Friday, November 22, 2019

N-ésima prova de que a extrema-direita não se baseia nas redes sociais

Right-Wing Populism, Social Media and Echo Chambers in Western Democracies[pdf], por Shelley Boulianne, Karolina Koc-Michalska, and Bruce Bimber (via Tyler Cowen):

Many observers are concerned that echo chamber effects in digital media are contributing to the polarization of publics and in some places to the rise of right-wing populism. This study employs survey data collected in France, the United Kingdom, and United States (1500 respondents in each country) from April to May 2017. Overall, we do not find evidence that online/social media explain support for right-wing populist candidates and parties. Instead, in the USA, use of online media decreases support for right-wing populism. 
Isto é mais ou menos o que eu já tinha dito aqui;
Vamos puxar um bocadinho pela cabeça - é mais ou menos sabido que Trump, o Brexit, o FPOe austríaco, etc., têm tido as suas maiores votações nas pequenas localidades, entre as pessoas mais velhas e com menos instrução (a parte das localidades é sabido - basta ver os resultados; a parte do "pessoas mais velhas e com menos instrução" pode não ser assim tão linear, mas é o que as sondagens indicam); parecem-lhes mesmo o tipo de pessoa que passa o dia no Facebook, talvez com um intervalinho para jogar no Farmville ou para ver um filme no Netflix? Eu imagino-os mais facilmente no café do bairro a queixarem-se que "os miúdos de hoje estão sempre agarrados à máquina e já não fazem desporto nem convivem".
[Post publicado no Vias de Facto; podem comentar lá]