Saturday, February 27, 2010
"Rendimento Mínimo Garantido"
Paulo Porte disse qualquer coisa sobre cortar "50,5 milhões de euros numa prestação onde o abuso é uma vergonha, chamado rendimento mínimo garantido".
Publicada por Miguel Madeira em 18:55 1 comentários
Friday, February 26, 2010
Proibir tortas?
Um post já velhinho de Chris Dillow mas ainda actual:
Isn't it time the government banned pies? Alan Johnson's claim that fat people are more dangerous than the atomic bomb suggests he might be thinking this way.
What would be the effect of such a move? Criminalizing the sale of pies would raise their price; it would shift the supply curve leftwards. One benevolent effect of this would be to reduce demand. But by how much would this improve people's health? Maybe not much. Maybe people will merely switch to foods that are just as bad, or worse, for them. And maybe few will switch anyway, if demand for pies is price-inelastic, say because people are addicted to them.
In this case, the effect of a ban would be to cut the real incomes of pie-munchers. Insofar as these tend to be poorer than average, this is inegalitarian. And it could in turn lead some to turn to crime (though not cat burglary, obviously) to get the money to feed their habit.
Higher pie prices will stimulate crime in other ways. They mean high profit margins for criminal pie-dealers. This'll lead to gang wars as Brockleby's and Pukka fight turf wars. There'll be a spate of waddle-by shootings.
And because criminal pie-dealers will be less concerned about reputation than today's legal pie-dealers, the quality of pies will worsen as dealers do a Louis Edwards and use unfit meat in their pies. That could lead to deaths as pie-abusers buy contaminated junk.
Also, rather than catch conventional criminals, police will spend their time fighting the evil pie trade: trying to stop the lucrative lard-smuggling business and searching fatties on suspicion of possession of an eighth of Ginster's. The upshot will be an increase in ordinary crime as police resources are diverted away from fighting it, and a decline in respect for the police amongst the porker community.
Publicada por Miguel Madeira em 15:35 0 comentários
Wednesday, February 24, 2010
Monday, February 22, 2010
A "Família"
Um heterossexual que vive sozinho considera-se uma família?
Publicada por Miguel Madeira em 13:45 2 comentários
Thursday, February 18, 2010
Comissão de Trabalhadores da PT exige demissão de Soares Carneiro
Publicada por Miguel Madeira em 13:50 0 comentários
Os blogs alimentados por informações governamentais
Publicada por Miguel Madeira em 10:56 0 comentários
Wednesday, February 17, 2010
A Grécia e a União Europeia
Publicada por Miguel Madeira em 23:45 1 comentários
Psicopatas e hierarquias
It is a well known fact that psychopaths, due to their desire to dominate and harm other people are attracted to hierarchical, authoritarian organizations like the military, police, prison guards, corporate bureaucracies and reform school staff. Indeed, depending upon their level of aggression and intelligence, they will try to worm their way into any organization that allows them to have some unchecked power over other people. Once again, I must point out that the majority of people in these organizations are not pathological. These latter are a minority, but they do much damage.
Their damage is made worse by two factors. One is that the intelligent sociopath is a master in imitating normal healthy people and charming them into thinking he is something special. Their associates always say "Why he was like one of us. He seemed so normal." The other factor is tribalism. All organizations protect their own, and this is even more so in an authoritarian organization. Members will go into denial mode when faced with suspicious activity and whistle-blowers will be persecuted.
The central aspect of sociopathic behaviour is lack of empathy. Thus, the pathological will be attracted to organizations in which empathy is regarded of little importance. Corporations exist to make a profit, and to hell with the employees, the environment and the community if they get in the way of that goal. If you are in the military you are forced to go out and kill people you don't know and who have never done anything to you. Part of being a police officer is brutalizing demonstrators if you are told to do so. This organizational pathology is compounded by propaganda that dehumanizes "the other" in the eyes of those who work for those organizations. Thus the enemies are "gooks" or "sand monkeys" , the workers are "little people who don't matter", the demonstrators are "commies" – not, note well, other human beings little different from me.
(...) But the sociopath revels in these displays of domination, degradation and cruelty, and is attracted to these organizations for that reason.
Williams is proof that all hierarchical organizations ought to have better screening processes. But the real way to help eliminate the problem of sociopaths in power would be to eliminate the sociopathic aspects of these organizations to begin with.
Publicada por Miguel Madeira em 01:19 1 comentários
Tuesday, February 16, 2010
Propriedade
Se a propriedade é o resultado de um consenso, terá esse consenso de passar por um processo de unanimidade ou simplesmente maioritário? E é renovado? E os que não se pronunciarem? E os que mudarem de opinião?
