Monday, March 15, 2010

Re: A "ética argumentativa" de Hans-Hermann Hoppe

1. "O acto de argumentar não implica a propriedade de sí próprio (é possível argumentar sem ser propretário de si mesmo)"

Mas mantém-se que Argumentar com o seu próprio corpo implica controlo absoluto sobre o seu corpo senão não existe Argumento.

2. Os filhos não são propriedade dos pais porque eles próprios são seres humanos com a capacidade de uso da razão e da argumentação (e o aborto a ter alguma justificação de direito/ética mas que não moral, só a terá por a mãe ser proprietário do seu próprio corpo expulsando assim um corpo que não deseja hospedar).

3."Hans-Hermann Hoppe não detém a plena propriedade do seu corpo".

Esse é o que chamo argumento da constatação da força. Por esse argumento poderíamos dizer que os escravos não tinham direitos naturais porque se constata que já existiam proprietários e não têm a força ou capacidade para o contrariar.

4. Argumentar que a propriedade resulta apenas de um mero acordo, significa que os entes que fazem esse acordo têm a capacidade de discordar e não chegando a acordo têm o direito a proteger a sua propriedade honesta. É assim preciso saber o que se faz com quem não acorda.

Para contradizer este argumento tem então de se passar para a linha oposta. Que toda a propriedade só existe como colectiva, é então necessário acordar que existe propriedade, mas não se chegando a acordo, a propriedade é colectiva (e sujeita a minoria).

Mas então pode-se questionar:

4.1. Mas como é que propriedade teve lugar historicamente, pedindo-se permissão a todos os outros?

4.2. Devemos inferir que a situação natural é então que a "colectividade" deve então organizar-se na forma de um Estado Mundial e que a própria ideia de independências é uma concessão feita pelo "Mundo" mas que pode ser revogada a todo o momento?

4.3. Podemos então também inferir que os Impérios, desde que a sua população seja maioritária em relação às colónias tem a propriedade das minorias em número?

4.4. Já agora podemos falar do tipo de "acordo" sobre a existência de propriedade. É maioritário (com os problemas atrás descritos) ou infere-se que tem de ser Unânime?

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