A indústria musical assinala enormes quebras, na ordem dos 10%, em vendas de música em Portugal no último ano. A culpa, já se sabe, “é da Internet”. As soluções são igualmente originais: passam por instituir um imposto, já em vigor, sobre CDs e DVDs graváveis e por obrigar os ISPs a cortar o acesso à internet aos prevaricadores, como já acontece em França.
Vou arriscar uma previsão, apesar de saber que não devia: a indústria de edição e distribuição musical têm os dias contados.
Muitos artistas já perceberam que tiram mais partido em disponibilizar os seus trabalhos de forma gratuitaonline do que a introduzi-los no circuito comercial, e faz sentido: Com a evolução tecnológica é lhes cada vez mais fácil produzir a sua própria música e na Internet têm o canal ideal para distribuir a música. Com isso poupam nos estúdios e nos distribuidores e podem concentrar os custos e os ganhos da sua actividade nos espectáculos ao vivo.
Nesse sentido ataques à liberdade individual como sejam os referidos e outros demais, não são mais que o canto do cisne dum lobby que estará, suponho, a viver os últimos dias. No futuro a música será partilhada livremente com o apoio dos artistas. A indústria musical, como muitas outras antes, ter-se-á tornado obsoleta e o mundo terá andado para a frente.
Monday, April 06, 2009
Da Propriedade Intelectual (III)
Publicada por CN em 19:11
Etiquetas: Propriedade Intelectual?, Textos de Carlos Novais
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1 comment:
A minha intuição diz-me que o direito à propriedade intelectual não deve existir, mas pergunto se a seguinte situação não é legítima:
Alguém produz um conjunto de informação, e só a fornece a quem aceite um contrato que implica um pagamento, e não a divulgar a mais ninguém.
Sei que esta não é propriamente a situação do mercado musical, ou das patentes, mas com alguma esperteza é possível tornar este contrato praticamente equivalente à propriedade intelectual.
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