Uma critica que me parece fazer sentido à teoria "austríaca" do ciclo económico é a de Gordon Tullock[pdf].
Não me refiro aquela parte do "The second nit has to do with Rothbard's apparent belief that businesspeople never learn. One would think that business people might be misled in the first couple of runs of the Rothbard cycle and not anticipate that the low interest rate will later be raised. That they would continue unable to figure this out, however, seems unlikely. Normally, Rothbard and the other Austrians argue that entrepreneurs are well informed and make correct judgments. At the very least, one would assume that a well-informed business person interested in important matters concerned with the business would read Mises and Rothbard and, hence, anticipate the government's action". Essa parte é também a essência da crítica de Bryan Caplan e já foi respondida por muita gente, do Carlos Novais ao Roderick T. Long (e o próprio Tullock considera isso apenas um "nit" - um detalhe).
Refiro-me à parte principal da critica: a de que a maior parte dos investimentos (sobretudo os que são afectados pela taxa de juro) são custos fixos. Imagine-se que um investidor, a contar com um juro de 3% decide construir uma fábrica e, com um aumento do juro para 5%, a fábrica deixa de ser viável. Isso são más noticias para o investidor, que ficou a perder dinheiro (ou deixou de ganhar, se ele tiver investido o seu próprio dinheiro na fábrica). No entanto, isso não é razão para a fábrica fechar - a despesa já foi feita, e não é por a fábrica deixar de funcionar que o industrial recupera o seu dinheiro. Ou seja, como escreve Tullock, o aumento dos juros deveria causar muitas falências e suicidios de empresários, mas não teria efeitos significatos sobre o PIB ou o desemprego.
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