A maioria esmagadora das pessoas são, em maior ou menos grau, pelo Estado Social ("capitalismo na produção, socialismo na distribuição") - ou seja, o destino natural dos defensores, digamos, do "liberalismo económico" ou da "economia controlada pelos trabalhadores, sem capitalistas nem burocratas" é serem vistos como uma espécie de maluquinhos.
Por isso, a melhor maneira de essas ideias chegarem ao grande público é colarem-se às "questões fracturantes", que, tanto pelo lado "conservador" como pelo "progessista", são muito mais populares que as doutrinas económicas da "direita" ou da "extrema-esquerda" (um conservador norte-americano recentemente escreveu : "Contrary to the conventional belief that Republicans need to drop their opposition to abortion, gay marriage and the like in order to be popular, (...) the unpopular stuff is the economic libertarianism: free trade and smaller government")
Assim, se tanto os "liberais" como a "extrema-esquerda" falarem, não de modelos económicos, mas contra o "lobby gay/multiculturalismo/cultura da morte" (uns) ou a "homofobia/racismo/machismo" (outros), conseguirão mais público, a que depois poderão tentar "vender" melhor o seu programa económico .
É por isso que o POUS, a "Politica Operária" e a "direita moderna" dificilmente terão algum sucesso.
P.S. não se conclua daqui o inverso - que os "socialmente conservadores" sejam necessariamente "liberais económicos", ou que os "socialmente progressistas" sejam necessariamente de "extrema-esquerda".
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