Monday, July 24, 2006

Nature vs Nurture: Poverty Matters

No Economist's View, um extracto de um artigo sobre os efeitos da hereditariedade e do ambiente sobre a inteligência.

Tradicionalmente, estudos feitos a partir de casos de irmãos gêmeos, crianças adoptadas, etc. indicavam que a inteligência era predominantemente genética (p.ex., havia muito menos diferenças entre o Q.I. dos gémeos verdadeiros do que dos gémeos falsos). No entanto, o psicólogo Eric Turkheimer concluiu que isso apenas ocorria na classe média (que é normalmente quem se voluntaria para esse género de estudos académicos). Ele e alguns colegas realizaram estudos com irmãos gémeos oriundos de familias pobres e concluiram que, entre esses, as diferenças de Q.I. entre gémeos verdadeiros são similares às entre gémeos falsos. A conclusão a que chegaram é que o binómio ambiente/genes age de forma diferente nas crianças nascidas em meios "favorecidos" ou "desfavorecidos": entre os individuos nascidos nas classes média e alta, o essencial da sua inteligência é determinado pelos seus genes; pelo contrário, entre os individuos nascidos nas classes menos favorecidas, o ambiente tem um peso importante no desenvolvimento da sua inteligência.

Estudos realizados com crianças adoptadas em França também chegaram a resultados semelhantes.

1 comment:

Anonymous said...

Ou seja, "nurture matter, but has diminishing returns."

Interessante.