Degrees and Dollars, por Paul Krugman:
It is a truth universally acknowledged that education is the key to economic success. Everyone knows that the jobs of the future will require ever higher levels of skill. That’s why, in an appearance Friday with former Florida Gov. Jeb Bush, President Obama declared that “If we want more good news on the jobs front then we’ve got to make more investments in education.”Mais sobre o assunto - Autor! Autor! e Falling Demand for Brains?, também de Krugman, The Skill Content of Recent Technological Change: An empirical exploration [PDF], por David Autor, Frank Levy e David Murnane (o paper que Krugman refere nos seus textos), What to do about wage polarization? por Tyler Cowen, e, já agora, Ainda acerca da "sociedade do conhecimento", por mim:
But what everyone knows is wrong. (...)
Why is this happening? The belief that education is becoming ever more important rests on the plausible-sounding notion that advances in technology increase job opportunities for those who work with information — loosely speaking, that computers help those who work with their minds, while hurting those who work with their hands.
Some years ago, however, the economists David Autor, Frank Levy and Richard Murnane argued that this was the wrong way to think about it. Computers, they pointed out, excel at routine tasks, “cognitive and manual tasks that can be accomplished by following explicit rules.” Therefore, any routine task — a category that includes many white-collar, nonmanual jobs — is in the firing line. Conversely, jobs that can’t be carried out by following explicit rules — a category that includes many kinds of manual labor, from truck drivers to janitors — will tend to grow even in the face of technological progress.
Então porquê tanta insistência nas "qualificações"? Penso que é porque os gurus que falam na televisão e nos jornais, por regra, estão ao serviço de um projecto politico (seja ele qual for), e a conversa "é preciso profissionais qualificados para mexer nas novas tecnologias" é mais passivel de utilização "politica" do que a conversa "uma pessoa com a quarta classe domina um computador em três tempos":
- à esquerda, serve para defender um maior investimento estatal na educação e na formação profissional (e, devido à relação entre a pobreza e o insucesso escolar, um maior investimento em politicas sociais em geral)
- à direita, serve para justificar as desigualdades socias crescentes, com o argumento de que, como o trabalho qualificado é mais necessário, é natural que a diferença salarial aumente
Já a posição "uma pessoa com a quarta classe mexe num computador" dificilmente vejo como possa servir de base a um discurso politico (só se for usado na defensiva, para refutar o discurso adversário).
No comments:
Post a Comment