Há primeira vista, o meu exemplo pode ser facilmente atacado
Possivel contra-argumento 1: Gibraltar não é um país, é um território.
Possivel contra-argumento 2: o latifundio no Sul ibérico não nasceu do mercado - tem a sua origem remota na distribuição de terras após a reconquista (e mesmo que os actuais proprietários os tenham adquirido no mercado, isso não elimina o "pecado original")
Refutação dos contra-argumentos hipotéticos:
Em primeiro lugar, o que interessa é o principio abstrato: há, seguramente, mais liberdade de escolha num mundo composto por Estados democráticos medindo, em média, sete quilometros quadrados do que num mercado dominado por propriedades medindo, digamos, 800 hectares (8 km2).
Em segundo, a diferença entre país e território não é muito relevante para a questão (nem que seja porque os territórios britãnicos são quase países independentes).
Em terceiro lugar, é raro ver os defensores do mercado considerarem ilegitimas a distribuições de propriedade derivadas (directa ou indirectamente) de passadas intervenções do Estado: afinal, não se viu muitos liberais a defenderem a reforma agrária no Alentejo, logo é sinal que consideram os latifundios como parte do mercado (uma curiosa exepção é este artigo [pdf, pp. 6-8] do Libertarian Forum, elogiando a reforma agrária do PS).
Poder-se-á perguntar porque é que eu estou a responder a criticas imaginárias que ninguém fez: sinceramente, porque gostei tanto das minhas contra-criticas imaginárias que decidi imortalizá-las em post.
Possivel contra-argumento 1: Gibraltar não é um país, é um território.
Possivel contra-argumento 2: o latifundio no Sul ibérico não nasceu do mercado - tem a sua origem remota na distribuição de terras após a reconquista (e mesmo que os actuais proprietários os tenham adquirido no mercado, isso não elimina o "pecado original")
Refutação dos contra-argumentos hipotéticos:
Em primeiro lugar, o que interessa é o principio abstrato: há, seguramente, mais liberdade de escolha num mundo composto por Estados democráticos medindo, em média, sete quilometros quadrados do que num mercado dominado por propriedades medindo, digamos, 800 hectares (8 km2).
Em segundo, a diferença entre país e território não é muito relevante para a questão (nem que seja porque os territórios britãnicos são quase países independentes).
Em terceiro lugar, é raro ver os defensores do mercado considerarem ilegitimas a distribuições de propriedade derivadas (directa ou indirectamente) de passadas intervenções do Estado: afinal, não se viu muitos liberais a defenderem a reforma agrária no Alentejo, logo é sinal que consideram os latifundios como parte do mercado (uma curiosa exepção é este artigo [pdf, pp. 6-8] do Libertarian Forum, elogiando a reforma agrária do PS).
Poder-se-á perguntar porque é que eu estou a responder a criticas imaginárias que ninguém fez: sinceramente, porque gostei tanto das minhas contra-criticas imaginárias que decidi imortalizá-las em post.
1 comment:
«sinceramente, porque gostei tanto das minhas contra-criticas imaginárias que decidi imortalizá-las em post.» lol!!!
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