Pedro Marques Lopes elogia o facto de no colégio dos seus filhos "[ter decorrido] uma pequena cerimónia em que foram distinguidos os melhores alunos do ano [e o]s bons alunos [terem sido] enaltecidos em frente a toda a comunidade escolar - pais, colegas e professores - e [tendo-lhes sido] entregue um documento a enaltecer os seus méritos".
O colégio em questão lá saberá (e, efectivamente, os clientes - a começar por PML - parecem estar satisfeitos), mas eu, pessoalmente, tenho algumas dúvidas sobre a eficácia dessas politicas de distinção aos "bons alunos" (sob a forma de certificados, quadros de honra e afins) - por achar essas politicas "elitistas" e prejudiciais para a "auto-estima" dos alunos menos bons? Não! O meu argumento é outro: é que parece-me que, em regra, os "bons alunos" tendem a ter uma personalidade "inner-directed", no sentido de confiarem mais no seu juízo do que no dos outros (e penso que faz sentido: é natural que aquelas crianças que, ao montar um carro de brinquedo, querem ser elas a descobrir como o carro se monta venham, no futuro, a ser melhores alunos - já que exercitam mais os neurónios - do que aquelas que preferem pedir ao pai que lhes explique como se monta o carro); e, sendo pessoas que confiam mais na sua própria opinião do que na da "sociedade", não sei se lhes fará grande diferença a escola dizer ou deixar de dizer "és um excelente aluno" (afinal, se eles já sabem que são bons alunos, que diferença em termos de incentivo fará o reconhecimento de tal pela escola?); por outro lado, talvez o José Carmo tenha razão e na minha análise da "psicologia dos bons alunos" eu esteja apenas a reter os dados que confirmam as minhas convicções...
[aqui uma variante menos rigorosa e mais provocatória do que escrevo neste poste]
O colégio em questão lá saberá (e, efectivamente, os clientes - a começar por PML - parecem estar satisfeitos), mas eu, pessoalmente, tenho algumas dúvidas sobre a eficácia dessas politicas de distinção aos "bons alunos" (sob a forma de certificados, quadros de honra e afins) - por achar essas politicas "elitistas" e prejudiciais para a "auto-estima" dos alunos menos bons? Não! O meu argumento é outro: é que parece-me que, em regra, os "bons alunos" tendem a ter uma personalidade "inner-directed", no sentido de confiarem mais no seu juízo do que no dos outros (e penso que faz sentido: é natural que aquelas crianças que, ao montar um carro de brinquedo, querem ser elas a descobrir como o carro se monta venham, no futuro, a ser melhores alunos - já que exercitam mais os neurónios - do que aquelas que preferem pedir ao pai que lhes explique como se monta o carro); e, sendo pessoas que confiam mais na sua própria opinião do que na da "sociedade", não sei se lhes fará grande diferença a escola dizer ou deixar de dizer "és um excelente aluno" (afinal, se eles já sabem que são bons alunos, que diferença em termos de incentivo fará o reconhecimento de tal pela escola?); por outro lado, talvez o José Carmo tenha razão e na minha análise da "psicologia dos bons alunos" eu esteja apenas a reter os dados que confirmam as minhas convicções...
[aqui uma variante menos rigorosa e mais provocatória do que escrevo neste poste]
No comments:
Post a Comment