A respeito dos bairros sociais, agora apareceu a conversa do "não temos nada que pagar casa para quem não quer trabalhar".
No caso especifico dos ciganos, não me parece que essa conversa faça grande sentido - os ciganos até me parecem - dentro das suas actividades tradicionais - um comunidade relativamente trabalhadora (atenção, não se confunda "trabalho" com "emprego"; efectivamente, os ciganos parecem não gostar muito de "emprego"); aliás, até seria mais fácil criticar os ciganos por porem os filhos a trabalhar muito novos do que por não trabalharem.
Agora, se a critica fosse, não "a quem não quer trabalhar", mas "a quem vive da economia paralela, foge aos impostos e depois ainda vem pedir subsídios", aí suspeito que já faria algum sentido.
No caso especifico dos ciganos, não me parece que essa conversa faça grande sentido - os ciganos até me parecem - dentro das suas actividades tradicionais - um comunidade relativamente trabalhadora (atenção, não se confunda "trabalho" com "emprego"; efectivamente, os ciganos parecem não gostar muito de "emprego"); aliás, até seria mais fácil criticar os ciganos por porem os filhos a trabalhar muito novos do que por não trabalharem.
Agora, se a critica fosse, não "a quem não quer trabalhar", mas "a quem vive da economia paralela, foge aos impostos e depois ainda vem pedir subsídios", aí suspeito que já faria algum sentido.
6 comments:
Bom post. Os ciganos têm sido injustiçados nesta história. Nos confrontos houve 2 lados. 2 comunidades. Azar tiveram os ciganos por terem sido os únicos a serem filmados. É acusada de não querer trabalhar precisamente a comunidade em causa que mais costuma trabalhar (embora depois se possa argumentar que traficar droga também é "trabalho").
faria sentido para os ciganos e para muitos dos profissionais liberais. Que ganham todos normalmente o ordenado minimo. E muitas empresas com prejuizos ano apos ano. quantos nao vao este mês ser subsidiados nas contas do irs.
Não conheço a Quinta da Fonte, mas os tais pretos que não querem trabalhar do bairro social do Prior Velho, também em Loures e onde também há tiroteios frequentes, enchem os autocarros 745 e 25 da carris das 5 às 7 da manhã, suponho que para irem mandriar para os centros comerciais e para as obras.
Muito resumidamente parece-me uma coisa Miguel, há gente a mais a viver do rendimento minimo e a não querer trabalhar e não é só naquele bairro - o mal é geral.
Pessoas que se levantam das 5h às 7h e que depois andam aos tiros? Acho que isso não existe.
Então se "trabalham" (mesmo que em actividades paralelas), têm que lhes sobrar algum para comprar a sua própria casa, ou não?
Pois carrinhas pró negócio é coisa que nunca lhes falta!
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