Friday, January 31, 2020

Depois do comércio livre, o quê?

Economists Have No Idea What Replaces Free Trade, por Noah Smith, na Bloomberg:

One of the most interesting sessions I attended at last week’s American Economic Association meeting was a panel titled “Making global markets work for American workers.” The discussion, featuring economists Dani Rodrik, Kimberly Clausing and Josh Bivens, laid out the problems with free trade, the shortcomings of U.S. trade policy during the past few decades and some suggestions for improvement. But although the economists did a great job of critiquing the old free-trade consensus, there was no clear idea of what to replace it with.

Economists still tend to strongly back trade liberalization. But the cozy consensus in favor of removing trade barriers is eroding. The experience of the China shock, in which a sudden wave of import competition devastated the lives of many American manufacturing workers, was a wake-up call.  The bipartisan backlash against trade agreements, which threatened to leave economists in the political wilderness, was another. Economists such as Rodrik and Bivens, who have criticized the free-trade consensus for a long time, are getting heard more, while free-trade defenders such as Clausing are forging more nuanced arguments.

2 comments:

João Vasco said...

"My suggestion is export subsidies, but this hasn’t received much attention yet"
Credo! Ainda bem que não.
Vamos criar distorções, com o seu respectivo peso morto, para aumentar ainda mais as externalidades ambientais do transporte de bens? Ainda por cima de forma socialmente regressiva? É-me difícil imaginar ideia pior.

De resto, parece-me que na pressa de dizer que as taxas aduaneiras são más estamos a deitar fora uma excelente ferramenta que pode ser bem usada. Taxas aduaneiras que além de incorporarem as externalidades do transporte também se ajustem a uma avaliação adequada do dumping ambiental e social relativo tenderiam a conduzir a menores fluxos comerciais, mas a diminuição seria a mais eficiente possível, nomeadamente relativamente à actual insustentabilidade ambiental da actividade económica. Faz-me mesmo confusão como é que estas questões não são equacionadas.

Miguel Madeira said...

Penso que já há muita gente a defender tarifas como um second best na redução à poluição (no sentido de aplicar tarifas às importações vindas de países que não apliquem medidas para reduzir a poluição) - creio que até o Krugman já disse algures algo do género.

E diga-se que, se houvesse impostos generalizados sobre a poluição (ou um sistema cap-and-trade global, o que vai dar quase ao mesmo), o transporte das mercadorias importadas/exportadas não teria grande mal por si, já que os custos da poluição já viriam incorporados no custo do combustível.