Thursday, April 28, 2011
a estupidez da guerra à droga
Publicada por CN em 08:51 2 comentários
Wednesday, April 27, 2011
(dita) Liberdade de Expressão e Agências de Rating
Pessoalmente, numa análise estrita da liberdade de expressão (liberdade de escrever ou dizer num dado local ou meio da minha propriedade ou para o qual fui convidado a expressar-me pelo proprietário) as pessoas devem poder dizer o que quiserem de terceiros, querendo com isso dizer que não dou grande coisa pelo direito-ao-bom-nome (não é um direito no sentido estrito do termo) que protege na verdade as elites, dado a ameaça do uso de meios legais contra pessoas que espalham muitas vezes, rumores verdadeiros ou no mínimo indiciários de qualquer coisa, mas sem terem meios de prova suficientes, e muito menos, meios financeiros para se defender da capacidade de poderosos que movem processos de atentados ao "bom nome".
Publicada por CN em 19:03 3 comentários
Krugman sobre os possíveis desfechos na "zona euro"
Este artigo já tem alguns meses, mas continua actual:
As I see it, there are four ways the European crisis could play out (and it may play out differently in different countries). Call them toughing it out; debt restructuring; full Argentina; and revived Europeanism.
Publicada por Miguel Madeira em 14:03 1 comentários
Confirma-se! Ron Paul Explains Why He Wants To Be President
Publicada por CN em 08:43 4 comentários
Tuesday, April 26, 2011
Sobre esmagar a oposição na Síria
fica o escrito a 30 de Março:
Publicada por CN em 22:34 0 comentários
Etiquetas: Textos de Carlos Novais
Em defesa das agências de rating
Ultimamente, grande parte da esquerda tem-se dedicado a "bater" nas agências de rating, insinuando que elas criaram propositadamente a crise da divida dos países europeus.
Em primeiro lugar, vamos lá ver - que interesse teriam as agências de rating nisso? A narrativa habitual é de que as agências de rating estarão ligadas a grupos financeiros que investem na dívida soberana; mas, de novo, a questão mantem-se: que interesse teriam esses grupos numa desvalorização do rating dos países? Imagino um possível cenário: um investidor que daqui a uns dias vai participar num leilão de dívida poderá ter interesse a que o país que emite essa dívida tenha uma avaliação negativa, para baixar o preço; mas um investidor que já tenha divida desse país em carteira preferirá o contrário - uma avaliação positiva, para fazer subir o valor dos seus investimentos. E, atendendo que, por regra, o valor total da dívida é muito maior que o valor da dívida que está a ser emitida num dado momento, podemos concluir que para a maior parte dos investidores o que interessaria seria avaliações artificiais "para cima", não "para baixo". Pode-se contra-argumentar que há formas de ganhar dinheiro com a desvalorização da dívida de um país, através do short-selling ou de "credit default swaps", mas para cada investidor que faz short-selling, tem que haver outro a possuir dívida, pelo que não se percebe porque razão uns haveria de ter mais poder para influenciar as agências de rating do que outros.
Já agora, um parênteses acerca dos juros - quando se diz "hoje os juros de Portugal atingiram um novo máximo", há que comente "isso não devia ser assim; os juros deveriam ser fixos!"; ora, isso é um equivoco acerca de como funcionam os mercados de dívida - na verdade, o juro que o Estado português paga e os credores recebem é fixo; quando se diz que os juros "chegaram aos 9%", isso não quer dizer que o valor dos juros pagos subiu, mas sim que o preços dos títulos da dívida portuguesa desceu (logo a taxa de juro, medida como [juros a pagar / preço da dívida], subiu). Este apontamento pode ter alguma importância para esta discussão - efectivamente, se a subida dos juros significasse que os credores iriam receber mais, isso efectivamente poderia ser um incentivo para baixar o rating; mas a "subida dos juros" na realidade significa apenas a desvalorização dos títulos detidos pelos credores, algo que não os beneficia em nada, muito pelo contrário.
