering of their illusions, and many are angry with Buchanan for assembling the facts of the case that distinguished historians have provided.

Churchill admirers are outraged that their hero is revealed as the first war criminal of World War II. It was Churchill who initiated the policy of terror bombing civilians in noncombatant areas. Buchanan quotes B.H. Liddell Hart: "When Mr. Churchill came into power, one of the first decisions of his government was to extend bombing to the noncombatant area."

In holding Churchill to account, Buchanan makes no apologies for Hitler, but the ease with which Churchill set aside moral considerations is discomforting.

Buchanan documents that Churchill's plan was to destroy 50 percent of German homes. Churchill also had plans for using chemical and biological warfare against German civilians. In 2001 the Glasgow Sunday Herald reported Churchill's plan to drop 5 million anthrax cakes onto German pastures in order to poison the cattle and through them the people. Churchill instructed the RAF to consider drenching "the cities of the Ruhr and many other cities in Germany" with poison gas "in such a way that most of the population would be requiring constant medical attention."

"It is absurd to consider morality on this topic," the great man declared.

Paul Johnson, a favorite historian of conservatives, notes that Churchill's policy of terror bombing civilians was "approved in cabinet, endorsed by parliament and, so far as can be judged, enthusiastically backed by the bulk of the British people." Thus, the terror bombing of civilians, which "marked a critical stage in the moral declension of humanity in our times," fulfilled "all the conditions of the process of consent in a democracy under law."

British historian F.J.P. Veale concluded that Churchill's policy of indiscriminate bombing of civilians caused an unprecedented "reversion to primary and total warfare" associated with "Sennacherib, Genghis Khan, and Tamerlane."

The Americans were quick to follow Churchill's lead. Gen. Curtis LeMay boasted of his raid on Tokyo: "We scorched and boiled and baked to death more people in Tokyo that night of March 9-10 than went up in vapor in Hiroshima and Nagasaki combined."

MacDonogh's book, After the Reich, dispels the comfortable myth of generous allied treatment of defeated Germany. Having discarded all moral scruples, the allies fell upon the vanquished country with brutal occupation. Hundreds of thousands of women raped; hundreds of thousands of Germans died in deportations; a million German prisoners of war died in captivity.

MacDonogh calculates that 2.5 million Germans died between the liberation of Vienna and the Berlin airlift.

Nigel Jones writes in the conservative London Sunday Telegraph: "MacDonogh has told a very inconvenient truth," a story long "cloaked in silence since telling it suited no one."

The hypocrisy of the Nuremberg trials is that the victors were also guilty of crimes for which the vanquished were punished. The purpose of the trials was to demonize the defeated in order to divert attention from the allies' own war crimes. The trials had little to do with justice."

Não, não fez


Ressalvando o facto de ter lido só uma passagem do texto, não me parece que Milton Friedman tenha passado alguma rasteira a Keynes - as teorias de Friedman assentam no papel da expansão monetária como causadora de subidas gerais dos preços. Não é disso que se trata actualmente: é verdade que, tanto a subida do petróleo como dos alimentos têm uma componente monetária, mas são essencialmente não-monetárias (veja-se que o petróleo tem subido em relação ao ouro); e, de qualquer forma, estamos a falar de subidas do preço de mercadorias especificas, não de uma subida geral de preços (realmente, a inflação global está a subir, mas isso é mais consequência do que causa da subida do preço do petróleo e dos cereais), que é o que é tratado pela teoria monetarista
Se alguém está a passar uma rasteira a alguém, talvez sejam Malthus ou Ricardo aos economistas do século XX.

Pensamentos Subversivos III

Igualitarismo libertarian: "Todo o homem"...

John Locke:

(...) [T]odo homem tem uma propriedade sobre sua pessoa. Sobre ela ninguém tem qualquer direito a não ser ele. O trabalho de seu corpo e de suas mãos, podemos dizer, são propriamente dele.

Então, com qualquer coisa que ele remova do estado em que a natureza a proveu e deixou, ele misturou o seu trabalho e juntou algo que é próprio seu, tornando-a sua propriedade. Sendo ela removida por ele do estado comum em que a natureza a colocou, esta coisa teve por seu trabalho algo anexado a ela que exclui o direito comum de todos os outros homens.

Por este trabalho ser propriedade inquestionável do trabalhador, nenhum outro homem além dele tem o direito sobre aquilo a que se juntou (...)." Tradução Libertyzine

PS: Parece que Lord Acton (o católico radical liberal clássico) classificou John Locke (protestante) como o último dos Escolásticos (a escola de intelectuais católicos desde Sâo Tomás de Aquino até aos escolásticos da peninsula ibérica) ... compreende-se dada a tónica em direitos naturais passíveis de serem descobertos pela Razão.

Tuesday, July 01, 2008

O outro sucesso

Coalition troop deaths in Afghanistan surpass Iraq

Coisas de Especuladores

Apostas na Intrade (cotação entre 0% e 100%)

* Average Global Temperature for 2008 to be among five warmest years on record: 18.9%

* USA and/or Israel to execute an overt Air Strike against Iran by 31 Dec 2008: 30.1%