Monday, February 08, 2010

Manifesto "Todos pela Liberdade"

Acabei de assinar esta petição. Se vivesse em Lisboa e tivesse um emprego com entrada às 14.00 (em vez de viver em Portimão e entrar às 13.30), era capaz de aparecer na concentração.

No Arrastão, argumenta-se que:

"Porque sendo organizada por quem é, afasta-nos dos seus protagonistas o entendimento que temos do que é a liberdade de imprensa: blogues como o Blasfémias, Insurgente ou 31 da Armada acreditam que ela se resume ao poder do proprietário de cada órgão de comunicação social determinar o que lá se escreve e diz. Para nós, corresponde ao poder dos jornalistas, e só deles, decidirem o que escrevem nos jornais onde trabalham, com garantias de autonomia face ao poder político, sim, mas também económico. E a um verdadeiro pluralismo político que não se limite ao centrão ideológico."
A minha liberdade de imprensa é a do Arrastão, não a do Blasfémias/Insurgente/31 da Armada. No entanto, tanto a "nossa" liberdade como a liberdade "deles" implicam que o governo não possa decidir o que se diz (ou não) na comunicação social; e é contra isso que se protesta na tal petição.

Provavelmente o Rui Rio, o Pedro Marques Lopes ou o Carlos Abreu Amorim também têm opiniões sobre o funcionamento do sistema de saúde muito diferentes das da Esquerda, e não é por isso que deixarem de haver iniciativas comuns quando do referendo ao aborto.

[Poder-se-á perguntar se não estou a contradizer a opinião que expressei aqui sobre a Lei das Finanças Regionais; penso que não porque: a) colaboração entre indivíduos em acções de protesto é diferente de colaboração entre partidos na Assembleia da República; e b) uma colaboração contra algo é diferente do que uma colaboração a favor de algo]

5 comments:

Anonymous said...

Por acaso, antes de ler o seu post todo estava com a ideia de lhe escrever a dizer que contradizia o post da lei das finanças regionais!
Em todo o caso, sou da sua opinião no que respeita à comunicação social: nem controlo estatal, nem controlo do Capital.

Acabou por não me responder no post do Garcia Pereira: afinal qual é a sua posição em relação a Portugal e União Europeia?

Daniel Oliveira said...

Miguel,
O que retiras de prático do texto do Manfesto. No aborto era a despenalização. Era por objectivos. E este, qual é? Só vejo um: poder para o Cavaco. E é isso que os move.

Gabriel Silva said...

isso é mentira Daniel.

basta ler texto petição, e o que maioria dos assinantes escrevem sobre o pr.

fica-te mal torceres a verdade, e de facto é melhor mesmo não assinares.

CN said...

Já agora, também subscrevi.

Quanto ao que significa liberdade de imprensa.

Os proprietários podem fazer o que lhes apetece quanto aos seus jornais e jornalistas mas não o devem fazer, nem sequer no seu próprio interesse (ou será "principalmente" no seu próprio interesse?).

A confusão entre um dever moral ou profissional e o direito pode seguir maus caminhos e torna a discussão uma conversa de surdos.

Como podemos defender liberdade civis que permitam as pessoas decidir sobre droga, prostituição e outras coisas a não ser por separarmos a moral do direito? as pessoas "podem" não quer dizer que "devam". para não dizer que devem evitar de todo.

NC said...

Se me permite, não vejo que a liberdade de imprensa "deles" e de "outros" seja assim tão incompatível.Faz tanto sentido proibir a publicação de um determinado artigo de opinião como obrigar a um jornal ter um determinado colunista.

Se um jornal contrata um colunista e depois chega à conclusão que não se enquadra na linha programada, deverá ter liberdade de o trocar por outro garantindo que se cumpram os termos do contrato estabelecido.