Monday, November 15, 2010

Os trabalhadores da Groundforce têm 7% de aumento ao ano?

Fala-se muito que os trabalhadores da Groundforce tinham aumentos anuais de 7%, uma paragem de meia-hora para o pequeno-almoço, etc.

Pelos vistos, já há um ano se falava nisso, e nessa altura o SITAVA fez um comunicado sobre o assunto [pdf]:

Os trabalhadores da Groundforce usufruem dos mesmos direitos dos restantes trabalhadores
portugueses (ex., os feriados são os mesmos para todos, são obrigatórios e estão definidos em lei geral do País, o Código do Trabalho) e estão submetidos aos mesmos deveres dos restantes trabalhadores (ex., os “deveres” estão igualmente definidos no C.T.). Na Groundforce os trabalhadores estão todos incluídos em horários de trabalho elaborados pela Empresa (repito: pela Empresa) que obedecem às regras definidas no C.T. e no A.E. Neles estão definidas horas de entrada e saída e os intervalos para descanso e refeições, igualmente em conformidade com o que dispõe a lei.

(...)

Então eles que têm sido tão contidos face a actualizações das tabelas salariais (2006: inflação
3.1%, actualização das tabelas 0%; 2007: inflação 2.3, actualização das tabelas 1.5; 2008: inflação 2.6, actualização das tabelas 0; 2009: empresa ainda não respondeu á proposta do SITAVA, contrariando a lei))!!; eles que têm sido tão contidos face a horários de trabalho perto do insuportável!!; eles que têm suportado retirada e/ou abaixamento de direitos!!; eles que têm denunciado negócios desastrosos, mudanças de instalações de Administrações desnecessárias!!; face a tudo isto e muito mais que tornaria fastidioso este comentário, então eles é que devem assumir a responsabilidade dos prejuízos!?

Nestas condições como é possível falar‐se de “aumento médio salarial de 7%”?! Repare‐se no
ridículo: fazendo fé nesses 7%, se se atingia um aumento médio de 7% com actualizações das tabelas salariais de 0% ou abaixo da inflação, então com actualizações salariais reais esse aumento médio disparava para quanto?
O acordo de empresa da Groundforce está aqui; note-se que ainda não o li e não sei quem tem razão.

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