Wednesday, June 02, 2010

O que é que Israel está a bloquear?

What Is Israel's Blockade For?, por Megan McArdle:

Many of my commenters seem to think that the point of the Gaza blockade is simply to keep war materiel from reaching insurgents in Gaza.  That is not the reason for the Gaza blockade, though it may be one goal.  But the strategy is much farther reaching than that:  it is to topple Hamas by immiserating the people who elected them.  Check out some of the war materiel being blockaded:



I know that terrorists can be fiendishly clever, but there is no real evidence, only unconfirmed rumors among the intel community, that Hamas actually has the Coriander Bomb. Most experts put them at least 5-8 years away from developing that sort of destructive technology.

Peter Beinart elaborates on the strategy:
The Conference of Presidents of Major American Jewish Organizations greeted news of the flotilla disaster by repeating a common "pro-Israel" talking point: that Israel only blockades Gaza to prevent Hamas from building rockets that might kill Israeli citizens. If only that were true. In reality, the embargo has a broader and more sinister purpose: to impoverish the people of Gaza, and thus turn them against Hamas. As the Israeli newspaper Haaretz has reported, the Israeli officials in charge of the embargo adhere to what they call a policy of "no prosperity, no development, no humanitarian crisis." In other words, the embargo must be tight enough to keep the people of Gaza miserable, but not so tight that they starve.

This explains why Israel prevents Gazans from importing, among other things, cilantro, sage, jam, chocolate, French fries, dried fruit, fabrics, notebooks, empty flowerpots and toys, none of which are particularly useful in building Kassam rockets. It's why Israel bans virtually all exports from Gaza, a policy that has helped to destroy the Strip's agriculture, contributed to the closing of some 95 percent of its factories, and left more 80 percent of its population dependent on food aid. It's why Gaza's fishermen are not allowed to travel more than three miles from the coast, which dramatically reduces their catch. And it's why Israel prevents Gazan students from studying in the West Bank, a policy recently denounced by 10 winners of the prestigious Israel Prize. There's a name for all this: collective punishment.
Israel does not deserve all the blame for Gaza's impoverishment. Gaza's other neighbor, Egypt, imposes an embargo of its own, though less effectively. And Hamas has been known to confiscate goods meant for Gaza's poor.
There is also an active and delightful industry in Israeli companies lobbying to get the blockade lifted for their products whenever sales dip.

9 comments:

zazie said...

Miguel,

Li as suas perguntas no Blasfémias, acerca do sentido do jacobinismo mas não consegui responder-lhe porque aquele imbecil do peixe podre me bloqueou o IP e colocou os comentários sob moderação apenas por eu ter deixado o texto que fala da influência do jacobinismo na América.

Se quiser podemos falar no Cocanha.

Assim não dá. Eu passo-me com aquele animal hipócrita e censor que tem uma paranoia das graves comigo

zazie said...

O texto que foi censurado e até é bem pertinente, foi este:

É verdade, uma prendinha para o jmf:

«"The ideas of the French Jacobins provided a sweeping justification for exercising unlimited power. As followers of Rousseau, the Jacobins were not content with reforming historically evolved ways of life. "Freedom, equality and brotherhood" required the radical remaking of society. Because of the scope and glory of the task, the Jacobins had to gather all power unto themselves and deal ruthlessly with opposition. Good stood against evil, all good on one side their side. The Jacobins called themselves "the virtuous." In the twentieth century, their communist descendants offered an even more blanket justification for wielding unlimited power.
Although the classical and Christian view of human nature has eroded, big government still has a bad name in America. Challenging the Constitution outright remains risky. Americans attracted to the Jacobin spirit have therefore sought instead to redefine American principles so as to make them more serviceable to the will to power. They have propounded a new myth the myth of America the Virtuous according to which America is a unique and noble country called to remake the world in its own image. The myth provides another sweeping justification for dominating others. "
»

Against Neoconservatism

zazie said...

Ele vai arrepelar-se todo por não poder censurar aqui.

Agora até bloqueou com anonymizer.

O tipo é doente mental e pode ficar acordado a noite inteira para censurar tudo o que eu escrevo.

zazie said...

V. tem razão quanto aos anarquistas mas é claro que não têm expressão histórica relevante.

Mas também pouco sei acerca dos anarquistas. Tem razão num aspecto que é comum- eles não defendem nenhum obrigatoriedade decretada de cima, no sentido de terraplenagem social.

