"A certidão de óbito do PSR foi publicada a 1 de Abril no Diário da República"
Eu fui simpatizante do PSR durante uns 10 anos e aderente (não, não é a mesma coisa que militante) durante para aí um ano (talvez daqui a uns anos eu esteja a defender a invasão de Marrocos*); e, de qualquer maneira, continuo a pertencer a um partido que tem Francisco Louçã como primeira figura.
Muitas vezes acontece as pessoas entrarem em ruptura com uma organização mas mantendo durante algum tempo as mesmas ideias (penso que foi esse o precurso de muitos ex-maoistas em Portugal: devido a conflitos internos abandonaram o MRPP, o PC(R) , o PCP(M-L) e grupos do género e alguns anos depois disso acabaram por abandonar o maoísmo). Em mim o percurso foi mais ou menos o oposto: eu abandonei (em parte) o marxismo e o trotskismo, mas sem propriamente ter chegado a ter uma ruptura com o PSR (excluindo já muito recentemente, quando apoiei a Moção C na última convenção): eu continuo a assinar o Combate, a ler o site da International Viewpoint, a trocar mails com pessoal do PSR, etc. Há duas coisas que contribuem para isso:a existência do Bloco de Esquerda (que faz com eu continue a agir em conjunto com o PSR mesmo sem continuar no partido) e o facto que eu era, penso, o único PSR no Barlavento Algarvio (se houvesse um núcleo organizado em Portimão, ou se eu tivesse continuado a viver em Lisboa, o meu afastamento ideológico seria muito mais complicado, já que aí haveria uma mistura entre relações partidárias e pessoais).
Já agora, o DN refere que "não é conhecida outra experiência bem sucedida da reunião num mesmo partido de trotskistas e maoistas de obediência estalinista"; descontando o facto de, em 1999, a UDP já não ser maoista nem estalinista, não sei se a Aliança Vermelha-Verde da Dinamarca também não terá lá trotskistas e antigos "albanesistas" (até penso que foi a UDP que teve a ideia de criar o Bloco, inspirando-se exactamente na experiência dos seus camaradas de outros países europeus).
*já havia pensado nisso a propósito da colaboração de Murray Rothbard com os radicais de esquerda David Horowitz e Ronald Radosh nos anos 70
Eu fui simpatizante do PSR durante uns 10 anos e aderente (não, não é a mesma coisa que militante) durante para aí um ano (talvez daqui a uns anos eu esteja a defender a invasão de Marrocos*); e, de qualquer maneira, continuo a pertencer a um partido que tem Francisco Louçã como primeira figura.
Muitas vezes acontece as pessoas entrarem em ruptura com uma organização mas mantendo durante algum tempo as mesmas ideias (penso que foi esse o precurso de muitos ex-maoistas em Portugal: devido a conflitos internos abandonaram o MRPP, o PC(R) , o PCP(M-L) e grupos do género e alguns anos depois disso acabaram por abandonar o maoísmo). Em mim o percurso foi mais ou menos o oposto: eu abandonei (em parte) o marxismo e o trotskismo, mas sem propriamente ter chegado a ter uma ruptura com o PSR (excluindo já muito recentemente, quando apoiei a Moção C na última convenção): eu continuo a assinar o Combate, a ler o site da International Viewpoint, a trocar mails com pessoal do PSR, etc. Há duas coisas que contribuem para isso:a existência do Bloco de Esquerda (que faz com eu continue a agir em conjunto com o PSR mesmo sem continuar no partido) e o facto que eu era, penso, o único PSR no Barlavento Algarvio (se houvesse um núcleo organizado em Portimão, ou se eu tivesse continuado a viver em Lisboa, o meu afastamento ideológico seria muito mais complicado, já que aí haveria uma mistura entre relações partidárias e pessoais).
Já agora, o DN refere que "não é conhecida outra experiência bem sucedida da reunião num mesmo partido de trotskistas e maoistas de obediência estalinista"; descontando o facto de, em 1999, a UDP já não ser maoista nem estalinista, não sei se a Aliança Vermelha-Verde da Dinamarca também não terá lá trotskistas e antigos "albanesistas" (até penso que foi a UDP que teve a ideia de criar o Bloco, inspirando-se exactamente na experiência dos seus camaradas de outros países europeus).
*já havia pensado nisso a propósito da colaboração de Murray Rothbard com os radicais de esquerda David Horowitz e Ronald Radosh nos anos 70
2 comments:
Só a título de curiosidade, pergunto: se deixaste de ser (em parte) marxista e trotskista, que passaste então a ser?
Uma mistura de marxista e de anarquista.
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