Um paper de 2007 [pdf] sobre a sobre- representação de engenheiros no terrorismo islâmico (comparada, quer com a população total desses países, quer apenas com o universos de homens com formação superior).
Os autores, entre outras coisas, fizeram uma comparação com outros tipos de terrorismo. No terrorismo de extrema-esquerda os engenheiros são praticamente inexistentes - grupos como o Baader-Meinhoff ou as Brigadas Vermelhas eram compostos por sociólogos, licenciados em História e afins. Os únicos grupos armados de esquerda com uma participação assinalável de engenheiros que os autores detectaram foram a OLP (a começar por Arafat), os Mujaheden do Povo do Irão e um grupo turco, o Exército Popular de Libertação (imagino que seja este) - aliás, todos eles no mundo muçulmano.
Já no terrorismo de extrema-direita encontra-se alguma participação de engenheiros, mas nada de especial.
Diga-se também que, se nos movimentos políticos islamitas parece haver uma grande representação de engenheiros, médicos e cientistas, só os primeiros parecem ter uma tendência significativa para passarem da luta puramente politica para os grupos terroristas (ocorre-me uma possível explicação: para um cientista fundamentalista islâmico, o principal será a ideia teórico-abstrata da califado universal e da sharia; já um engenheiro fundamentalista quererá fazer algo de prático para implementar as suas ideias na realidade concreta).
[Este artigo tem recebido estado na berra depois de mais um engenheiro ter tentado explodir um avião]
[Este artigo tem recebido estado na berra depois de mais um engenheiro ter tentado explodir um avião]
O que é que os engenheiros que lêem este blog acham?
4 comments:
Não sou engenheira mas, reconheço aqui uma informação importante e nada surpreendente -apesar do silêncio que se faz sobre esta dimensão real e efectiva dos factos sociais!... principalmente por isso, obrigado!... com votos de um Bom Ano de 2010 e um abraço,
Ana Paula
Não, não sou engenheira, mas estou a lembrar-me dum engenheiro que anda a aterrorizar um país inteiro e nem precisa de bombas ;-)
Subscrevo inteiramente as palavras da Gi.
E acrescento:
Engenheiros de quê?
De água quente?
Da Independente local, por certo...
"Engenheiros de quê?"
Ir à pagina 12, figura 4
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