O meu ponto anterior restringiu-se só à questão do adiamento do consumo que ainda hoje é referido aqui e ali por alguns economistas e comentadores.
Há muitos outros aspectos a analisar na deflação benigna que podem ser visualizados num sistema com quantidade de moeda fixa (e reservas de 100%) e crescimento económico mas o primeiro aspecto que tem de ser realçado é que o motivo porque os preços baixam é os custos baixarem dada o efeito de inovação e acumulação de bens de capital de maior produtividade. Assim, é o facto dos custos baixarem que motiva a descida de preços, esta descida não é um fenómeno exógeno. Os custos baixam (podemos também visualizar esse efeito por menores horas-homem agora necessárias para a mesma produção), os preços baixam sobrando agora capacidade produtiva (há agora horas-homem que sobram para serem dedicadas a mais da mesma ou outra produção) e de consumo para mais produtos. É isto o crescimento económico.
2 comments:
Evidentemente.
Sim, numa economia com moeda fixa o crescimento económico corresponde à deflação. Mas isso é fraco argumento contra quem alega que a deflação é má.
Por essa lógica, numa economia com preços fixos o crescimento económico corresponde ao aparecimento de mais moeda, e portanto mais moeda é bom.
Ambos os argumentos falham. O crescimento económico pode manifestar-se de diferentes formas consoante as condicionantes que estipulemos, mas é o crescimento económico que é bom, e não a sua manifestação «monetária».
Post a Comment