A respeito de os filhos não serem propriedade dos pais, Carlos Novais escreve que "Os filhos não são propriedade dos pais porque eles próprios são seres humanos com a capacidade de uso da razão e da argumentação".
Mas isso não deitará por terra todo o argumento de tentar deduzir os direitos de propriedade em geral a partir do direito de propriedade sobre si mesmo? Afinal, a partir do momento em que se admite que a propriedade de sí próprio é uma propriedade "especial", com regras diferentes da propriedade "normal" (estilo - eu posso vender o meu videogravador, mas não me posso vender a mim; os meus pais são proprietários do dinheiro que ganharam com o seu trabalho, mas não são proprietários dos 3 seres humanos que produziram, etc.), isso não significa que então também é perfeitamente possivel aceitar que os indivíduos podem ser proprietários do seu corpo e continuar a achar ilegítimas outras formas de propriedade?
Tuesday, June 01, 2010
Ainda a "ética argumentativa" (II)
Publicada por Miguel Madeira em 04:03
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