Aparentemente, os programas do governo para reduzir o desemprego poucos efeitos tiveram ("A análise revelou que, só no ano de 1999, o Estado gastou mais de 90 milhões de euros para conseguir uma redução média de 12 dias de desemprego. Os dois programas previam a ajuda na elaboração de currículos, aconselhamento, formação profissional, elaboração de um plano pessoal de emprego, visitas regulares aos centros de emprego e o fim do subsídio em situações de recusa de trabalho ou incumprimento de obrigações.") *
A minha visão do problema - o desemprego, muitas vezes, não é causado por qualquer inadaptação pessoal do trabalhador: é a própria lógica do sistema económico que cria algum desemprego. Assim, em vez de gastar dinheiro a "aconselhar" os desempregados, a ensiná-los a fazer curriculos, etc., talvez o melhor seja gastar esse dinheiro mesmo a pagar-lhes subsidios de desemprego.
Além disso, mesmo quando o desemprego resulta da alguma inadaptação do trabalhador, talvez isso não possa ser resolvido por programas governamentais: se o trabalhador - que é o primeiro interessado - não sabe o que fazer para conseguir arranjar emprego, ainda menos o saberão os burocratas dos ministérios (admito uma excepção para a formação profissional - não que o Ministério do Emprego saiba melhor que os desempregos que formação eles precisam, mas tem dinheiro para subsidiar formações a que os desempregados não teriam acesso se tivesse que as pagar), logo a melhor maneira de ajudar os desempregados continua a ser pagar-lhes SD ou RSI [talvez se aplique isto que Chris Dillow escreveu noutro contexto: "there might be a limit to what even experts can know about the causes of poverty. The Stupid Party’s [o Partido conservador] only had one good idea in its history – Burke’s recognition that the stock of reason in any man is small. It’s just arrogant to believe that we know enough to develop optimum solutions to each cause of poverty. Maybe handing over money - through simple methods - is a good second-best solution" - substituir "pobreza" por "desemprego"].
A minha visão do problema - o desemprego, muitas vezes, não é causado por qualquer inadaptação pessoal do trabalhador: é a própria lógica do sistema económico que cria algum desemprego. Assim, em vez de gastar dinheiro a "aconselhar" os desempregados, a ensiná-los a fazer curriculos, etc., talvez o melhor seja gastar esse dinheiro mesmo a pagar-lhes subsidios de desemprego.
Além disso, mesmo quando o desemprego resulta da alguma inadaptação do trabalhador, talvez isso não possa ser resolvido por programas governamentais: se o trabalhador - que é o primeiro interessado - não sabe o que fazer para conseguir arranjar emprego, ainda menos o saberão os burocratas dos ministérios (admito uma excepção para a formação profissional - não que o Ministério do Emprego saiba melhor que os desempregos que formação eles precisam, mas tem dinheiro para subsidiar formações a que os desempregados não teriam acesso se tivesse que as pagar), logo a melhor maneira de ajudar os desempregados continua a ser pagar-lhes SD ou RSI [talvez se aplique isto que Chris Dillow escreveu noutro contexto: "there might be a limit to what even experts can know about the causes of poverty. The Stupid Party’s [o Partido conservador] only had one good idea in its history – Burke’s recognition that the stock of reason in any man is small. It’s just arrogant to believe that we know enough to develop optimum solutions to each cause of poverty. Maybe handing over money - through simple methods - is a good second-best solution" - substituir "pobreza" por "desemprego"].
* no entanto, seria conveniente ter mais informação para poder fazer um juizo mais correcto
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