Se fizermos a formulação de que a propriedade resolve um problema de conflito permanente (A adquire X por ocupação e uso, B chega diz que não reconhece esse direito de propriedade e afasta A pela violência, C e D e E chega e diz que a propriedade tem de ser partilhada, mas e quanto a E F e G que não estão lá por perto?) sobre o controlo de recursos escassos, e isso assim é reconhecido pelas pessoas, isso é um consenso ou poderemos a isso chamar um "direito natural" (um que pela natureza escassa e perante seres com livre arbítrio, e onde cada ser usa e ocupa fazendo sua para um dado fim determinado pela sua individualidade e para a sua sobrevivência e desenvolvimento)?
Poderá ser "consenso" um "direito" que a razão reconhece como utilitário, de validade universal, que é alcançável por todos? É que se assim for "consenso" pode transformar-se em "direito natural".
Quanto à "construção humana". Seguramente até o "direito natural" é uma construção humana. Foi São Tomás de Aquino que disse qualquer coisa como ter o direito natural existência mesmo que Deus não existisse. É uma "construção humana" porque se aplica a seres humanos com a faculdade da razão e da acção consciente com um propósito, com causas e consequências e meios.
Podemos ainda interpretar a propriedade a partir da anomia. A propriedade existe porque quando ela é violada é defendida de forma violenta (mas também intelectualmente pela filosofia) com a motivação própria de quem age justamente, pelos proprietários (e outros) de tal forma consistente que repele as tentativas de a anular. Não é consensual. Ou é consensual... os custos de lutar contra ela.
Mas não será isto a evidência de um "direito natural"?
Publicada por CN em 21:18 0 comentários
Comentário feito em post
Ali em baixo:
Podemos fazer grandes perorações sobre a legitimidade ou ilegitimidade de uma dada forma de propriedade, mas os meus direitos de propriedade só se mantêm de uma de duas maneira (ou uma mistura de ambas): ou há um poder superior que protege a minha propriedade, ou há um consenso social (não necessariamente unânime, mas mais ou menos geral) em aceitar a minha propriedade como legitima.
Ou seja, a propriedade (mesmo que pareça privada) é sempre uma criação, ou do Estado, ou da comunidade - se alguém é dono de algo, é porque o Estado e/ou a comunidade o reconhecem como dono.
Publicada por Miguel Madeira em 00:22 1 comentários
Etiquetas: anarquismo: socialismo vs. capitalismo
Monday, February 15, 2010
Saturday, February 13, 2010
"Contra a propriedade intelectual" ou "contra a propriedade"?
Publicada por Miguel Madeira em 21:43 6 comentários
Etiquetas: anarquismo: socialismo vs. capitalismo, Propriedade Intelectual?
Friday, February 12, 2010
Re: O Delfim
[U]m manifesto ideológico assente em duas ideias fundamentais. A primeira é aquilo que designa como a "doutrina Krugman-Stiglitz": em situações de insuficiente procura agregada, os governos devem responder com um aumento "esmagador" (sic) da despesa pública. A segunda é que esta crise, pela gravidade "sem precedentes" das suas consequências, deverá servir para uma ampla reprogramação política do mundo. Sucede que a evidência empírica disponível não sustenta a ambição racionalista e é altamente problemática para a "doutrina", como demonstram Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff no francamente recomendável This Time is Different (Princeton, 2009). Uma das conclusões mais importantes deste estudo refere-se ao comportamento do valor real da dívida pública. Não só tende a aumentar de forma explosiva na sequência dos colapsos financeiros, como a principal causa deste aumento não é o custo da recapitalização do sistema bancário: é o efeito cíclico da quebra das receitas fiscais, combinado com o aumento contra-cíclico da despesa pública. Ou seja: o hiper-keynesianismo da "doutrina Krugman-Stiglitz" agrava substancialmente os desequilíbrios macroeconómicos decorrentes das crises financeiras.
Publicada por Miguel Madeira em 00:16 8 comentários
Tuesday, February 09, 2010
Trabalhadores da Alisuper manifestam-se em Lisboa
Publicada por Miguel Madeira em 23:53 0 comentários
As censuras
N'O Insurgente responde-se, argumentando com o direito de um proprietário gerir os seus meios de comunicação como bem lhe entende (diga-se que a resposta do próprio RAF foi ligeiramente diferente).
Recordando a polémica, note-se que, na altura, RAF não se limitou a defender o direito dos jornais a não darem voz "a radicais" (na verdade, o Belimiro de Azevedo não deu sinais públicos de se incomodar com as opiniões de Rui Tavares); defendeu que não o deviam fazer.
