Andam algumas pessoas indignadas pelos artigos e notícias que dizem que Trump ganhou com o votos dos eleitores brancos com poucas qualificações (o que é verdade, embora não seja a história toda).
Mas vamos lá ver: há
anos que sectores próximos de Trump, como o Unz Review (ou o American Conservative, que não sendo exatamente a favor da pessoa de Trump, alinha no geral por ideias similares às dele) se fartam de publicar artigos a falar na
"white working class" (muitas vezes com "male" associado), e na alegada
aliança das "elites" com as minorias e com o feminismo contra a "white
working class". Não me parece que depois se possa levar a mal quando
finalmente a imprensa mainstream lhes dá razão, e reconhece que a "white
working class" (conceito que no vocabulário dessa área tem mais a ver
com não ter formação universitária do que propriamente com ser aquilo
que em Portugal chamariamos de "operário" ou "trabalhador), e sobretudo
os homens, contribuiu para a vitória de Trump.
[Post publicado no Vias de Facto; podem comentar lá]
Sunday, November 13, 2016
A sociologia do trumpismo
Publicada por Miguel Madeira em 03:02