O governo chavista propôs uma lei limitando (perdão, regulando) a liberdade de imprensa. O deputado Luis Tascón (em tempos um dos maiores apoiantes de Chavez) diz que esse projecto de lei "corresponde a la época de Mussolini, Pinochet, Hitler y los militares argentinos, pero jamás a nuestro proceso revolucionario (...) es una aberración, es grotesco"
O parlamento aprovou uma nova lei eleitoral reduzindo a proporcionalidade eleitoral, com os votos contra de várias formações de esquerda que normalmente apoiam Chavéz. A lei anterior era um sistema de tipo "alemão", com circulos uninominais e também listas proporcionais, sendo os lugares "de lista" distribuidos de forma ao total dos deputados ser proporcional à votação do partido. Pela nova lei, os deputados eleitos nos círculos uninominais deixam de ser descontados na distribuição dos lugares eleitos em listas plurinominais, de forma que a distribuição total deixa de ser proporcional, passando a ser largamente maioritária e enfraquecendo os pequenos partidos.
Entretanto, vários movimentos sociais e organizações de esquerda lançaram uma campanha contra a crescente repressão contra os protestos sociais e laborais. Um aspecto interessante é tantos os anarco-sindicalistas de El Libertario como a maior parte dos grupos trotskistas participarem. Poderá ser um caminho para a reconciliação Marx-Bakunine?
1 comment:
infelizmente o processo, apesar de alguns aspectos positivos, continua a caminhar para o pântano. depois da lei dos mandatos, esta é a maior aberração. depois de calar a direita, através da comunicação social, vai ser o calar da esquerda (que já aconteceu em relação aos sindicatos).
curioso como os media e bloggers (de direita) por cá, com todo o desconhecimento que têm do processo, estão mais próximos da verdade venezuelana do que alguns bloquistas que por aí andam, que insistem em apoiar acriticamente o processo.
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