É verdade que existe um fundo por detrás desta desconfiança face as agências de rating - o papel que estas desempenharam antes da crise, dando avaliação de "AAA" a empresas à beira da falência; mas uma fraude "para cima" tem uma dinâmica completamente diferente de uma fraude "para baixo" - a fraude "para cima" beneficia agentes bem definidos (quem está a vender) e prejudica incertos (quem vai comprar); já a fraude "para baixo" prejudica agentes bem definidos (de novo, quem está a vender) e beneficia incertos (quem vai comprar). Ora, o primeiro tipo de fraude faz muito mais sentido, nem que seja porque se sabe a quem se vai cobrar a comissão por aldrabar as contas (já agora, convém notar que o único caso provado de uma instituição financeira internacional ter estado envolvida duma fraude relacionada com a dívida soberana dos PIIGS foi numa fraude "para cima" - a colaboração do Goldman-Sachs na manipulação das contas gregas).
Mas o mais importante aqui nem é isso, mas a dissonância cognitiva em que os criticos das agências de rating caiem - afinal, são mais ou menos as mesmas pessoas que há pelo menos dois anos dizem (provavelmente com razão) que "é impossível uma moeda comum sem um orçamento comum a sério" ou que "a politica que tem sido seguida de baixar os salários só vai criar uma deflação e assim aumentar ainda mais o valor real da dívida, agravando o problema". Mas, se a UE tem uma arquitectura institucional e económica que não funciona, e se os países europeus têm seguido uma política que só está a piorar as coisas, não faz todo o sentido que as agências de rating dêem avaliações cada vez piores?
Já agora, interrogo-me se, quer os críticos, quer os defensores das agência se terão dado ao trabalho de ler os relatórios que elas fazem a justificar a descida dos ratings; eu nunca o fiz (até porque esses relatórios só são para assinantes), mas já li resumos, e pelo menos em dois casos parecia-me praticamente igual ao que a esquerda diz: que os problemas que Portugal tinha eram a contracção da economia provocada pela austeridade e a possibilidade de o Estado ter que ir gastar mais dinheiro em apoios à banca privada.
Então, qual o porquê da raiva contra as agências de rating? A melhor explicação que me ocorre é que muita gente à esquerda se tenha esquecido da máxima "o problema não são as pessoas, é o sistema" e em vez de se concentrar na critica ao sistema politico-económico em vigor na UE tenha decido ir à procura de um grupo de "capitalistas maus" para identificar como os responsáveis da crise.
Publicada por Miguel Madeira em 10:37 3 comentários
Sunday, April 24, 2011
Joe Bageant (1946-2011)
Uma sugestão de leitura - os textos do recém falecido autor/colunista norte-americano Joe Bageant.
Publicada por Miguel Madeira em 04:36 0 comentários
Wednesday, April 20, 2011
A "liberdade de escolha" dos beneficiários de serviços públicos
Se estivermos a falar de escolas, a esquerda defende a escola estatal e a direita o "cheque-educação"; se estivermos a falar de beneficios sociais, a direita defende o pagamento "em géneros" e a esquerda em dinheiro.
Sou só eu que acha que não há aqui grande padrão lógico?
[Post publicado no Vias de Facto; podem comentar lá se quiserem]
Publicada por Miguel Madeira em 13:48
Tuesday, April 19, 2011
O euro e os bancos
Euro vs. Invasion of the Zombie Banks, pot Tyler Cowen:
IS a euro held in an Irish bank in Dublin, or in a Portuguese bank in Lisbon, as sound and secure as a euro in a German bank in Berlin? That apparently simple question holds the key to understanding why the euro zone may splinter and bring a new financial crisis.
