Hoje, aniversário tanto de Ernesto "Che" Guevara como de de um fã do generais confederados, venho apresentar uma ideia talvez um bocado maluca em que tenho pensado: se calhar há muito em comum no culto da iconografia, tanto do Che (nomeadamente através a foto de Alexander Korda) como da bandeira de combate da Confederação na Guerra da Secessão norte-americana, mais do que os respetivos fãs gostariam de admitir.
O que quero com isto dizer é que suspeito que em ambos a romantização da iconografia ultrapassa provavelmente a identificação ideológica com as causas em questão (comunismo e escravatura), com algumas pessoas a usar essas imagens em nome de outras causas, como o "anti-imperialismo" ou os "direitos dos estados" (ou pelo menos a dizer que é em nome dessas causas e não das originais..) - e com o bónus que ambos podem dizer que "anti-imperialismo" ou os "direitos dos estados" é contra os "yankees". E suspeito que em ambos há um contingente motivado pela mitologia de uma luta "romântica" por uma causa perdida, ligando muito pouco às ideologias em si.
Sunday, June 14, 2020
Che Guevara e a bandeira militar confederada
Publicada por Miguel Madeira em 19:47
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1 comment:
Mitologia da "Causa perdida"? Tenho dúvidas. Eu acho que uns defendem mesmo a escravatura (leia-se uma sociedade hierárquica em qua as classes mais baixas não têm direitos nenhuns) e outros defendem revoluções sangrentas para impor o seu modelo politico. Os apoiantes com as características que descreveu no seu post devem ser poucos ou nenhuns... Mais depressa haverá uns quantos ignorantes que não sabem bem o que esses símbolos representam e acham graça ostentá-los...
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