Fala-se que, "pela primeira vez em 100 anos", vai haver um plano de gestão dos baldios.
Eu não conheço bem a questão dos baldios, mas parece-me que, atendendo que os baldios têm comissões de gestão, eleitos pelas populações (os "compartes") que os utilizam, quere dizer que há muito tempo que são geridos - as comissões podem não chamar às decisões que tomam "plano de gestão", mas, no fundo, é isso que se trata, não?
E, mesmo que estejamos a falar de um "plano de gestão" centralizado, também já houve - até foi escrito um livro e feita uma série de televisão sobre isso.
Finalmente, na reportagem da RTP sobre o assunto, falava-se muito na "falta de controle" sobre as receitas dos baldios, de contabilidade deficiente, etc. (a mim, pareceu-me que, nas entrelinhas se estava a defender "gestão profissionalizada", estatal ou empresarial). Mas o certo é que não vi nenhum "comparte" a queixar-se de "má gestão" das comissões de baldios (nem sequer em contraluz e com voz distorcida); quem vi com essa conversa foram autarcas e técnicos do Ministério da Agricultura - pelo que concluo que as pessoas que seriam lesadas por uma eventual gestão deficiente e/ou pouco clara dos baldios não dão sinais de estarem descontentes, e são os políticos e burocratas que, na sua infinita benevolência, pretendem levar às massas os elevados padrões de gestão rigorosa que, com certeza, praticam nas suas autarquias e ministérios (ou será que a ideia é a gestão empresarial que, essa sim, nunca tem manobras nem jogadas esquisitas na contabilidade?).
Eu não conheço bem a questão dos baldios, mas parece-me que, atendendo que os baldios têm comissões de gestão, eleitos pelas populações (os "compartes") que os utilizam, quere dizer que há muito tempo que são geridos - as comissões podem não chamar às decisões que tomam "plano de gestão", mas, no fundo, é isso que se trata, não?
E, mesmo que estejamos a falar de um "plano de gestão" centralizado, também já houve - até foi escrito um livro e feita uma série de televisão sobre isso.
Finalmente, na reportagem da RTP sobre o assunto, falava-se muito na "falta de controle" sobre as receitas dos baldios, de contabilidade deficiente, etc. (a mim, pareceu-me que, nas entrelinhas se estava a defender "gestão profissionalizada", estatal ou empresarial). Mas o certo é que não vi nenhum "comparte" a queixar-se de "má gestão" das comissões de baldios (nem sequer em contraluz e com voz distorcida); quem vi com essa conversa foram autarcas e técnicos do Ministério da Agricultura - pelo que concluo que as pessoas que seriam lesadas por uma eventual gestão deficiente e/ou pouco clara dos baldios não dão sinais de estarem descontentes, e são os políticos e burocratas que, na sua infinita benevolência, pretendem levar às massas os elevados padrões de gestão rigorosa que, com certeza, praticam nas suas autarquias e ministérios (ou será que a ideia é a gestão empresarial que, essa sim, nunca tem manobras nem jogadas esquisitas na contabilidade?).
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