Tuesday, March 31, 2009

Os extremistas pela propriedade ... intelectual

Telegraph: A woman who plays classical music to her horses to keep them calm has been told she must pay for a public performance licence.

Ou a descrição alternativa via MisesBlog: This thief was playing classical music for her horses without paying the license fee. Fortunately a state-backed private monopolist intervened to shut down this criminal operation.

PS: Fica o aviso que para mim a propriedade intelectual não é ... propriedade (termo aplicável a bens escassos, cuja "ocupação"/uso por um impede outro de a ocupar/usar, em princípio sujeito a desgastamento pelo uso e tempo e cuja "fronteira" e existência é visível de alguma forma... e nada disso existe na chamada propriedade intelectual). Devo dizer que acho o caso das patentes (indústria farmacêutica por exemplo) mais grave que o do copyright (desde que não transformem a cópia de músicas em ...) e marcas.

Gostei de ver um dia alguns artistas da praça a acusarem a cópia de músicas como de "roubo puro e simples".

Moral da história: A "propriedade" intelectual quanto muito é um incentivo colectivo a qualquer coisa mas cuja utilidade final, balaceando prós e contras não é muito claro, é preciso ter em conta que esse incentivo desvia a investigação para as zonas onde é mais seguro capturar os ganhos do registo de patentes (os conceitos são tão incertos que o litígio nesta área é enorme, paralisando ... a inovação) e no final ... são as grandes empresas que beneficiam dela. E falemos por exemplo dos produtos naturais para a saúde, dado não serem objecto de patente, são sub-investigados e sub-vendidos dado o incentivo à patente quimico-farmacêutica.

Monday, March 30, 2009

Change


... O Patriot Act não devia ter já acabado?



The alternative right - Glenn Beck

Saturday, March 28, 2009

Friday, March 27, 2009

Portugal tem baixa produtividade?

Tem, mas...


Vamos comparar Portugal com Espanha, Eslovénia e Alemanha (já explico porquê estes países).

Indo ao factbook da CIA, temos estas estatisiticas para cada país (estimativa para 2008):


País--- ------------PIB-----------------Pop. Activa--------Desemprego
Alemanha-----3.818.000.000.000---------43.620.000--------7,90%
Eslovénia---------57.010.000.000------------920.000--------6,70%
Espanha-------1.683.000.000.000---------23.100.000-------13,90%
Portugal---------225.500.000.000-----------5.640.000--------7,60%
Fazendo umas simples contas, temos:

País---------------PIB---------------------empregados--------produtividade (Portugal=100)
Alemanha-----3.818.000.000.000-------40.174.020--------220
Eslovénia---------57.010.000.000----------858.360--------153
Espanha-------1.683.000.000.000-------19.889.100--------196
Portugal---------225.500.000.000--------5.211.360--------100


Agora, os salários. Podemos ir à base de dados da OIT, clicar no "Wages", depois nas "main statistics" e aí temos os seguintes valores para 2007 (a razão porque escolhi estes países foi porque foram aqueles que consegui arranjar estatisticas em euros):

País-----Salário/hora----Salário/mês-----[Portugal=100]
Alemanha---19,09---------------------------467
Eslovénia-------------------1.124------------125
Espanha-----13,35---------------------------327
Portugal------4,08-----------893------------100

Que concluo? Que, atendendo à respectiva produtividade, os portugueses são mal pagos comparados com os espanhóis e alemães (a produtividade destes é cerca do dobro da portuguesa, mas os salários são 3 e 4 vezes maiores). Em compensação, são bem pagos comparados com os eslovenos (que são 53% mais produtivos que os portugueses, mas ganhou só mais 25%).

Notas:

- Eu efectivamente estou a comparar valores de 2007 com de 2008; mas como não estou a estudar valores absolutos, mas diferenças entre países, penso que isso não afecta muito

- Eu comparei as produtividades tendo como referencia a produtividade por trabalhador, mas os salários com base no salário/hora (com excpeção da Eslovénia, em que a comparação foi feita com base no salário/mês); mas, se não existirem grandes diferenças no número de horas médio de trabalho nos 4 países, não afectará os resultados.

- Eu tomei como referencia o salário na indústria (não achei nenhum quadro que referisse o salário médio total de cada país); tenho esperança que isso não afecte a comparação entre países (afinal, é de esperar que haja uma certa proporcionalidade entre o salário na indústria e o salário médio)

Bailout!

