Ainda a respeito da participação ou não de empresários/gestores na politica, ocorreu-me uma coisa: porque é que, tirando Berlusconi, os empresários que se metem na politica frequentemente o fazem com um programa nacionalista/proteccionista? Veja-se Ross Perot, James Goldsmith, Cem Uzan...
Ocorrem-me três explicações:
a) Os empresários tendem a ver o país como uma empresa (é exactamente por isso que eles se metem na politica: porque acham que "o país tem que ser gerido como uma empresa!") - como as empresas estão em competição umas com as outras e têm por objectivo venderem mais do que compram (em matérias-primas, serviços, mão-de-obra, etc.), um empresário tenderá a ver o país como estando em competição com os outros países e com o objectivo de ter o maior saldo positivo possível da balança comercial (Exportações, bom! Importações, mau!)
b) Os empresários que querem ser políticos não são bem vistos, nem pela esquerda (pelas razões óbvias), nem pela direita "instalada" (porque nos partidos da "direita instalada" já lá estão os políticos de carreira), logo o único nicho de mercado que sobra para os empresários-políticos é a direita "não-instalada" (que, normalmente, coincide com o nacionalismo)
c) Toda a gente, excluindo os economistas (bem, eu não sou grande entusiasta do "comércio livre", mas 99% dos economistas são-no), é a favor do proteccionismo (ou, pelo menos, contra o livre-cambismo unilateral) e os empresários não são excepção.
Há também a hipótese, claro, da minha observação que os empresários-politicos tendem para o proteccionismo estar errada.
Ocorrem-me três explicações:
a) Os empresários tendem a ver o país como uma empresa (é exactamente por isso que eles se metem na politica: porque acham que "o país tem que ser gerido como uma empresa!") - como as empresas estão em competição umas com as outras e têm por objectivo venderem mais do que compram (em matérias-primas, serviços, mão-de-obra, etc.), um empresário tenderá a ver o país como estando em competição com os outros países e com o objectivo de ter o maior saldo positivo possível da balança comercial (Exportações, bom! Importações, mau!)
b) Os empresários que querem ser políticos não são bem vistos, nem pela esquerda (pelas razões óbvias), nem pela direita "instalada" (porque nos partidos da "direita instalada" já lá estão os políticos de carreira), logo o único nicho de mercado que sobra para os empresários-políticos é a direita "não-instalada" (que, normalmente, coincide com o nacionalismo)
c) Toda a gente, excluindo os economistas (bem, eu não sou grande entusiasta do "comércio livre", mas 99% dos economistas são-no), é a favor do proteccionismo (ou, pelo menos, contra o livre-cambismo unilateral) e os empresários não são excepção.
Há também a hipótese, claro, da minha observação que os empresários-politicos tendem para o proteccionismo estar errada.
1 comment:
aha boa perspectiva e uma boa leitura este blog.
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