Não existe um valor agarrado a um objecto porque ele "custou" poucas ou muitas horas a produzir (ou mais ou menos factores de produção).
Não olhamos para um objecto e vemos o que custou a produzir passando a valorizá-lo apenas por coincidência a esse valor.
Um livro que queremos comprar não vale para nós X porque o autor demorou 2 anos a escrevê-lo, pelo contrário uma alma genial no final de uma noite boémia é capaz de escrever (num estado miserável) em apenas uma hora algo que valorizamos infinitamente.
Aliás, quando 2 sujeitos trocam entre si algo (pode ser um bem por moeda, ou um bem por outro bem) ao preço (ou rácio de troca) de X o máximo que podemos dizer é que o comprador no mínimo valoriza esse bem em X, mas subjectivamente para si poderá valer muito mais. E o vendedor o inverso. O acto de troca (a manifestação de cooperação social pacífica e voluntária) surge mais de uma desigualdade do que de ambos concordarem que esse bem vale X.
Assim, o custo de produção pouco importa. Sabemos que cada comprador poderá valorizar um dado bem acima ou abaixo do custo constabilístico de produção. E isso determinará se o produtor abandona a produção desse bem ou se tem de partir para outra.
Tuesday, February 10, 2009
Teoria subjectiva do valor
Publicada por CN em 19:16
Etiquetas: Textos de Carlos Novais
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