Suponho que, para uma perspectiva liberal, isso não seja defender a censura (embora pudesse levantar algumas questões de "thick vs. thin libertarianism"-pdf); no entanto, é um racíocino que ajuda a abrir as portas à censura - basicamente, a partir do momento em que se considera que a melhor maneira de lidar com opiniões erradas (isto é, com opiniões que RAF considera erradas) não é refutá-las demonstrado que e porque estão erradas, mas sim desejando que essas opiniões nem sequer cheguem a ser divulgadas, está-se a deitar pela janela um dos mais poderosos argumentos a favor da liberdade de expressão, que é o que é "da discussão que nasce a luz". Ou, citando um filósofo de há séculos atrás:
Publicada por Miguel Madeira em 17:23 0 comentários
Monday, February 08, 2010
Manifesto "Todos pela Liberdade"
No Arrastão, argumenta-se que:
"Porque sendo organizada por quem é, afasta-nos dos seus protagonistas o entendimento que temos do que é a liberdade de imprensa: blogues como o Blasfémias, Insurgente ou 31 da Armada acreditam que ela se resume ao poder do proprietário de cada órgão de comunicação social determinar o que lá se escreve e diz. Para nós, corresponde ao poder dos jornalistas, e só deles, decidirem o que escrevem nos jornais onde trabalham, com garantias de autonomia face ao poder político, sim, mas também económico. E a um verdadeiro pluralismo político que não se limite ao centrão ideológico."
Publicada por Miguel Madeira em 23:21 5 comentários
O Presidente da República pode demitir o primeiro-ministro?
Na realidade, o PR pode demitir o primeiro-ministro:
Artigo 133.º (Competência quanto a outros órgãos)
Compete ao Presidente da República, relativamente a outros órgãos:
(...)
g) Demitir o Governo, nos termos do n.º 2 do artigo 195.º, e exonerar o Primeiro-Ministro, nos termos do n.º 4 do artigo 186.º;
Artigo 195.º (Demissão do Governo)
(...)
2. O Presidente da República só pode demitir o Governo quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas, ouvido o Conselho de Estado.
Efectivamente, a Constituição põe um limite ao poder de demitir o primeiro-ministro (ou o Governo, o que vai dar ao mesmo), mas esse poder continua a existir (e, de qualquer forma, a decisão sobre o que é "necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas" cabe, em ultima instância, ao Presidente)
Publicada por Miguel Madeira em 14:55 0 comentários
Saturday, February 06, 2010
Garcia Pereira ontem na RTP
Subscrevo quase tudo o que ele disse.
Publicada por Miguel Madeira em 01:20 2 comentários
Friday, February 05, 2010
Leituras
Ownership in question, por Chris Dillow
Anarchist Theory: Molly's Anarchism Part 4-Freedom To And Freedom From, por Pat Murtagh
Inequality and "Guard Labor" , por Mark Thoma
The Case against the iPad, por Tim Lee
Publicada por Miguel Madeira em 12:25 0 comentários
A obsessão pelo deficit
2000....-0,98%
2001....-0,64%
2002....-0,45%
2003....-0,21%
2004....-0,34%
2005....+0,96%
2006....+2,02%
2007....+2,21%
2008....-3,85%
2009...-12,27% (estimativa do FMI)
2010...-12,47% (estimativa do FMI)
Publicada por Miguel Madeira em 11:28 3 comentários
A Lei das Finanças Regionais
Publicada por Miguel Madeira em 09:51 0 comentários
Thursday, February 04, 2010
Sobre as crises na "zona euro"
Publicada por Miguel Madeira em 13:31 0 comentários
Sobre os ratings das agencias
[A] AAA rating is neither a necessary nor a sufficient condition for the maintenance of this confidence.The collapse in the market for credit derivatives shows that AAA ratings aren’t a sufficient condition for the maintenance of market confidence. Nor are they a necessary condition. Spain and Japan have credit ratings of AA, a notch below the UK, but 10 year Spanish government bonds yield just 4.1%, only 0.1 percentage points more than UK gilts, whilst 10 year Japanese government bonds yield only 1.4%.
A top credit rating, then, is no guarantee of continued market confidence, whilst the lack of this rating doesn’t mean confidence will disappear.
There’s a simple reason for this. Credit ratings measure only the risk of default (possible badly). But this is only one of many risks to bonds. And at the higher levels, it is a small risk. S&P, for example, says that an AA rating differs from an AAA one “only to a small degree.”
Instead, bond yields depend upon other risks. One, which hit credit derivatives, is liquidity risk - the danger that you’ll not be able to sell quickly the asset. For government bonds, though, there are two other, bigger, dangers.
One is inflation. In Japan, this is a minimal danger, so investors are happy to buy low-yielding JGBs, despite their second-rank rating.
The other is currency risk. Spanish yields are low because investors believe (rightly or wrongly) that there is only a small danger of Spain leaving the euro and having its currency devalued. With this risk small, yields are tied down by German yields.
