Ainda a resposta a Dos Santos.
"Num regime de anarquismo social - em que a propriedade privada não é reconhecida - não se pode sequer abrir e gerir individualmente uma mercearia, o que inclui a impossibilidade de estabelecer relações laborais"
Pode-se abrir e gerir individualmente uma mercearia em regime de anarquismo social (mas efectivamente, não se pode estabelecer «relações laborais»: se contratar empregados, os seus direitos de usufruto sobre a mercearia passam para os seus empregados).
"A ter em conta, também, que para abolir a propriedade privada é necessário literalmente expropriar os proprietários e não apenas sugerir essas utopias de que a propriedade só é defendida pelo Estado. Para impedir as pessoas de fazer valer os seus direitos de propriedade é necessário recorrer à força contra o próprio proprietário"
Excluindo objectos que estejam na posse directa do proprietário (p.ex., o seu relógio), só é necessário recorrer à força contra o próprio proprietário se ele próprio tomar a iniciativa de recorrer à força para restabelecer a sua propriedade. Um exemplo - os trabalhadores de uma empresa podem ocupá-la sem recorrer à violência física contra o proprietário (que até pode nem estar fisicamente lá) - só necessitam de recorrer à força se o proprietário chamar a policia de choque ou os seus "seguranças".
"Num regime de anarquismo social - em que a propriedade privada não é reconhecida - não se pode sequer abrir e gerir individualmente uma mercearia, o que inclui a impossibilidade de estabelecer relações laborais"
Pode-se abrir e gerir individualmente uma mercearia em regime de anarquismo social (mas efectivamente, não se pode estabelecer «relações laborais»: se contratar empregados, os seus direitos de usufruto sobre a mercearia passam para os seus empregados).
"A ter em conta, também, que para abolir a propriedade privada é necessário literalmente expropriar os proprietários e não apenas sugerir essas utopias de que a propriedade só é defendida pelo Estado. Para impedir as pessoas de fazer valer os seus direitos de propriedade é necessário recorrer à força contra o próprio proprietário"
Excluindo objectos que estejam na posse directa do proprietário (p.ex., o seu relógio), só é necessário recorrer à força contra o próprio proprietário se ele próprio tomar a iniciativa de recorrer à força para restabelecer a sua propriedade. Um exemplo - os trabalhadores de uma empresa podem ocupá-la sem recorrer à violência física contra o proprietário (que até pode nem estar fisicamente lá) - só necessitam de recorrer à força se o proprietário chamar a policia de choque ou os seus "seguranças".
2 comments:
Dos Santos:
"Para impedir as pessoas de fazer valer os seus direitos de propriedade é necessário recorrer à força contra o próprio proprietário"
Começo a suspeitar que ou Dos Santos não lê com atenção o que Miguel Madeira tem escrito, ou então há algum déficite de compreensão algures...
Miguel: "só é necessário recorrer à força contra o próprio proprietário se ele próprio tomar a iniciativa de recorrer à força para restabelecer a sua propriedade."
Óbvio! Quem é que chama a polícia, ou seja o Estado, para expulsar quem livremente ocupa uma casa vazia ou terra não cultivada, mas que alguém considera sua "propriedade"?!!!!
quando o anarquismo destruir o poder, nós seremos uma maioria.
quando as pessoas não sairem da cama para irem trabalhar, a forma mais pacifica que foi então popularizada por jonh lenon. esse será o principio de tudo.
como os anarquistas não votam, mas antes se movimentam silenciosamente até esse dia, a resistencia será minoritaria e até mesmo inexistente.
claro que até lá muitas montras vão ser partidas.
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