Agora que o mandato de Obama acabou, é popular dizer-se que o Prémio Nobel da Paz que ele recebeu não teve grande fundamento, que ele fez montes de intervenções no estrangeiros e mandou matar muita gente (essa crítica parece-me implícita, p.ex., neste post n'O Insurgente).
Mas o que toda a gente se esquece é, não dos mortos que acontecerem, mas dos muitos mais que se evitaram:
[Via Greg Mankiw; o original deveria estar neste site, mas deve ter desaparecido]
1 comment:
As críticas à política de Obama em relação aos drones e à sua política de defesa são justificadas e eu próprio as fiz (exemplo: http://esquerda-republicana.blogspot.pt/2012/05/obama-o-traidor.html ).
No entanto o Nobel da paz na altura era claramente relativo à invasão iminente do Irão (MacCain brincava com o "bomb, bomb, bomb; bomb, bomb Iran") que ele próprio tratou de evitar. Ainda antes de receber o prémio fez logo um conjunto de negociações que permitiram aos EUA evitar lidar com um Irão nuclear (o que, sabemos bem, resultaria em invasão, dada a realidade geo-política da altura); e já anos depois do prémio, lá para a segunda metade do segundo mandato (se a memória não me falha) consolidou essa situação com o acordo com o Irão que pôs fim às suas pretensões nucleares.
Nesse contexto específico, o prémio foi bem merecido.
Bem sei que a linguagem do prémio é vaga "extraordinary efforts to strengthen international diplomacy and cooperation between peoples", mas um esforço diplomático muito específico que evitou um conflito com potenciais milhões de vítimas JÁ tinha ocorrido na altura do prémio que todos se queixavam de prematuro, e que veio realmente a ser consolidado anos depois.
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