Sim, aos 16anos já se exige uma craveira moral ghandiana. Atlantices...
Note-se ainda que muito mais que ideológica, a oposição ao eixo atlantico devia-se sobretudo por opções estratégicas (o inimigo do meu inimigo é meu amigo, etc).
Assim como muitos árabes aliaram-se (ou pelo menos não combateram) com os alemaes.
Ressalve-se que não defendo a figura do Che, que detesto. Tem é de haver sensatez nas críticas.
Ainda agora saiu um livro sobre a sua vida escrito por Olivier Besancenot (LCR, trotsquista) e que vem desmontar alguns mitos (não era estalinista; teorizou muito mais do que "actuou"; censurava o estilo soviético; sempre condenou o "comunismo de generais") sobre Che Guevara.
Além que penso que o pró-germanismo até era uma posição bastante popular na Argentina de então - embora, no fim, Peron tenha declarado guerra à Alemanha, o seu regime até era próximo do alemão. E foi para lá que muitos nazis fugiram.
Na verdade, acho que haveria coisas muito mais fortes para atacar o "Che" do que a sua posição na II Guerra (aliás, por falar em Gandhi, este - após um pró-britanismo inicial - também lançou uma campanha pela independencia da India durante a II Guerra).
Mas é melhor o Filipe Abrantes não criticar muito as criticas da Atlantico a Guevara, senão ainda o vão chamar de liberal-marxista, ou coisa assim.
Madeira, gostaria de utilizar este seu espaço para convidá-lo a si e aos seus leitores para visitarem o szerinting.blogspot.com, e lerem o meu artigo "Che Guevara, a realidade e o mito" publicado no mês passado. De facto, ainda encontramos que se dá ao luxo de afirmar barbaridades sobre o que não sabe (refiro-me neste caso ao texto objecto deste seu artigo, sobre eventuais "oposições" de Guevara em termos políticos quando ainda era uma criança). De facto isto não é de estranhar, pois já li comentários de uns "opositores" do regime de Salazar, sobre momentos em que este já tinha morrido, e outros que como eu, crianças pequenas, em 1974 já tinham ideais de liberdade e estiveram com a revolução...???
6 comments:
Sim, aos 16anos já se exige uma craveira moral ghandiana. Atlantices...
Note-se ainda que muito mais que ideológica, a oposição ao eixo atlantico devia-se sobretudo por opções estratégicas (o inimigo do meu inimigo é meu amigo, etc).
Assim como muitos árabes aliaram-se (ou pelo menos não combateram) com os alemaes.
Estes árabes são uns nazis...
Ressalve-se que não defendo a figura do Che, que detesto. Tem é de haver sensatez nas críticas.
Ainda agora saiu um livro sobre a sua vida escrito por Olivier Besancenot (LCR, trotsquista) e que vem desmontar alguns mitos (não era estalinista; teorizou muito mais do que "actuou"; censurava o estilo soviético; sempre condenou o "comunismo de generais") sobre Che Guevara.
Além que penso que o pró-germanismo até era uma posição bastante popular na Argentina de então - embora, no fim, Peron tenha declarado guerra à Alemanha, o seu regime até era próximo do alemão. E foi para lá que muitos nazis fugiram.
Na verdade, acho que haveria coisas muito mais fortes para atacar o "Che" do que a sua posição na II Guerra (aliás, por falar em Gandhi, este - após um pró-britanismo inicial - também lançou uma campanha pela independencia da India durante a II Guerra).
Mas é melhor o Filipe Abrantes não criticar muito as criticas da Atlantico a Guevara, senão ainda o vão chamar de liberal-marxista, ou coisa assim.
"desmontar alguns mitos (...) sobre Che Guevara."
Fiquei sem perceber o que é o mito e o que é a realidade - O mito é que ele era estalinista, ou que não era estalinista
«Fiquei sem perceber o que é o mito e o que é a realidade - O mito é que ele era estalinista, ou que não era estalinista»
Eu sempre ouvi dizer que o Che era um perigoso estaline-fidel-like, capaz de dicimar metade do seu povo por ideias.
Vi o Besancenot a falar do livro numa entrevista e achei-o honesto.
Madeira, gostaria de utilizar este seu espaço para convidá-lo a si e aos seus leitores para visitarem o szerinting.blogspot.com, e lerem o meu artigo "Che Guevara, a realidade e o mito" publicado no mês passado.
De facto, ainda encontramos que se dá ao luxo de afirmar barbaridades sobre o que não sabe (refiro-me neste caso ao texto objecto deste seu artigo, sobre eventuais "oposições" de Guevara em termos políticos quando ainda era uma criança). De facto isto não é de estranhar, pois já li comentários de uns "opositores" do regime de Salazar, sobre momentos em que este já tinha morrido, e outros que como eu, crianças pequenas, em 1974 já tinham ideais de liberdade e estiveram com a revolução...???
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