Thursday, March 26, 2009

Desigualdade e autoritarismo

Inequality and authoritarianism, por Peter Ryley:

If you are a strange sort of person, like myself, who spends a fair amount of time reading 19th Century Anarchist texts, you will recognise a recurring theme that sees human progress as a product of liberty and social regression as being the consequence of authority. It is an assertion that cannot be proved, rather it is an article of faith.

However, there now seems to be some hard, empirical evidence in its favour,... [resto do artigo]

Regulamentação que falta

- Obrigar os Bancos a terem 100% da moeda para quem "Deposita à Ordem"


- Se os Bancos querem dar crédito com o dinheiro dos clientes, deve ser apenas com os "Depósitos a Prazo"


PS: na verdade, não se trata bem de regulamentação mas sim de fazer aplicar o contrato de depósito civil existente no Código Civil, coisa que historicamente os Bancos começaram por fazer, e depois deixaram de fazer cometendo fraude para seu ganho, que sendo vantajosa também para o Estado (dado serem assim financiados), acabou este também por "legalizar" a fraude.

Será que vem algum mal ao mundo com isso?


Segurança Social no Reino Unido, detectores de mentiras, etc.


O "novo" plano de Obama para os bancos


Wednesday, March 25, 2009

Bancos Centrais: como esconder informação "relevante"

... para o nosso próprio bem. A hipocrisia não tem limites.

"The Congresswoman from Minnesota asks Bankster Puppet Bernanke why it is not public information as to which banks go to the "Federal" Reserve for loansKomrade Bernanke's basic response is that if this information were made public, the public might wrongly perceive that the borrowing banks might be in weaker shape than those banks that are not borrowing." LRCBlog [via CL]

Os Conservadores como Anarquistas

A propósito de ter apanhado este comentário Por Daniel Hannan, um conservador [Daniel Hannan is a writer and journalist, and has been Conservative MEP for South East England since 1999]:

"The interesting question is why the Chinese fell behind (or, to put it the other way around, why Europe surged ahead). The most convincing answer is that offered by the Australian historian E L Jones (and brought to a wider audience by Paul Kennedy in The Rise and Fall of the Great Powers). To concertina a subtle and elegant thesis, Jones argued that the East's failure lay in its political uniformity. The Chinese Empire became over-centralised, over-governed and over-taxed. Standarisation worked against local experimentation, and the ruling Mandarin caste preferred inherited notions of classical accomplishment to innovation.

Europe, by contrast, was not a state but a state system: a plurality of competing princedoms, each striving to outdo its neighbours, each copying what had been trialled successfully abroad. European culture fostered enterprise and adventurousness: the Chinese were destroying their ocean-going fleet at the very moment that Henry the Navigator was planning his expeditions. China, in short, fell behind from the 17th century onwards because it became introverted and bureaucratic; Europe surged ahead because it was competitive and diverse."

Recordo-me dum post meu em 05/2005:

"(...) O argumento do "Conservador como Anarquista", passa pelo raciocínio simples de que o espírito conservador procura uma ordem social e homogeneidade de valores nestas células, mas combatem - ou deviam combater - ferozmente a legitimidade da intervenção de terceiros nesses espaços de soberania (a propriedade, família, comunidade, nação).

Assim, a protecção dessa soberania no fundo reclama a capacidade autónoma de definir as regras que regem cada uma dessas entidades.

Ora, se a procura de uma ordem social no Estado-nação define um monopólio legislativo e do uso de violência territorial por parte do Estado, a defesa da soberania do Estado-nação significa a recusa em delegar ou reconhecer legitimidade que "outros" tenham a capacidade última de impor legislação externa (a não ser que seja adoptada voluntariamente) e apliquem o uso da violência para a impor.

Como já ouvi dizer, vivemos em anarquia internacional (e ainda bem). Quem se sente conservador e também liberal, deve preservar a diversidade de soberanias com a capacidade de definir lei e usar autonomamente a violência quando julgue necessário. A diversidade e a concorrência são sempre úteis e dinamizadores da civilização."

Tuesday, March 24, 2009

V de Vendetta

Se o Parlamento Britânico é para isto que serve agora, mais vale...

