João Miranda escreve que o valor simbólico do casamento não pode ser transferido por decreto para as uniões homossexuais.
Talvez JM até tenha razão; mas, se for esse o caso, não são apenas os "progressistas" que estão enganados - também o estão os "conservadores" que acham que o reconhecimento legal do casamento homossexual é um ataque à "familia".
De qualquer forma, tenho dúvidas que o valor simbólico do casamento não tenha sido, pelo menos em parte, "criado por decreto" - afinal, durante muito tempo ser "casado" era um estatuto mais respeitável do que "viver junto"; atendendo que a única diferença entre os dois estatutos era um ser reconhecido pelo Estado - independentemente de ser este a organizar a cerimónia ou de delegar essa tarefa nalguma religião organizada - e o outro não, parece que as leis e decretos influenciam realmente o valor simbólico das instituições.
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