O agitador pergunta "quando é que é legitimo (...) o uso da violencia por parte da população?".
A mim, acho que depende muito do próprio regime politico em que se viva: por mais crítico que eu seja da "democracia representativa", não a podemos pôr no mesmo plano que um regime ditatorial (embora às vezes a linha que separa uma "democracia representativa" de uma ditadura aberta seja díficil de traçar - veja-se, p.ex., a Rússia de Putin).
Num regime ditatorial, a violência da população contra o Estado é sempre legítima - pode não ser apropriada em certas situações, mas apenas por uma questão de eficácia, não por qualquer impedimento moral a priori (p.ex., a resistência pacifica dos checos à invasão soviética em 1968 deu melhores resultados que a luta armada dos hungaros em 1956).
Numa "democracia representativa", penso que a violência só é aceitável em auto-defesa face a actos violentos do próprio Estado - à partida, em caso de conflitos "Estado versus Povo" a melhor linha é a da desobediencia civil não-violenta, à maneira de Thoreau ou Gandhi. No entanto, se o Estado usar a sua violência contra os cidadãos, proclamar o estado de emergência, etc., então o recurso à contra-violência pode ser aceitável (ainda que seja díficil traçar o ponto em que é legitimo responder com violência à violência do Estado).
Nota - no caso de situações coloniais, países sob ocupação estrangeira, etc. aplica-se a regra para ditaduras, independentemente da natureza do regime ocupante (p.ex., os indianos tinham o direito moral de se terem lançada na luta armada contra os ingleses, embora tenham perferido não o fazer).
A mim, acho que depende muito do próprio regime politico em que se viva: por mais crítico que eu seja da "democracia representativa", não a podemos pôr no mesmo plano que um regime ditatorial (embora às vezes a linha que separa uma "democracia representativa" de uma ditadura aberta seja díficil de traçar - veja-se, p.ex., a Rússia de Putin).
Num regime ditatorial, a violência da população contra o Estado é sempre legítima - pode não ser apropriada em certas situações, mas apenas por uma questão de eficácia, não por qualquer impedimento moral a priori (p.ex., a resistência pacifica dos checos à invasão soviética em 1968 deu melhores resultados que a luta armada dos hungaros em 1956).
Numa "democracia representativa", penso que a violência só é aceitável em auto-defesa face a actos violentos do próprio Estado - à partida, em caso de conflitos "Estado versus Povo" a melhor linha é a da desobediencia civil não-violenta, à maneira de Thoreau ou Gandhi. No entanto, se o Estado usar a sua violência contra os cidadãos, proclamar o estado de emergência, etc., então o recurso à contra-violência pode ser aceitável (ainda que seja díficil traçar o ponto em que é legitimo responder com violência à violência do Estado).
Nota - no caso de situações coloniais, países sob ocupação estrangeira, etc. aplica-se a regra para ditaduras, independentemente da natureza do regime ocupante (p.ex., os indianos tinham o direito moral de se terem lançada na luta armada contra os ingleses, embora tenham perferido não o fazer).
3 comments:
e quando o governo não negoceia, ou mantem uma lei contra a vontade da população?
se eu deixar de pagar impostos, como desobediencia civil, o estado força-me a faze-lo, pudendo por-me na prisão.
Policias = maus?
eu nunca afirmei que os policias0maus.
os policias não são maus nem são bons, apenas cumprem ordens.
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