Rui Carmo n'Oinsurgente recomenda: Um “islamofóbico” confessa-se, a crónica de Alberto Gonçalves no DN.
Algumas notas:
1. "Talvez porque uma considerável quantidade de imigrantes muçulmanos no Ocidente rejeite qualquer esboço de integração"
Tenho a certeza que se procurar textos com críticas anti-semitas em séculos anteriores ao séc.20 (estou a recordar-me de um texto de Eça de Queiroz) se encontra exactamente esta acusação, de resto, verdadeira. A ortodoxia no judaísmo e o poder teocrático em cada judiaria era conhecida (leis próprias, incluindo penais, obediência ao poder teocrático local, etc.).
2. Associação da violação de Lara Logan com o islamismo... isto faz sentido em que patamar, o Islão é libertino?
(Um dado: Lara Logan tem sido a mais entusiasta das reporters pro-war no Iraque e Afeganistão)
3. "Talvez porque, no meu tempo de vida, nenhuma outra religião inspirou tantas chacinas (já repararam que há pouquíssimos atentados reivindicados por católicos, baptistas, judeus, budistas ou hindus?)."
Esta nem de propósito: ver o post anterior com referência a este artigo do NYT, analisando os ataques suicidas.
"The leading instigator of suicide attacks is the Tamil Tigers in Sri Lanka, a Marxist-Leninist group whose members are from Hindu families but who are adamantly opposed to religion. This group committed 76 of the 315 incidents, more than Hamas (54) or Islamic Jihad (27). Even among Muslims, secular groups like the Kurdistan Workers' Party, the Popular Front for the Liberation of Palestine and the Al Aksa Martyr Brigades account for more than a third of suicide attacks.
4. "Talvez porque alguns líderes espirituais do islão foram convictos aliados de Hitler na época do primeiro Holocausto e alguns dos seus sucessores ganham a vida a exigir o segundo. "
Isto é o quê: uma suspeita que o Islão é nazi? E a associação de Churchill e Rosevelt com Estaline prova o quê? Que eram comunistas-mass-murders (Estaline em tempo de paz nos anos 30 bem antes dos nazis em tempo de guerra nos anos 40)? No início da guerra, os povos que viviam na tutela de Estaline (como os Ucranianos, ou de outros, como a Croácia) viram (pelo menos parte das elites população) a invasão de Hitler da URSS com natural interesseirismo (como quando Napoleão o fez, o interesse nacional é maior que as ideologias, todas as nações na sua história de impor o seu Estado, escolheram aliados pela utilidade, não pela afecção ideológica, e passar por cima disto é típico do mind set inibidor da análise [intencional] que é o neoconservadorismo).
1 comment:
"Talvez porque, no meu tempo de vida, nenhuma outra religião inspirou tantas chacinas (já repararam que há pouquíssimos atentados reivindicados por católicos, baptistas, judeus, budistas ou hindus?)"
O que me dá a ideia é que qualquer atentado feito por um muçulmano, por alguém educado na religião muçulmana, ou mesmo por alguém que, sem ser muçulmano tenho crescido numa cultura muçulmana (como os marxistas-ateus-educados-como-cristãos que lideram a frentes "Popular" e "Democrática para a Libertação da Palestina") contam como atentados feitos por muçulmanos; já nas outras religiões exige-se para a contabilidade que o atentado tenha sido feito em nome dessa religião - ninguém atribui os atentados da ETA, do IRA ou da Front de Liberation du Quebec ao catolicismo, da ASALA ao cristianismo oriental monofisita, ou da UVF, da UDA/RHD ou da LVF ao protestantismo (embora neste ultimo caso não fosse descabido).
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