In Ireland, there has been a “silent bank run” on financial institutions for much of the last year. In February, for instance, Irish private sector deposits dropped at an annual rate of 9.8 percent. That’s largely because some depositors doubt the commitment of the Irish government to the euro. They fear that they will wake up one morning to frozen bank accounts, followed by the conversion of their euro deposits into a lesser-valued new Irish currency. Pre-emptively, the depositors send their money outside Ireland, where it still represents safe euros or perhaps sterling, accessible by bank transfers and A.T.M. cards.
Publicada por Miguel Madeira em 14:42 0 comentários
Propriedade intelectual?
Coisas que descredibilizam a "propriedade" (monopólio forçado por legislação) intelectual: Apple is suing Samsung for allegedly copying the look and feel of iPad
Publicada por CN em 09:37 0 comentários
Etiquetas: Propriedade Intelectual?
Sunday, April 17, 2011
Actualização no meu site
Meti uma nova coisa no meu site, que talvez possa servir para alguém:
Quando copiamos o texto de um documento de PDF, o resultado é que as quebras de linha permanecem no ponto onde estavam, como nexte exemplo:
A esterilização/castração: benefícios, custos e reflexos na vida doO que eu pus no meu site foi um programa para transformar isso num texto mais bonito, removendo as quebras de linha; algo como isto:
seu gato (e da comunidade felina)
Como pessoas que assumidamente amam os seus gatos, mas também como pessoas que
assumidamente se preocupam com os animais que não têm a sorte de ter um dono e que, à sua escala,
procuram ajudar a resolver os seus problemas, a nossa perspectiva face ao tema da esterilização tem
uma dupla face: como “donas”, preocupamo-nos com as consequências da esterilização no animal, mas
também com os efeitos que este método de controlo de natalidade possui para a comunidade felina. São
estas duas faces do mesmo problema que aqui abordamos.
Este texto não pretende assumir posições fundamentalistas sobre a esterilização/castração dos gatos/as.
É uma defesa inequívoca deste método, mas todas as opiniões devem ser respeitadas. Se o ler e
continuar a achar que os seus argumentos contra a esterilização são certos, está no seu direito.
Foi escrito no intuito de informar e chamar a atenção para as vantagens que este processo representa,
os inconvenientes que lhe podem estar associados e sobretudo, clarificar algumas falsas questões e
ideias incorrectas que circulam
sobre a matéria.
A esterilização/castração: benefícios, custos e reflexos na vida do seu gato (e da comunidade felina)Isto terá alguma utilidade prática? Não sei; eu já o usei algumas vezes, mas, sem entrar em pormenores, é possivel que o uso que eu dei a isto até seja ilegal, ou pelo menos uma violação contratual
Como pessoas que assumidamente amam os seus gatos, mas também como pessoas que assumidamente se preocupam com os animais que não têm a sorte de ter um dono e que, à sua escala, procuram ajudar a resolver os seus problemas, a nossa perspectiva face ao tema da esterilização tem uma dupla face: como “donas”, preocupamo-nos com as consequências da esterilização no animal, mas também com os efeitos que este método de controlo de natalidade possui para a comunidade felina. São estas duas faces do mesmo problema que aqui abordamos.
Este texto não pretende assumir posições fundamentalistas sobre a esterilização/castração dos gatos/as.
É uma defesa inequívoca deste método, mas todas as opiniões devem ser respeitadas. Se o ler e continuar a achar que os seus argumentos contra a esterilização são certos, está no seu direito.
Foi escrito no intuito de informar e chamar a atenção para as vantagens que este processo representa, os inconvenientes que lhe podem estar associados e sobretudo, clarificar algumas falsas questões e ideias incorrectas que circulam sobre a matéria.
Publicada por Miguel Madeira em 17:22 0 comentários
Saturday, April 16, 2011
Declaração de interesses
Eu, neste momento, sou candidato a delegado à Convenção Nacional do Bloco de Esquerda pela moção B [pdf].