"The government there will want to know everything you do even while you are out of the country: Passengers leaving every international sea port, station or airport will have to supply detailed personal information as well as their travel plans. So-called "booze crusiers" who cross the Channel for a couple of hours to stock up on wine, beer and cigarettes will be subject to the rules.(...)"LRCBlog

Monday, March 23, 2009

Re: o outro


Eu podia ir buscar alguns autores anarco-socialistas para refutar este tese, mas poderia ser argumentado que o anarco-socialismo não é bem o socialismo "normal". Assim, vamos pegar em socialistas mais "normais":

Trotsky - "Engels escreveu na célebre polémica contra Duhring «Quando desparecerem, ao mesmo tempo que a dominação de classe e a luta pela existência individual, criadas pela anarquia actual da produção, os choques e os excessos que decorrem dessa luta, mais nada haverá que reprimir, a nessecidade de uma força especial de repressão não mais se fará sentir no Estado». O filisteu crê na eternidade do policia. Na verdade o polícia dominará o homem enquanto o homem não tiver dominado suficientemente a natureza"(A Revolução Traída).

José Afonso - "Mandadores de alta financa/Fazem tudo andar para tras/Dizem que o mundo só anda/Tendo à frente um capataz" (Os Índios da Meia-Praia)

Assim, cada qual à sua maneira, parece-me que nem Trotsky, nem Engels, nem José Afonso (que penso poderem todos ser considerados socialistas "normais") acham que a submissão a uma autoridade superior é condição necessária para os homens poderem colaborar e viver em sociedade. E arrisco-me a dizer que essa é a posição dominante no pensamento socialista: que grande parte (ou toda, nas versões mais extremas) da "maldade humana" é culpa das instituições sociais, e que mudando essas instituições as pessoas serão (mais ou menos) naturalmente harmoniosas.

Ainda a respeito desta passagem ("O socialismo partilha da convicção hobbesiana de que se deixados a si mesmos, os homens propendem para a destruição e para o abuso de posição dominante. A sua crítica ao liberalismo está enfermada deste raciocínio. A sua defesa do estado e da intervenção pública também. No fim de contas, o socialismo desconfia da espécie humana.") - nenhuma das duas principais tradições socialistas (o marxismo e o anarquismo) defende tal coisa (que o estado é necessário para impedir "o abuso de posição dominante"):

- os anarquistas defendem que foi o Estado que criou as classes dominantes

- os marxistas defendem que foram as classes dominantes que criaram o Estado para proteger os seus privilégios

Ou seja, nem anarquistas nem marxistas defendem que o Estado é necessário para limitar o poder das classes dominantes: os primeiros defendem que, abolindo o Estado, acabar-se-ão as classes dominantes; os segundo que a alternativa é entre um Estado que seja a expressão da violência organizada ao serviço das classes dominantes e um Estado que seja a expressão da violência organizada contra as classes dominantes (quanto à social-democracia, penso que, filosoficamente, pode ser considerada como marxismo diluído em água).

Outro ponto: vamos comparar a social-democracia com o liberalismo clássico ("minarquismo"). Os liberais clássicos defendem que se o Estado se concentrar nas sua tarefas de protecção dos direitos de propriedade, dos contratos, da ordem pública, etc. a economia funcionará bem assente na cooperação voluntária entre os individuos.

Os sociais-democratas defendem (ou defendiam) que, se o Estado garantir um sistema de apoio social e reduzir as desigualdades económicas, as pessoas serão melhores, haverá muito menos criminalidade e menos necessidade de repressão policial (o "defendiam" é porque, desde que o Tony Blair veio com a conversa do "though on crime and though on the causes of crime", isso alterou-se um bocado, ou mesmo bastante em certos países)

Ou seja, tanto liberais clássicos como sociais-democratas defendem que, se o Estado fizer bem o seu papel na "área A", a "área B" funcionará por si mesmo sem grande necessidade do Estado intervir - a diferença está no que é a "área A" e a "área B" para cada corrente (embora é verdade que os liberais são mais entusiastas da retirada do Estado da economia do que os sociais-democratas da retirada do Estado das funções de "lei e ordem").

