As norte-americanas, que hoje não se pode falar das portuguesas.
De há uns anos para cá (sobretudo desde a reeleição Obama, mas já havia sinais desde a década passada) que
a ala "responsável" e "moderada" da elite conservadora norte-americana andou a defender uma reforma do conservadorismo e do Partido Republicano que combinasse uma filosofia social conservadora com uma posição mais pragmática na política económica, sem grandes radicalismos individualistas ou anti-governo à Tea Party (os dois representantes do conservadorismo no New York Times, o David Brooks e o Ross
Douthat, andavam quase sempre a dizer isso), reformando o Estado Social em vez de simplesmente querer reduzi-lo radicalmente, e que conseguisse solidificar a posição dos Republicanos entre a classe trabalhadora (sobretudo a branca, embora aqui a referência racial normalmente ficasse nas entrelinhas), em vez de ligar apenas aos mais abastados (a dada altura os defensores desse programa foram chamados de "reformicons", os conservadores reformistas, mas penso que a etiqueta não pegou).
Parece que essa combinação de uma espécie de conservadorismo social, relativa moderação na economia e apelo à classe trabalhadora finalmente chegou, mas pelo vistos não com o corte de cabelo e maneiras à mesa (dos debates) com que esses intelectuais conservadores estavam à espera (possivelmente quereriam algo mais no molde da democracia-cristã europeia).
Saturday, January 23, 2016
Sobre as presidenciais
Publicada por Miguel Madeira em 22:51
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