O CN costuma falar disso.

Aquele idiota amanhã vai ficar careca quando vir que não conseguiu apagar o link para o texto dos neoconservadores.

Estas coisas são tiros no pé porque quem não tem argumentos e precisa de censurar uma treta num post que nem lhe pertence só deixa mal visto o autor.

Até parece que foi o jmf que teve medo de ler blasfémias.

E fazia-lhe bem ler porque a neoconeirice é jacobina até dizer chega.

Miguel Madeira said...

Mas esse texto até está lá publicado (embora como anónimo).

E, só por curiosidade, quem é o "imbecil do peixe podre" (tem alguma coisa a ver com avatares comedores de peixe?).

Miguel Madeira said...

"V. tem razão quanto aos anarquistas mas é claro que não têm expressão histórica relevante."

Há duas formas de ver isso.

Se adoptarmos uma distinção categórica, entre esquerda anarquista e esquerda estatista, a Zzie tem razão - o anarquismo não tem expressão quase nenhuma.

Mas também podemos adoptar uma distinção dimensional, tendo num polo o anarquismo, noutro o estatismo puro, e pelo meio diversas combinações de "legalismo" com "acção directa".

Um exemplo - a luta contra a segregação racial no Sul dos EUA; havia uma posição estatista ("liberal", em americanês) pura ("o governo federal/tribunais federais têm que intervir para acabar com isto"); teoricamente, haveria também a posição anarquista (que alguém deve ter defendido, embora não tenha ficado para a história); mas havia também a posição Luther King "os negros - e os brancos simpatizantes - têm que se mobilizar, agir como se as leis racistas não existissem, provocar a repressão e forçar o governo federal a intervir"; e mais tarde também também a posição Black Power "os negros não podem confiar no poder branco - têm que criar estruturas de poder paralelo nos seus bairros e milícias armadas de auto-defesa". Todas essas posições podem ser classificadas como "estatistas", mas o grau de estatismo era diferente entre os "liberais", os "martin-luther-kingistas" e o "black power" - os primeiros confiavam muito mais no governo federal e muito menos na acção directa do que os últimos.

Aliás, ainda nas últimas primárias democratas chegou a haver uma mini-polémica sobre se a emancipação dos negros devia mais ao presidente Johnson (que aprovou a Lei dos Direitos Civis) ou às campanhas de MLK, ou seja continua a haver diferentes sensibilidades face à melhor combinação entre "Estado" e "mobilização social".

zazie said...

O imbecil do peixe podre só pode ser quem é, o Vasco Graça Moura do Blasfémias- o jaquinzinho.

E aquilo passou aí à 10 vez depois de ter utilizado não sei quantas formas de esconder IP.

Mas já apagou tudo, em particular o texto interessante acerca dos neoconservadores.

Mete nojo. Parece aqueles caniches sempre a fazerem habilidades e depois de patinhas para o ar e língua de fora, à espera do biscoito.

Este apaga tudo o que imagina que pode incomodar o jmf.

E apaga o resto, só por ter uma tara comigo há vários anos.
-------------------

Quanto ao que diz, em relação à América, não sei.

As coisas têm uma articulação histórica em cada local e o português conhece-se; agora o Americano, não sei. Nunca estudei.

E não tem a ver com isso de haver mais Estado. Implica uma série de manias muito relacionadas com o ateísmo e com aquilo a que agora até já chamam "ordenação jurídica do território", sempre que querem alterar costumes com milénios de tradição.

Mas eu praticamente não sei nada de anarquismo. Por cá nem existe ou era tudo do PCP, na volta.

Mas o jacobinismo é PS e até nos termos que ainda usam se nota. Passam a vida a falar da "ética republicana e laica"; como se ainda houvesse o perigo de vir aí a monarquia e mostrar que a ética do aparelho do Estado não tem nada a ver com laicismo. No caso deles tem mais a ver com absoluta impunidade por falta dela.

CN said...

Por curiosidade, Claes G. Ryn, é católico, professor na U.Católica da América.

CN said...

O anarquismo de direito natural, acredita no direito, apenas que todo o direito positivo não natural (como uma constituição democrática) tem de ser contratualista, e daí o direito de secessão fazer toda a diferença, para saber se é voluntário ou imposição de maioria.