"De facto, todas as filosofias que aceitam a teoria das elites como dinamizador social são profundamente avessas ao género humano. Elas desconfiam dos homens e, por isso, confiam apenas em certos homens. Este vício é antigo, remonta, pelo menos ao governo dos sábios de Platão, às formas de governo aristocráticas dos clássicos, e foi actualizado, no século XX, pelas várias formas de socialismo e de estatismo."

Acho que, se há doutrina famosa por achar que "toda a gente pode governar, não há ciência nenhuma nisso", é exactamente o socialismo - olhe-se para as ideias do Lenin sobre a cozinheira governar o Estado (e as tese de Lenin sobre o partido-vanguarda foram muito criticadas entre os socialistas da época, com o argumento, entre outros, que era uma visão do partido decalcada da de uma empresa capitalista...), ou o poema de Brecht sobre nascer do Sol, ou os hábitos (por vezes até um pouco caricatos) em certas organizações socialistas de as reuniões terem que ser numa mesa redonda sem lugares "cabeça", ou da correspondência da organização ter que ser aberta em reunião geral de militantes (ou, já agora, a tendência para dar nomes "inócuos" às primeiras figuras da organização- "secretário-geral", "coordenador", etc.).

[Note-se que, com esta conversa toda, estou apenas a falar do que o(s) socialismo(s) defende(m) - não estou a entrar no terreno de se isso faz algum sentido ou se funciona na prática]

Finalmente, dá-me a impressão que em vários posts (sobretudo no Portugal Conteporãneo) o RA tem defendido uma espécie de aliança (ou fusão?) entre liberais e conservadores. Por mim, os liberais podem aliar-se com quem quiserem (afinal, eu também sou um defensor do fusionismo anarquismo-marxismo, provavelmente ainda mais difícil), mas parece-me um bocado contraditório criticar o socialismo por "não acreditar no homem", achar que os homens têm que estar submetidos a uma autoridade para poder viver em conjunto, ser elitista e anti-democrático, etc. e depois defender a aliança com uma ideologia que é, aberta e explicitamente, pessimista antropológica, elitista e que defende que a autoridade é a base da sociedade humana.

O estado de arte da civilização

Portanto, os Bancos compram a sua própria dívida agora isenta de risco porque tem adicionada uma garantia do Estado, e com dinheiro .... criado pelo próprio Banco Central. E a crise assim passa, sem problemas.

A minha veia anarquista diz-me que o presente Regime civilizacional de grandes Estados sociais-democratas já não sabe o que faz, entrou em pânico, e está acompanhado por esse grandes feiticeiros misticistas (acreditam no Crédito sem poupança prévia, que a simples criação de dinheiro induz a sua própria procura e que o consumo é a origem do bem estar) que dão pelo nome de economistas e banqueiros centrais. Temo que o fim do Regime (embora desejável) não seja coisa bonita de se ver. Até porque o Regime vai mostrar que é capaz de tudo antes de implodir.


1. Treasury Announces $1 Trillion Plan to Buy Banks' Bad Debt


2. "El 70% de la deuda emitida con aval se la quedan los propios bancosCompran los bonos avalados y los usan como garantía para obtener liquidez en las subastas del BCE. No les consume capital y sacan un margen sustancioso.

Los bancos están devorando las emisiones de deuda con aval del Estado colocadas por otras entidades. Y es que lo tienen todo. Con el mismo riesgo que la deuda pública, ofrecen una rentabilidad más elevada; no les consume capital o recursos propios, uno de los parámetros que más se miman en medio de una de las peores crisis financieras de la historia; y el Banco Central Europeo (BCE) les permite utilizar estos activos como garantía para obtener liquidez en las subastas rutinarias que realiza.Los bancos españoles han emitido ya 13.500 millones de euros con garantía estatal desde enero, de los que las propias entidades han comprado el 68% de media, es decir, 9.180 millones de euros.

Re: Viagens no mundo da ideologia

Isso até me faz lembrar uma certa direita anti-papista, anti-monárquica, pela revolução democrática armada nos desertos tribais, obcecada pelos rituais tradicionais mais obscuros (e de resto, raros) dos outros sempre prontos a denunciar, e claro, frequentemente ultra-sionista quando não perto de uma conversão, e fascinada pelo mighty power militar americano e israelita. E sempre prontos a falar em nome do "Ocidente" e a sua tradição Judaica -cristã. Não que estas características se reúnam todas ao mesmo tempo sendo também balanceada com qualidades, mas por vezes fica perto.

