Sunday, December 13, 2009

O "principio de Dilbert" explicado pela economia?

Um paper do Departamento de Economia da Universidade de Bona argumentado que numa organização os lugares de topo tenderão a ser ocupados pelos individuos com menos capacidades:

Competitive Careers as a Way to Mediocracy
We show that in competitive careers based on individual performance the least productive individuals may have the highest probabilities to be promoted to top positions. These individuals have the lowest fall-back positions and, hence, the highest incentives to succeed in career contests. This detrimental incentive effect exists irrespective of whether effort and talent are substitutes or complements in the underlying contest-success function. However, in case of complements the incentive effect may be be outweighed by a productivity effect that favors high effort choices by the more talented individual
Após ter lido o paper, confesso que continuei a não perceber muito bem a teoria do autor, mas enfim...

[Chris Dillow - e creio que também o autor - refere-se a isso como o "Principio de Peter", mas não concordo: o "Principio de Peter" diz é que os trabalhadores competentes vão sendo promovidos até estabilizarem num lugar em que deixam de ser competentes; aqui estamos a falar de serem promovidos os trabalhadores que logo à partida têm menos capacidades, algo que tem mais a ver como o chamado "Principio de Dilbert"]

2 comments:

mescalero said...

Mais um post com muito interesse. De certa forma parece-me que é essa a percepção que regra geral se tem do funcionamento da hierarquia e dos seus resultados.

PR said...

A minha experiência profissional faz-me crer essa é a percepção que existe em todos os extractos da hierarquia. Ou seja, que está no fundo diz que o patrão é incompetente e o patrão acha o mesmo dos subordinados.

Daí ser tão difícil gerir bem uma organização, presumo.