Alberto Gonçalves escreve:
Esses prodígios cívicos vão eleger, exactamente, o quê? Se quisermos ser tecnicamente precisos, 3,05% dos 785 deputados do Parlamento Europeu, ou seja uma parcela irrelevante de uma instituição cuja relevância é igualmente discutível. Na prática, claro que as decisões lá tomadas acerca do aquecimento de esplanadas, da protecção dos isqueiros, do volume das hortaliças e da qualidade do ar afectam as vidas de todos, ou as vidas de quem frequenta esplanadas, usa isqueiros, come e respira. Mas duvido que o português médio detecte a origem das decisões e tenho a certeza de que não detecta a influência dos nossos deputados na respectiva aprovação. "
Mas o mesmo não se aplicará às eleições nacionais? Afinal, nas eleições nacionais, nós também vamos eleger só 3,48% dos 230 deputados à A.R. (8 deputados). Ou seja, se não há razão para os portugueses ligarem às eleições para o Parlamento Europeu, isso não significará que também não há razão para os habitantes do distrito de Faro ligarem às eleições nacionais?
2 comments:
A diferença é que a Assembleia da República tem poder real.
Caro Ricardo:
Saiba sobre a história das leis de propriedade intelectual, sobre software livre e sobre "ataques de patentes". Informe-se e descubra o poder real (e bem positivo) que tem o Parlamento Europeu.
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