Wednesday, March 18, 2009

Viagens no mundo da ideologia

Na ultima convenção do BE (a que fui como observador, não como delegado) comprei um livro (dois, para ser mais exacto, mas este é que interessa) - "A actualidade de Rosa Luxemburgo", de Norman Geras, publicado pelas Edições Antidoto (a antiga editora da "Liga Comunista Internacionalista", o grupo trotskista que deu origem ao PSR e à APSR). O livro tinha algum interesse, embora a parte em que crítica o anarquismo seja muito fraquinha, limitando-se a pouco mais que repetir os argumentos que Engels tinha usado 100 anos atrás.

Mas o que é curioso é que, com os anos, Norman Geras (que tem um blog) passou d'"A actualidade de Rosa Luxemburgo" (escrito em 1976) a isto (suspeito que o Carlos Novais não vai achar tão "curioso" como todo isso).

Monday, March 16, 2009

Visita dos reis da Jordãnia

Neste momento a jornalista da RTP1 está a descrever em pormenor o vestido da rainha Rania.

Ron Paul debates Stephen Baldwin on Legalizing Marijuana on CNN Larry King 03/13/2009

El Salvador

Thursday, March 12, 2009

Sugestão de leitura - II

An Open Letter to Señor Joaquin Guzman, por Brad Spangler:

Señor Guzman,

I write to send you much respect, sir, and to thank you.

News reports indicate your business is doing very well, though you reportedly face constant risks and hazards I can not even begin to understand. What little I do know is that your struggle to overcome such reported obstacles to your productive activity shows you are a man of very rare ability, creativity and resourcefulness.

While politicians, police and their sycophants condemn you, I want to celebrate what you do that is right. You are an entrepreneur. You produce. You successfully plan and organize the productive activities of many people. You do this in spite of huge risks. While your enemies in governments economically burn the world around them for sake of their own power and the false economic theories that excuse their power, you provide what consumers want in trade. You are no doubt aware that the world economy is suffering greatly now. I want to say it is because of the banditry of those same people in government who persecute you and your business.

I am under no illusions that you are a perfect or wholly good man. All people are complex. I am not calling you a saint or a hero because I have no doubt that your circumstances lead you to do much that is not right. But you do much that is right and that deserves praise. Thank you.

Eu não subscrevo a maior parte do que Brad Spangler escreve aqui, mas não deixa de ser um raciocinio interessante.

Sugestão de leitura

Wednesday, March 11, 2009

Depois da Revolução Laranja

E andarem a atiçar um país dividido entre a russofilia e o pro-ocidentalismo interesseiro...

Miguel Monjardino conclui: A Ucrânia à beira do precipício.

Lembro-me que o José Manuel Fernandes tem um edital em que dizia ter dio o Dia mais importante da Europa, ou coisa do género.

# posted by CN : 11/30/2005:

Geopolitica

...essa ciência estatista obscura que traçará o caminho até à última Guerra Mundial.

Com esta mania jacobina de querer levar o bem ao mundo e estender o intervencionismo revolucionário a todos os cantos do mundo, a Rússia já aprovou restrições a todas as ONGs, porque alega compreensivelmente entre outras coisas, do dedo da CIA e outros, nas revoluções com as cores do arco-íris (laranja, rosa, purpura, etc) nos processos políticos de todos os países que a rodeiam, com o intuito de colocar a NATO em todos os jardins à porta de sua casa. A história não aconselha nada a tal, tirar partido da debilidade momentânea de grandes nações para ir ocupando o seu espaço natural, como também se percebe que não é nada aconselhável (nem sequer legitimo) que processos de normalização política sejam influenciados externamente. O outro efeito é já ter colocado a Rússia e a China numa posição de aliados estratégicos. O que o comunismo não conseguiu o intervencionismo dos Estados "capitalistas" alcançou.

PS: parece que já ouço o ingénuo, juvenil, bem intencionado e perigoso pensamento sobre como tudo isso é para levar a (social) democracia ao mundo...

Russia slams US, Nato influence in Central Asia

Obama's Vietnam

We All Know How This Joke Ends

The New York Times says that a Secret U.S. Unit Trains Commandos in Pakistan:

American military advisers are working in Pakistan to help its armed forces battle Al Qaeda and the Taliban in lawless tribal areas.

