Monday, May 07, 2012

Que forma poderia hoje assumir um perdão universal?

Solução: conversão das dívidas e créditos em propriedade e capital e no lado monetário, a dívida pública e operações com bancos centrais em moeda.

- os fornecedores passariam a accionistas das empresas
- as empresas passariam a accionistas de outras empresas-clientes
- os bancos passariam a accionistas das empresas devedoras
- os fundos de obrigações e outros similares passariam a fundos de acções (dado que as obrigações passariam a acções)
- os bancos passariam a proprietários das casas (no crédito à habitação) na quota parte do capital em divida.
- os depositantes e outros credores dos bancos passavam a accionistas dos bancos, na parte não coberta por reservas de moeda e/ou dívida pública (que passaria a moeda, ver ponto seguinte)

Problemas para resolver: os depósitos (hoje em dia, crédito aos bancos) a moeda e a dívida pública e ainda o balanço dos bancos centrais. A via consistente teria de ser:

- a dívida pública passaria a moeda
- os depositantes (crédito aos bancos) e outros credores dos bancos passavam a accionistas dos bancos na parte dos depósitos não cobertos por reservas de moeda e/ou dívida pública

Falta o banco central.

- para além da dívida pública (no activo dos bancos centrais) passar a moeda, passaria, também as operações de financiamento pelo banco central aos bancos, assim, o passivo dos bancos ao banco central passariam a depósitos nos bancos centrais. Isto faria com que o sistema se transforma-se num de 100% de reservas, e assim poderia e deveria depois continuar.

PS: acho perigoso estar a dar ideia, mas por outro, fica bem expresso a confusão conceptual da moeda sob a forma de depósito constituir crédito aos bancos. 

PS2: nunca apoiaria este plano, algo mais ou menos equivalente e para melhor se conseguiria mantendo a validade dos contratos: processos de falência e liquidação (transferência de propriedade) ocorrerem de forma rápida, incluindo bancos e a sua liquidação entre  credores (que inclui os depositantes). É assim que as dívidas desaparecem realocando-se os processos produtivos em novas estruturas de capital com muito menor recursos a crédito e custos de financiamento.

PS3: Pode estar a escapar-me alguma coisa, mas ainda poderei voltar ao assunto. Acho que se percebe a ideia. Isto ocorreu-me com um twitt do Rui Tavares a recordar que em alguns pontos da antiguidade tal coisa parece ter ocorrido.

No comments: