Parece-me que a "taxa de inflação" só ganharia transparência com a publicação de todos os dados parciais.
Mas a inflação de preços é uma fenómeno monetário via criação de dinheiro pelo sistema monetário (assim tipo: não tenho dinheiro para te emprestar portanto faço aqui umas fotocópias destas notas e concedo-te crédito... e um dia se tiver problemas de liquidez com os depositantes o banco central faz o mesmo comigo ... somos uns para os outros...).
E como diz Mises, os efeitos da criação de dinheiro não transparecem simultâneamente em todos os produtos e cadeia económica. Bem longe disso. Primeiro afectam uns e só muito depois outros.
Se a quantidade de dinheiro fosse fixa, a subida do preço de um produto induziria à queda de outros. Além disso, todo o crescimento económico se traduziria na baixa generalizada de preços (como de resto se verificou no século 19).
Mas se uma subida de preços se deve ao aumento da margem de lucro, isso atrai novos produtores para tirarem partido dessa maior margem equilibrando outra vez o preço.
Por isso, o que um político deve fazer é perguntar:
Existe alguma barreira legal/administrativa/etc que impeça que novos concorrentes apareçam?
Thursday, April 03, 2008
Inflação
Publicada por CN em 22:05
Etiquetas: Textos de Carlos Novais
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1 comment:
Um caso mais chocante (a meu ver) do que o dos preços do cabaz de compras (leite, pão, manteiga, etc) é a justiça.
Não faz sentido proibir-se a advocacia como comércio normal (com publicidade, descontos, etc). É chocante ver os honorários que são cobrados (tendo em conta todos os licenciados em direito no desemprego) e as custas judiciais a preços obscenos. É um pouco estranho vermos o estilo de vida (estatuto, privilégios, reformas, rendimento) dos juízes e vermos que a maioria dos portugueses se queixa da lentidão, da ineficiência, e por isso da "injustiça" da justiça.
Os liberais falam geralmente contra os privilégios, mas vejo poucos que critiquem a justiça da mesma forma.
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