Sunday, February 12, 2006

O regresso dos S.D.S

Os "Students for a Democratic Society", a famosa organização estudantil dos anos 60 dos EUA, estão de volta.

5 comments:

sabine said...

"Só uma nota (talvez um bocado picuinhas da minha parte): os iranianos, paquistaneses, etc. não são árabes". Então são o quê?!
Já agora, duas causas que tenho pena que o BE e o PS não apoiem mais activamente (ou menorizem a sua importância pura e simplesmente): os retornados & os ex-combatentes nas colonias portuguesas. Há muita ferida por sarar neste Portugal (e neste mundo) e muita história de vida despedaçada!

Miguel Madeira said...

"Então são o quê?!"

"Árabe" é uma identificação "cultural-linguistica", como "latino", não uma identificação religiosa como "católico".

P.ex, os iranianos são muçulmanos, mas são persas (ou seja, falam um lingua persa, tal como os curdos, afegãos, tajikes e grande parte dos paquistaneses), não árabes (da mesma forma que os irlandeses ou os polacos são católicos sem serem latinos).

No caso contrário, grande parte dos libaneses e dos palestinianos são cristãos, sem deixarem de ser árabes (da mesma forma que os romenos não deixam de ser latinos por serem ortodoxos)

sabine said...

Obrigado pelo esclarecimento. Pense no resto da minha mensagem: "Já agora..."

sabine said...

Obrigado pelo esclarecimento. Pense no resto da minha mensagem: "Já agora..."

Miguel Madeira said...

No caso dos retornados, há um pormenor que se calhar prejudica a minha sensibilidade para o problema: eu sou filho de retornados relativamente bem-sucedidos (em rigor, eu próprio sou um retornado, embora não tenha recordações disso).

Assim, como desde sempre ouvi conversas do gênero "a gente está muito melhor cá do que estava lá" tenho tendência a generalizar e assumir que todos os retornados estão "melhor cá do que lá".

É verdade que a minha família teve condições favoráveis: como eram, ou funcionários públicos (a minha mãe), ou empregados de grandes empresas (o meu pai), não tiveram que procurar um novo modo de vida. Ainda por cima, não tinham casa própria, de forma que não perderam bens de valor significativo.

É certo que já ouvi outros retornados dizerem também que "estão melhor cá", mas é capaz de ser, em parte, uma particularidade algarvia: como o grande salto de desenvolvimento do Algarve foi no final dos anos 70 e anos 80 (ou seja, na época em que os retornados recomeçaram a sua vida), muitos conseguiram "safar-se" bem.