Sunday, May 14, 2006

Sobre o "Império" e o "Anticristo"

Ontem, no Expresso, Jaime Nogueira Pinto escreve: "Na tradição medieval, o Império (...) tinha uma função de Katechon - defender os povos contra o anticristo. Esta figura apocalíptica do anticristo que foi, historicamente, encarnada pelo mau da fita da época - o Papa de Roma para Lutero, Lutero para os católicos, Napoleão para os ingleses (...). Mas o anticristo «autêntico» representava um mal absoluto, metafísico, que os povos temiam. Mas sabiam poder confiar num Império e num imperador protectores que, chegada a hora decisiva, derrotariam essas forças das Trevas (...). E, por isso, apesar do Apocalipse, havia esperança"

"Revivendo estes mitos, o cinema popular norte-americano deu-nos a sua versão soft ne Guerra das Estrelas, em que Luke Skywalker e as forças do bem enfretam o Dart Vader e os seus malvados; depois Peter Jackson filmou grandiosamente a saga de Tolkien e no Senhor dos Anéis, tratou do triunfo do colectivo dos hérois - homens, «hobbits», anões, todos os povos de Midleart - contra o tenebroso Sauron e os seus demónios e zombies obscenos."

É interessante que, nos filmes (ou melhor, séries de filmes) citados, o "Império" (i.e., em linguagem mais moderna, o "governo") até nem parece grande defesa contra o "anticristo" (i.e., as forças do Mal): na Guerra das Estrelas, o Chancelor/Imperador é, ele próprio, o "mau da fita". Quanto ao Senhor dos Anéis, também não me parece que o "Império" seja de grande valia na luta contra o Mal: afinal, penso que o "rei" só "regressa" depois de Sauron ter sido derrotado (embora já não me lembre bem dos promenores).

2 comments:

Anonymous said...

...PORMENORES.

Anonymous said...

o que eu acho piada é o codigo de cores e a temática das "nações livres", com os seus inumeros mestres contra uma força homogeneizante que luta pela supremacia do seu mestre.