Publicada por Miguel Madeira em 00:31 0 comentários
Wednesday, February 03, 2010
Caminho perigoso?
Publicada por Miguel Madeira em 14:08 0 comentários
Tuesday, February 02, 2010
Liberdade de associação ou igualdade de oportunidades?
It may also be a sideswipe the current equality bill, which narrows the existing exemptions enjoyed by religious groups, permitting them to insist that employees abide by their doctrines.
(...)
[O]n the matter of employment, the Pope has a rather stronger case, albeit on strictly secular grounds. It is not the province of government to rule on whom any voluntary association may or may not accept into membership or put on its payroll. For the sake of a healthy relationship between state and civil society, this point really has to prevail.
Perhaps the first significant erosion of this principle came with the Tory anti-union laws of the 1980s, which withdrew from trade unions the ability to exclude strike-breakers, and forced them to accept applications from active fascists.
We will see if the rightwing commentators who will no doubt speak up in favour of Benedict XVI in the days ahead possess sufficient logical consistency to accept this elementary point.
And writing as a leftwing commentator, yes, precisely the same consideration applies to the nonsensical decision that the British National Party should be forced to accept black members. Isn’t hating black people the very point of being in the BNP?
If the same yardstick was applied universally, Hizb ut Tahrir would be debarred from turning down evangelical Christians, for instance. I’m looking forward to the test case already.
Common sense alone dictates that the League Against Cruel Sports has no duty to be an equal opportunities employer in respect of illegal cock fighting aficionados. If you apply to be a Conservative parliamentary candidate and then inform the selection meeting that you are an anarcho-syndicalist, you do not have grounds subsequently to bring a discrimination case.
Peter Tatchell – a man with whom I usually agree on much – has been widely quoted taking the Pope to task on this one. But my guess is that he wouldn’t hire an overt homophobe for an admin job at OutRage!
By the same token, if you want to work for the Catholic Church, your potential bosses might reasonably expect you to uphold the teachings of Catholicism.
[Volto a notar que eu re-postar um texto não implica necessariamente concordância]
Publicada por Miguel Madeira em 12:46 0 comentários
Reduzir os salários pode reduzir o deficit?
Publicada por Miguel Madeira em 10:40 6 comentários
Monday, February 01, 2010
Alberto Gonçalves, Auschwitz e Israel
A libertação de Auschwitz, de que se assinalaram os 65 anos, é um belo e falso eufemismo. Os sobreviventes desse e dos demais campos de concentração não se tornaram homens livres por decreto. Sem contar com os que morreriam em função do tifo e debilitações várias, muitos dos que saíram de Auschwitz saíram para regressar a um passado que já não os esperava, ou para ser mortos em linchamentos "espontâneos", ou para vogar em navios que porto nenhum aceitava, ou para esperar em novos campos de "quarentena" por um destino incerto.
A admissão internacional, e depois formal, da ideia "sionista", nasceu em parte da tragédia subsequente à tragédia maior. Foi, resumindo imenso, a saída possível. Quando se repete, em jeito de lengalenga, a importância de não esquecer Auschwitz, convinha lembrar que, sem um território a que chamassem seu e em que assegurassem a própria protecção, centenas de milhares de judeus teriam arriscado um segundo Holocausto ou sofrido por tempo indeterminado os efeitos do primeiro...
Auschwitz não fechou em 1945, mas a 14 de Maio de 1948, data da fundação de Israel. Logo no dia seguinte, cinco nações vizinhas tentaram terminar o que as câmaras de gás haviam começado. Ainda não deixaram de tentar, frequentemente sob o aplauso de ocidentais esquizofrénicos que umas vezes celebram o fim de Auschwitz e outras vezes partilham os seus princípios.
Bem, em primeiro lugar parece-me que AG está a confundir a esquizofrenia com o sindrome das personalidades múltiplas/identidade dissociativa, que não tem nada a ver; mas essa confusão é tão frequente quando se usa a palavra "esquizofrenia" em sentido figurado que é aceitável...
Mas vamos ao que interessa - AG argumenta que sem a criação de um Estado judeu estes estariam à mercê de um novo Holocausto; mas a mim parece-me que, se existe um pedaço do planeta Terra onde os judeus correm perigo por serem judeus é, exactamente, em Israel (em Nova York ou mesmo em Paris estariam mais seguros). Se AG está tão preocupado com a sorte dos judeus pós-Holocausto, mais valia que reclamasse da escassez de vistos para imigração que os EUA atribuiram...
Aliás, os defensores de Israel costumam, eles sim, caíram numa espécia de
Publicada por Miguel Madeira em 10:45 2 comentários