"Uma analogia recorrente poderá ser a de pensar no planeta Terra como um sistema onde diversos estados se organizam de forma anárquica e cada um decide como funcionará. Assim, existem países mais normais e outros menos normais."
A "anarquia mundial" não é equivalente ao anarco-capitalismo. Pela lógica anarco-capitalista, só seriam aceites paises que surgissem com a concordancia da anterior "potencia administrante" do território e governos que subissem ao poder respeitando a "constituição" pré-estabelecida.
Porque é que eu digo isto? Porque a lógica ancap é a de que o proprietário legitimo de algo é o que adquiriu esse algo ao anterior proprietário legitimo. Logo, aplicado isso a países, significa que o "governo legitimo" é aquele que subiu ao poder com o consentimento do (ou de acordo com as regras em vigor no tempo do) anterior "governo legitimo".
Ora, desde sempre que os países e regimes se reconhecem uns aos outros mesmo que tenham subido ao poder em ruptura com a ordem anterior.
Por outro lado, até há uma tendência para aceitar (pelo menos em teoria) o "meta-sistema ansoc" como critério de legitimidade internacional - pelo menos em teoria, é frequente considerar-se que o critério para determinar a legitimidade de um governo ou de um estado é a opinião do povo do território em questão, o que seria a conclusão lógica, à escala de um país/teritório do velha lema anarco-socialista "A terra aos camponeses, as fábricas aos operários, as minas aos mineiros".
Já agora, diga-se que é errado dizer que os anarco-socialistas não toleram outras formas de organização social. Quem ler alguns textos anarco-socialistas, verá que, face à questão "o que fazer se, nalguma zona, os trabalhadores não se revoltam contra os patrões e não ocupam as empresas?", a resposta costuma ser algo do genêro "devemos tentar convertê-los pelo exemplo, mas não nos cabe a nós ir libertá-los contra a vontade deles" - ou seja, os anarco-socialistas toleram a existência de enclaves capitalistas se for claramente essa a vontade expressa do povo desses "enclaves".
A "anarquia mundial" não é equivalente ao anarco-capitalismo. Pela lógica anarco-capitalista, só seriam aceites paises que surgissem com a concordancia da anterior "potencia administrante" do território e governos que subissem ao poder respeitando a "constituição" pré-estabelecida.
Porque é que eu digo isto? Porque a lógica ancap é a de que o proprietário legitimo de algo é o que adquiriu esse algo ao anterior proprietário legitimo. Logo, aplicado isso a países, significa que o "governo legitimo" é aquele que subiu ao poder com o consentimento do (ou de acordo com as regras em vigor no tempo do) anterior "governo legitimo".
Ora, desde sempre que os países e regimes se reconhecem uns aos outros mesmo que tenham subido ao poder em ruptura com a ordem anterior.
Por outro lado, até há uma tendência para aceitar (pelo menos em teoria) o "meta-sistema ansoc" como critério de legitimidade internacional - pelo menos em teoria, é frequente considerar-se que o critério para determinar a legitimidade de um governo ou de um estado é a opinião do povo do território em questão, o que seria a conclusão lógica, à escala de um país/teritório do velha lema anarco-socialista "A terra aos camponeses, as fábricas aos operários, as minas aos mineiros".
Já agora, diga-se que é errado dizer que os anarco-socialistas não toleram outras formas de organização social. Quem ler alguns textos anarco-socialistas, verá que, face à questão "o que fazer se, nalguma zona, os trabalhadores não se revoltam contra os patrões e não ocupam as empresas?", a resposta costuma ser algo do genêro "devemos tentar convertê-los pelo exemplo, mas não nos cabe a nós ir libertá-los contra a vontade deles" - ou seja, os anarco-socialistas toleram a existência de enclaves capitalistas se for claramente essa a vontade expressa do povo desses "enclaves".
1 comment:
"Já agora, diga-se que é errado dizer que os anarco-socialistas não toleram outras formas de organização social. Quem ler alguns textos anarco-socialistas, verá que, face à questão "o que fazer se, nalguma zona, os trabalhadores não se revoltam contra os patrões e não ocupam as empresas?", a resposta costuma ser algo do genêro "devemos tentar convertê-los pelo exemplo, mas não nos cabe a nós ir libertá-los contra a vontade deles" - ou seja, os anarco-socialistas toleram a existência de enclaves capitalistas se for claramente essa a vontade expressa do povo desses "enclaves"."
Pois... mas onde a "porca torce o rabo" é se nesses enclaves capitalistas é possível o povo exprimir livremente a sua opinião, tendo acesso a toda a informaçnao disponível, e mudar o sistema se quiserem...
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