First of all, this isn't really news. Antiwar.com's Justin Raimondo has been talking about Obama's Vietnam for some time now.

Secondly, I've got a funny joke to share with everyone, it's an old joke but I think it's pretty timely given the recent developments in Pakistan that the NYT has uncovered. It goes a little something like this:

So, an American military adviser walks into a South (-East) Asian
country...
Stop me if you've heard this one before.

(Degrees of Freedom: Politics, Philosophy and Economics, from a libertarian point of view.)

A greve dos mineiros britânicos

Quem costume seguir blogs britânicos, reparará que se está a falar muito da greve dos mineiros de há 25 anos atrás (p. ex, aqui ou aqui). Chris Dillow escreve sobre o assunto:

The miners were right

(...) But the miners’ claim did make some economic sense. The claim, as made by Andrew Glyn (though rarely by Scargill), was that the social costs of pit closure - the loss of tax revenues, the dole paid to miners, the loss of coal output and (I’d add) the loss of the call option on that output - outweighed the benefits. This is especially so as those benefits - the ending of losses on coal production - were overstated by some queer accounting by the NCB (p318 of this pdf).

And recent research strengthens this case. This paper (pdf) shows that, even 20 years after the pit closures began, only just over half the jobs lost had been offset by job creation in other industries - and many of these were subsidised by the tax-payer.

I suspect that recent events vindicate the miners in another sense. The motive for wanting to destroy the miners was based in part on a desire to reassert “managers‘ right to manage“, by crushing union power.

But the banking crisis shows us the dangers in giving bosses’ untrammelled power. Managers’ “right to manage” is not matched by a competence to do so. If in the 70s and 80s it was thought that unions were capable of destroying industries, the current crisis shows us that bosses are also capable of doing so.

Monday, March 09, 2009

Noam Chomsky sobre Obama

Barack Obama é um produto da “indústria de relações públicas que governa as extravagâncias quadrienais denominadas eleições”. A avaliação tem a assinatura do académico norte-americano Noam Chomsky, que, em entrevista ao site da RTP, desmonta a ideia de “mudança” da “marca Obama” e aponta a satisfação de “nacionalistas de direita” e “elites corporativas”.

Sunday, March 08, 2009

Henrique Raposo sobre a Guiné-Bissao e a cocaina

Henrique Raposo no Expresso:

A Maldição da Cocaína

(...)

Ricardo Soares de Oliveira escreveu um livro essencial para compreender esta sina africana, agora simbolizada pela Guiné-Bissau (...). [O] livro acaba por ser uma ilustração do impacto negativo do petróleo em África. As "petroelites" africanas não utilizam as receitas do petróleo para edificarem as funções básicas da soberania. Pelo contrário: as receitas são usadas para perpetuar no poder uma pequena clique. E, apesar de estar atento às pressões estruturais derivadas da geopolítica do petróleo, Soares de Oliveira responsabiliza, acima de tudo, as elites locais por este descalabro africano. Afinal de contas, as multinacionais petrolíferas não obrigam as elites locais a desprezar por completo o resto da população. Essas elites actuam desta forma predatória, porque escolheram conscientemente este caminho. Ora, este raciocínio pode ser aplicado ao caso da Guiné-Bissau. Com uma ressalva, claro: o 'recurso' que amaldiçoa a Guiné-Bissau não é o petróleo, mas a droga sul-americana.

(...)

Maldita Cocaína

Muita gente considerou que "Tropa de Elite" era uma obra 'fascista'. Não vou aqui comentar essa - descabida - opinião. Quero apenas relembrar uma cena do filme: o pelotão do 'Bope' mata dois traficantes; de seguida, prende um daqueles playboys ricos que, ao comprarem droga, alimentam o tráfico e a favela. No meio da confusão, o protagonista do filme diz o seginte ao playboy: "a culpa disto tudo é tua; quem matou aqueles dois foi você" (...).

[negritos - ou "rouxitos" - meus]

Monday, March 02, 2009

Morte trágica e violenta

Paulo Correia, fuzilado em 1986

[imagem roubada ao Romeiro, um blog que foi mantido por Leston Bandeira, então penso que o director desse jornal]