Pedro Magalhães descobriu algo surpreendente acerca dos efeitos sociais da austeridade em Portugal - pelos vistos foram muito menos graves do que noutros países (Grécia, Irlanda, Itália, Chipre e Espanha).
Ele (e eu) tem alguma dificuldade em perceber o porquê. No entanto, ocorrem-me algumas hipoteses:
Talvez o ajustamento português (em parte por culpa da Constituição) tenha sido mais à base do aumento da receita e menos à base da redução da despesa que nos outros paises, e isso tenha levada a menores custos sociais (os aumentos de impostos tendem a abrangir toda a gente, enquanto cortes na despesa tendem a concentrar-se um grupos especificios, o que pode causar mais trantorno social)?
Talvez, na medida em que houve cortes na despesa, esses tenha sido essencialmente os tão criticados "cortes cegos" (a redução remuneratória, os cortes no subsidios de férios e natal) em vez da tão desejada "reforma do Estado" (com extinções de serviços, despedimentos, etc.), o que de novo é menos traumático em termos sociais (cortar 5% do vencimento a toda a gente é menos dado a fazer pessoas cairem na pobreza do que despedir 5% do pessoal)?
Monday, December 30, 2013
Re: As consequências sociais da austeridade
Publicada por Miguel Madeira em 13:03
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