A propósito da visita do Dalai Lama, houve montes de referências ao "lider espiritual do budismo tibetano", e até mesmo polémicas sobre se o parlamento de um estado laico deveria receber um "líder religioso".
Acho que há aqui um ponto que seria conveniente focar - o Dalai Lama NÃO é um líder religioso. O líder espiritual da seita dos "Barretes Amarelos" é o Ganden Tripa; o Dalai Lama era o líder temporal do Tibete (claro que, sendo o antigo Tibete uma teocracia, o líder temporal era também um religioso, mas não era o líder religioso - da mesma forma, há uns anos atrás Khatami era o líder temporal do Irão e é um religioso, mas não era "o líder religioso").
Mais um ponto: no blogue da Atlantico, Henrique Raposo escreve que o Dalai Lama "[é] a modos que o Papa de 300 milhões de crentes". Mesmo que o Dalai Lama fosse o líder religioso, não percebo aonde HR foi buscar esse número. Há para aí 6 milhões de tibetanos no Tibete; mais 150 mil tibetanos na India; mesmo somando os ocidentais que se tenham convertido ao "lamaismo", duvido que isso desse mais do que, digamos, 15 milhões de crentes; eventualmente, poderíamos contar também os mongóis, que professam uma variante do budismo tibetano - mais 2 milhões e meio de pessoas (a que podemos somar mais 4 milhões de mongóis na Mongólia Interior). Ou seja, mesmo com muito esforço, nem chegamos aos 30 milhões de crentes, quanto mais aos 300 de HR.
Acho que há aqui um ponto que seria conveniente focar - o Dalai Lama NÃO é um líder religioso. O líder espiritual da seita dos "Barretes Amarelos" é o Ganden Tripa; o Dalai Lama era o líder temporal do Tibete (claro que, sendo o antigo Tibete uma teocracia, o líder temporal era também um religioso, mas não era o líder religioso - da mesma forma, há uns anos atrás Khatami era o líder temporal do Irão e é um religioso, mas não era "o líder religioso").
Mais um ponto: no blogue da Atlantico, Henrique Raposo escreve que o Dalai Lama "[é] a modos que o Papa de 300 milhões de crentes". Mesmo que o Dalai Lama fosse o líder religioso, não percebo aonde HR foi buscar esse número. Há para aí 6 milhões de tibetanos no Tibete; mais 150 mil tibetanos na India; mesmo somando os ocidentais que se tenham convertido ao "lamaismo", duvido que isso desse mais do que, digamos, 15 milhões de crentes; eventualmente, poderíamos contar também os mongóis, que professam uma variante do budismo tibetano - mais 2 milhões e meio de pessoas (a que podemos somar mais 4 milhões de mongóis na Mongólia Interior). Ou seja, mesmo com muito esforço, nem chegamos aos 30 milhões de crentes, quanto mais aos 300 de HR.
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