Algumas pessoas dizem que estamos a ver um "ataque ao euro". Para começar, o que é que isso quer dizer?
É que "ataque ao euro" pode significar duas situações distintas - uma tentativa para fazer baixar o valor do euro, ou uma tentativa para acabar com o euro. São coisas diferentes - aliás, em larga medida, quanto mais valorizado estiver o euro, maior é o risco de se partir (já que quanto mais valorizado o euro, pior para as economias periféricas) e muitas coisas que em principio podem contribuir para valorizar o euro (subida dos juros do BCE; saída da Grécia ou da Irlanda ou de outro país, etc.) também aumentam a probabilidade de este acabar.
Monday, July 11, 2011
Ataque ao euro?
Publicada por Miguel Madeira em 13:41
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2 comments:
O ataque ao euro não tem nada a ver com a valorização do euro face ao dollar. O problema é as agências de rating estarem a dar sinais aos mercados no sentido de as periferias europeias não terem condições para pagar as suas dívidas, ao mesmo tempo que continuam a indicar que a economia dos EUA (igualmente endividadérrima) está de boa saúde, fazendo com que eles se financiem com menos juro que nós, o que só por si faz com que a Europa fique fragilizada.
O problema das agências de rating nem é tanto o trabalho que produzem, é a simples futurologia que praticam no dia-a-dia, que se converte na tal "profecia auto-cumprida". Seria óptimo que a Europa distribuísse - ainda mais - luvas pelos sujeitos que trabalham nas empresas para colocar na ordem do dia o facto de os EUA estarem FALIDOS. (De qualquer modo penso que não era grande problema, afinal de contas já são os chineses que lhes compram a dívida, independentemente do que digam as agências de rating americanas...)
http://krugman.blogs.nytimes.com/2011/07/11/why-italy-why-not-america/
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