Eu raramente escrevo sobre assuntos relacionados com o BE neste espaço, mas, de qualquer maneira, fica este aviso aos leitores, que assim ficam a saber que pode haver (mesmo inconscientemente) uma "agenda oculta" por detrás de algo que eu possa vir a escrever.
Publicada por Miguel Madeira em 16:42 0 comentários
Thursday, April 14, 2011
Tuesday, April 12, 2011
Sucker Puch - Mundo Surreal
Confesso que, a para aí aos 30 minutos do filme (quando se entra no 3º plano da narrativa - só quem tenha visto o filme é que percebe o que eu quero dizer com isto) comecei a pensar "não percebo nada deste filme!", mas depois até foi giro.
Publicada por Miguel Madeira em 01:01 0 comentários
Monday, April 11, 2011
Re. O que os defensores do padrão-ouro acharão desta metáfora?
assim rapidamente:
Publicada por CN em 10:50 0 comentários
Etiquetas: Textos de Carlos Novais
Friday, April 08, 2011
O que os defensores do padrão-ouro acharão desta metáfora?
Publicada por Miguel Madeira em 13:58 1 comentários
Thursday, April 07, 2011
Re: Porque silenciam a ISLÂNDIA?
Nos últimos dias, tenho recebido um mail-corrente intitulado "Porque silenciam a ISLÂNDIA?", texto que o leitor skepticos também recomendou num comentário.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.Cada um desses factos é verdadeiro, mas a cronologia é incorrecta - as eleições que deram a vitória aos partidos de esquerda não ocorreram na sequência da mobilização cívica contra os acordos com os credores internacionais e do referendo; foram antes. Foi o governo da coligação de esquerda que negociou esse acordo que teria sido ruinoso para o povo islandês (numa traição do Movimento Verde de Esquerda a todo o seu passado e promessas eleitorais), e foi contra esse governo que os movimentos de cidadões se mobilizaram e conseguiram o referendo.
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (...) perdeu em toda a linha.
Finalmente, todo este entusiasmo pela Islândia, que prolifera por blogues e mails, talvez venha em má hora - o governo islândes fez um novo acordo para assumir as dividas dos seus bancos (menos gravoso que o anterior), e que vai ser referendado no próximo sábado.
Outros posts sobre o assunto:
Publicada por Miguel Madeira em 10:27 1 comentários
Tuesday, April 05, 2011
the slippery slope, por um preto democrata na Casa Branca
Gen. Grievous, neocon David Petraeus, will be appointed by Obama to be head of Kill Team Alpha, the CIA.The Military Junta Extends Its Grasp
Publicada por CN em 18:35 0 comentários
O FMI
Será que uma eventual intervenção do FMI ou do FEEF seria melhor aceite se fosse vendida nestes termos?
"Não podemos continuar a pedir empréstimos aos investidores privados que cobram juros de agiotas; em vez disso, vamos pedir emprestado a uma instituição pública, internacional e multilateral, que cobra juros mais baixos e decide os seus investimentos não pela lógica imediatista do lucro, mas por critérios politicos, tendo por objectivo expresso a estabilidade da economia mundial no seu conjunto"
Publicada por Miguel Madeira em 13:41 1 comentários
Ralph Raico
o grande historiador libertarian do LvMI perguntou:
Publicada por CN em 12:35 0 comentários
Friday, April 01, 2011
Incentivos
The Lesson the U.S. Is Teaching the World in Libya, por Jonathan Schwarz (via Jesse Walker):
That lesson is: no matter what, no matter the inducements or pressure, never ever give up chemical weapons or a nuclear weapons program. Doing so will not ensure that the U.S. does not attack you—on the contrary, it will make it much more likely.
Publicada por Miguel Madeira em 14:06 0 comentários
A propriedade intelectual e a tragédia dos anti-comuns
Publicada por Miguel Madeira em 13:47 0 comentários
Etiquetas: Propriedade Intelectual?