Wednesday, April 27, 2011

(dita) Liberdade de Expressão e Agências de Rating

Pessoalmente, numa análise estrita da liberdade de expressão (liberdade de escrever ou dizer num dado local ou meio da minha propriedade ou para o qual fui convidado a expressar-me pelo proprietário) as pessoas devem poder dizer o que quiserem de terceiros, querendo com isso dizer que não dou grande coisa pelo direito-ao-bom-nome (não é um direito no sentido estrito do termo) que protege na verdade as elites, dado a ameaça do uso de meios legais contra pessoas que espalham muitas vezes, rumores verdadeiros ou no mínimo indiciários de qualquer coisa, mas sem terem meios de prova suficientes, e muito menos, meios financeiros para se defender da capacidade de poderosos que movem processos de atentados ao "bom nome".


Na linha libertarian mais estrita, nem sequer ao acto de chantagem de dizer deve ser crime (diferente do acto de chantagem de uso de violência física ou sobre a propriedade).

Tudo isto para dizer o quê? Qualquer pessoa ou empresa deve poder classificar o que lhe bem apetece com o critério que lhe der na gana, só o prestígio acumulado e que pode perder rapidamente pode conferir importância a tal actividade ou classificações. Trata-se de Liberdade Expressão da mesma forma que outras expressões, para os quais alguns são muito sensíveis... até....

E a ideia de regulação das empresas de Rating tem a sua piada, porque os critérios subjectivos têm sempre de existir, e porque, o Estado pode bem vir a ser vítima de impor alguma espécie de (falsa) objectividade.

3 comments:

Diogo said...

As empresas de Rating são propriedade de uma clique que as utilizam para enriquecer ainda mais. E há anjinhos que vão atrás desta conversa.

CN said...

A actividade de Rating está aberta a todos, e a crítica às Agências também.

menvp said...

«A VERDADE INCONVENIENTE é que não existiam, na economia portuguesa, razões substantivas quer em termos do sector financeiro, quer em termos de dívida (mais baixa do que a da Itália), quer em termos de défice (mais baixo do que o de vários países da UE) que justificassem a dimensão dos fortíssimos ataques especulativos de que foi vítima, ao contrário da Irlanda ou da Grécia...»



1- Os 'ataques' dos corruptos poderão custar milhares (ou milhões)... todavia, o cidadão poderá fazer alguma coisa...
2- Os 'ataques' dos especuladores custam milhares de milhões... e... o cidadão está de mãos atadas - não pode fazer nada!

Resumindo e concluindo: é urgente uma nova alínea na Constituição: o Estado só poderá pedir dinheiro emprestado nos mercados... mediante uma autorização obtida através da realização de um REFERENDO.